63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 2. Ciência da Computação - 4. Engenharia de Software
PME – IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA PRESCRIÇÃO MÉDICA ELETRÔNICA
Marcelo Barbosa Alcantara 1
Leonardo Henrique Ferreira 2
Patricia Alves dos Santos 2
Rodrigo Pedroso de Barros 2
Silvia Maria Farani Costa 1,3
José Carlos dos Santos 2,3
1. Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba – FATEC CPB
2. Centro Universitário FIEO - UNIFIEO
3. Prof.(a) Ms.
INTRODUÇÃO:
Atualmente, o ministério da saúde gasta uma quantia em reais absolutamente alta em questões como falsificação de receitas médicas, bem como com a venda ilegal de medicamentos.
O Ministério de Saúde Brasileira, conta com uma estrutura interna bastante organizada, já a estrutura externa que promove a comunicação entre os usuários como médicos e farmacêuticos é bastante precária. A deficiência nesta comunicação acaba afetando os processos no que diz respeito as prescrições médicas, que atualmente faz uso de um método pouco seguro, não informatizado, possibilitando falsificações de prescrições médicas que podem gerar custos altos no serviço orçamentário da Receita. O PME (Prescrição Medica Eletrônica) nada mais é do que uma tentativa de extinguir ou até mesmo minimizar essa situação vivida nos dias de hoje.
O propósito do PME (Prescrição Médica Eletrônica) é integrar médicos e farmacêuticos através de um único sistema. Essa integração busca alternativa, para em um primeiro momento diminuir os gastos com receitas impressas em papel, diminuir ou acabar com falsificações de receitas médicas, além de oferecer um maior controle sobre a venda dos medicamentos prescritos.
METODOLOGIA:
No processo de desenvolvimento foram analisadas situações presentes no ambiente hospitalar e farmacêutico, a fim de verificar como são feitas as prescrições, o que é necessário para validar uma receita e contestar a sua veracidade e as regras de negócios necessárias. Todo médico e farmacêutico tem um login e senha para entrar no sistema, composto por uma senha pessoal e CRM (para médicos) ou CRF (para farmacêuticos).
Futuramente nosso sistema deverá promover a segurança no armazenamento dos dados, acrescentando ferramentas de criptografia já que trata de informações cujo acesso é restrito. Além disso, o PME (Prescrição Medica Eletrônica) poderá ter em seu mecanismo, um sistema de busca, que pesquise bulas do medicamento para auxiliar os médicos nos receituários. O sistema foi desenvolvido no Excel 2007 inicialmente, usando as linguagens de programação VBA (Visual Basic for Application) que é usada para criação de aplicativos e automação de tarefas, baseados nos aplicativos do (Microsoft Office(.
Para a segunda versão que será desenvolvida para web, além de prescrições médicas, nosso sistema também abrangerá outros tipos de receitas, como guia médica, guia de tratamento e outros tipos de receituários que hoje são utilizados em grande escala pela medicina.
RESULTADOS:
A primeira versão do software foi finalizada em outubro de 2010 e, embora estivesse esteticamente perfeito, apresentou algumas falhas de lógica na programação no que dizia respeito a data de validade das receitas, ou seja, o sistema permitia uma data de vencimento inferior a data atual. Outra falha corrigida foi com relação ao perfil médico, que podia fazer alterações em receitas que foram prescritas por outro médico. Todas as falhas foram corrigidas.
Na segunda versão de testes percebemos que o sistema não permitia medicamentos sem posologia como prevê a lei, o que atendeu plenamente a regra de negócio proposta.
Com o serviço de prescrição médica eletrônica observamos que é possível implantar esse sistema no ambiente hospitalar e farmacêutico obtendo um maior controle do que foi prescrito, evitando possíveis erros médicos e inclusive tendo um histórico de todas as receitas prescritas. Tal histórico nos permite verificar as prescrições de forma que as vendas sejam controladas evitando o comércio ilegal. Nosso projeto futuro é fazer integração de médicos e farmacêuticos, via WEB em um sistema mais robusto e complexo.
CONCLUSÃO:
Concluímos que infelizmente no Brasil ainda existe uma grande precariedade na área de saúde pública que contrasta com a rede particular que demonstra maior investimento na área de tecnologia. Tal fato foi constatado na rede pública quando falamos das UBS (Unidades Básicas de Saúde).
Por este motivo buscamos primariamente uma solução automatizada simples, porém eficaz e funcional cujo custo é baixo para o setor público. A proposta futura é desenvolver uma aplicação web a fim de implantar uma rede nacional para promover a comunicação na área de saúde quando falamos de prescrições de receitas médicas. Para tanto teremos que pensar em aspectos de segurança uma vez que os dados tratados são sigilosos e o acesso é restrito.
Palavras-chave: Sistemas de informação, Prescrição eletrônica, Sistemas críticos.