63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia |
SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE CEPAS DE Pseudomonas sp. ISOLADAS DE AMOSTRAS CLÍNICAS EM BOA VISTA-RR. |
Tharles Mesquita Araújo 1 Márcia Brazão e Silva Brandão 2 Fabiana Granja 1 Cátia Alexandre Ribeiro Meneses 2 |
1. Acadêmico de Ciências Biológicas- Centro de Estudos da Biodiversidade-UFRR 2. Biomédica- Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima 3. Prof. Dra./Orientadora-Centro de Estudos da Biodiversidade-UFRR 4. Biomédica- Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima |
INTRODUÇÃO: |
A resistência aos mais diversos antibióticos tem desenvolvido-se como um processo natural, resultante da habilidade da população bacteriana de se adaptar aos mais diversos ambientes. O uso indiscriminado de antibióticos cada vez mais tem contribuído para o aumento da pressão seletiva, favorecendo a exposição de inúmeras espécies bacterianas em especial Pseudomonas sp relacionadas à várias patogenias. Esta oportunidade facilita a aquisição de mecanismos de resistência. Os hospitais, principalmente os que apresentam unidade de terapia intensiva (UTI), centro cirúrgico, unidades de pediatria, berçário neonatal, clínica médica e/ou cirúrgica, onde os pacientes são tratados com antibióticos, representam um local que englobam bactérias que mais facilmente tornam-se resistentes a estas drogas (SANTOS, 1997). Portanto o objetivo deste trabalho foi analisar a susceptibilidade de Pseudomonas sp à diferentes antibióticos, traçando desta forma o perfil dos antibióticos com maior e menor susceptibilidade antimicrobiana. |
METODOLOGIA: |
A determinação da resistência antimicrobiana foi realizada através das cepas isoladas de diferentes amostras clínicas provenientes do Hospital Geral de Roraima, pela técnica de disco-difusão em ágar Mueller-Hinton. Os antibióticos utilizados para a realização dos antibiogramas foram: Amicacina (AMI), Amoxilina+ Ácido clavulânico (AMC), Ampicilina (AMP), Aztreonam (ATM) Cefoxitina (CFO), Ceftazidima (CAZ), Ceftriaxona (CRO), Cloranfenicol (CLO) Ciprofloxacino (CIP), Gentamicina (GEN), Imipenem (IMP), Polimixina B (Poli B), Tobramicina (TOB), Tetraciclina (TET). Em seguida analisava-se o crescimento bacteriano a partir da medida do diâmetro do halo de inibição, de acordo com os descritos pelo CLSI, determinando desta forma a sensibilidade e resistência dos antibióticos testados. |
RESULTADOS: |
No período de janeiro à dezembro de 2010 foram isoladas 86 amostras de Pseudomonas sp,. Dos isolados de Pseudomonas sp. observou-se uma alta resistência à maioria dos antibióticos testados, em especial Amoxilina+Ácido clavulânico (100%), Ampicilina (100%) e Cefoxitina (97,67%). Os antibióticos que apresentaram maior sensibilidade foram Polimixina B (85,71%), Tobramicina (83,72%), Imipenem (78,87%). WEBER et al (2009) trabalhando com perfil de resistência de Gram negativos constatou também maior resistência aos antibióticos ampicilina e cefoxitina. Segundo MENEZES et al (2009), imipenem foi um dos antibióticos com maior sensibilidade quando testado frente às Pseudomonas sp., corroborando-se com o presente resultado encontrado. |
CONCLUSÃO: |
A disseminação de cepas bacterianas cada vez mais resistentes à vários antibióticos utilizados indiscriminadamente é preocupante. Medidas de controle devem ser cada vez mais implementadas urgentemente, diminuindo desta maneira o uso destes antimicrobianos, em especial os que apresentam amplo espectro. Percebeu-se que Pseudomonas sp, mostrou-se resistente à maioria dos antibióticos testados, o que demonstra ser um importante patógeno a ser combatido. Os antimicrobianos mais eficientes foram Polimixina B, Tobramicina e Imipenem, apresentando praticamente 100% de atividade antimicrobiana, representando boa opção terapêutica para os pacientes que encontravam-se internados no Hospital Geral de Roraima. |
Palavras-chave: Pseudomonas sp, Resistência, Antibióticos. |