G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua) |
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ECA, formação de professores e ensino de história |
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Andréa Giordanna Araujo da Silva 1
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1. Profa. Ma..Depto.de Educação, Fundação Educacional do Baixo São Francisco Dr. Raimundo Marinho – FRM
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INTRODUÇÃO: |
O trabalho partilhado de interpretação e análise do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a pesquisa de campo desenvolvida com professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental tiveram como objetivos identificar as competências e atribuições que os professores polivalentes devem apresentar e assumir, respectivamente, para assegurar os direitos das crianças e adolescentes sobre sua tutela e examinar como o estudo da história pode colaborar para o desenvolvimento da identidade cultural e posicionamento ético-político das crianças viventes numa sociedade democrática. |
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METODOLOGIA: |
No desenvolvimento da pesquisa, o grupo formado de 17 alunos do curso de pedagogia foi dividido em 3 subgrupos (denominados de Grupos de Interpretação, Análise e Criação – GIAC) para estudo do ECA e elaboração e aplicação do questionário aberto, contendo 5 questões para serem respondidas por 15 professores ativos dos anos iniciais no Ensino Fundamental. As respostas obtidas serviram como temas geradores das discussões realizadas em sala de aula e como alicerce investigativo para elaboração das informações presentes nos materiais didáticos confeccionados e/ou selecionados (Cordéis Informativos, slides com textos escritos, imagéticos e sonoros e jogos) pelos discentes para serem utilizados nas suas práticas de estágio e doados para brinquedoteca da faculdade, ainda em construção. |
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RESULTADOS: |
A investigação realizada nas escolas e as intervenções efetivadas nos discursos dos graduandos do curso de Pedagogia, nos momentos de estudo conceituais, de análise dos dados, extraídos dos questionários e documentos, de discussão e reflexão partilhada, nos possibilitam perceber que os professores atuantes (sujeitos da pesquisa) têm, de modo geral, mais de 80% dos entrevistados, uma visão restrita e fragmenta sobre os enunciados do ECA. As respostas as indagações do questionário (relacionadas à responsabilidade de matricula escolar, à insuficiência do poder público quanto a ofertar de vagas, à presença da violência verbal e/ou física em ambiente familiar e/ou educacional oficial e à inter-relação entre escola e os pais com conselho tutelar), são elaboradas com base nas experiências e soluções conferidas às situações-problema já vividas, soluções que nem sempre estão em consonância com o que versa a Lei. Existe, ainda, a percepção de que as crianças dos anos iniciais não estão aptas cognitivamente e socialmente para compreenderem como devem ser requisitados e assumidos os direitos e deveres, respectivamente, instituídos pelo ECA, por isso o dispositivo oficial é visto como um conteúdo de difícil abordagem nas salas de aula dos anos iniciais do Ensino Fundamental. |
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CONCLUSÃO: |
As discussões realizadas nas diferentes etapas da pesquisa possibilitaram aos graduandos apontarem alternativas (conceituais e didáticas) para (re)elaboração das práticas de ensino da história, de forma a atender as exigências e recomendações dos dispositivos oficias (Lei nº 9.394/96 e PCNs) alusivas a instituição do ECA como componente de ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os processos de investigação (análise de fonte documental oficial e coleta de dados no lócus de estágio) também propiciaram aos futuros professores conhecer os procedimentos necessários pesquisa histórica e a importância da narrativa na construção do conhecimento e, ainda, refletir sobre quais os conteúdos e formas de abordagens do ECA são mais apropriados aos anos iniciais da escolarização formal. |
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Palavras-chave: ECA, formação inicial de professores, ensino de história. |