63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional |
Análise comparativa das atividades de vida diária entre idosos saudáveis e adultos jovens com artrite reumatóide |
Fernanda Lopes Touta 1 Cecília Magnabosco Melo 2 Klayton Galante Sousa 3 Lucivânio Oliveira Silva 4 Welton Dias Barbosa Vilar 5 |
1. Fisioterapêuta pela Faculdade Anhanguera de Anápolis 2. Profa. Esp./ Docente e coordenadora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera Anápolis 3. Prof. Ms./Docente e supervisor de estágio do Curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Anápolis 4. Prof. Ms./Docente do Curso de Biologia e Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Anápolis 5. Prof. Msc./Orientador - Faculdade Anhanguera de Anápolis |
INTRODUÇÃO: |
O envelhecimento populacional notadamente vem causando profundas transformações na história mundial e em termos de saúde pública. Este processo quando ocorrido de forma ativa e saudável tem sido determinante para as condições de vida favoráveis e influenciando positivamente a saúde funcional dos gerontes, além, de afastar possíveis indicadores de morbidade e incapacidade desta população. Por outro lado, indivíduos menos ativos e muitas vezes associados com doenças incapacitantes, como as artrites reumatóides tendem apresentar profundas desvantagens funcionais, mesmo quando comparados com aqueles indivíduos de maior idade. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo comparar a capacidade de realização das atividades de vida diária entre os idosos saudáveis e os indivíduos adultos jovens acometidos pela artrite reumatóide. |
METODOLOGIA: |
Estudo de coorte descritivo e transversal, realizado com freqüentadoras de um Centro de Convivência de Idosos e uma Associação de Viúvas, ambas, no município de Anápolis-GO. Assim, a amostra foi comporta por 14 mulheres idosas, com idade média de 63 (± 5,6) anos, em boas condições de saúde (Grupo 1) e 17 mulheres adultas jovens, com idade média de 41,3 (± 3,9) anos e com diagnóstico médico de Artrite Reumatóide. Todas as voluntárias foram selecionadas a partir de prontuários existentes e fichas cadastrais disponíveis nas instituições. Em seguida foram convidados para uma reunião nas respectivas instituições, onde receberam todas as informações e esclarecimentos sobre a pesquisa e sua participação foi formalizada através de assinatura do termo de consentimento, conforme os critérios da Resolução 196/96 do CNS. A coleta de dados foi realizada a partir de uma bateria de testes que envolveram atividades da vida diária, como o caminhar, correr, levantar-se do solo, sentar, levantar, calçar meias, subir escadas e levantar e locomover-se. O tempo mínimo para execução das tarefas foi utilizado como critério de avaliação. Os resultados foram submetidos à análise de variância e aplicação do teste T de Student e o nível de significância estabelecido foi de 0,05. |
RESULTADOS: |
Observou-se que os idosos apresentaram um tempo médio de realização das atividades de vida diária inferior daquele encontrado no grupo de adultas jovens, em todas as variáveis estudadas. Sendo que, os grupos de gerontes apresentaram tempo de 6,34 (±1,9) para atividade de caminhar 10 metros, 9,45 (± 2,1) para Deitar e Levantar, 3, 38 (±1,7) para Sentar e Levantar e tempo de 39,52 (± 5,9) para a atividade de Calçar Meia, enquanto, que as mulheres com AR apresentaram tempo médio de 7,67 (± 2,1), 9,98 (± 3,11), 3, 97 (± 1,4) e 47,88 (± 6,3), respectivamente. Mesmo não havendo diferenças estatisticamente significantes para o tempo de realização de todas as variáveis estudadas entre os grupos, estes dados corroboram com outros estudos como o de Netto (2006) e Dantas (2000) que afirmaram que o processo de envelhecimento pode ser um dos fatores que poderão afetar a autonomia funcional, no entanto, se esse processo for bem assistido com práticas regulares exercícios físicos e comportamentos que contribuam para um estilo de vida saudável, estes poderão exercer com vantagens funcionais e com bom desempenho, suas atividades diárias. Ao contrário daqueles que durante estas atividades, poderão apresentar sintomas dolorosos, dificultando o bom rendimento funcional. |
CONCLUSÃO: |
A partir dos resultados observados, podemos concluir que os indivíduos adultos jovens acometidos pela Artrite Reumatóide, apresentaram perdas importantes de sua capacidade funcional, comparadas com o desempenho apresentado pelo grupo de idosos. Entretanto, constatamos que o envelhecimento de forma saudável, permite o individuo realizar suas atividades normalmente, com apenas perdas fisiológicas, sem grandes interferências em sua capacidade funcional, obtendo em muitas das vezes, um perfil de qualidade de vida melhor que os indivíduos acometidos por doenças crônicas e com caráter incapacitante. Cabe salientar, a necessidade de novos estudos com números maiores de sujeitos e envolvendo essa temática, bem como, outras que poderão dar ênfase nas interrelações do envelhecimento com as diversas variáveis relacionadas à capacidade funcional e as diferenças destas, com aquelas relacionadas a outros grupos populacionais mais jovens, no entanto, acometidos por diversas doenças ou processos incapacitantes. |
Palavras-chave: Idoso, Atividade de vida diária, Artrite reumatóide. |