63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional |
PROXÊMICA: FORMAS DE COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL E SUA INFLUÊNCIA NA RELAÇÃO FISIOTERAPEUTA E PACIENTE |
Ariberto Silva de Queiroz 1 Ayrton Villeneuve Oliveira Tavares 2 Nadja Valéria Santos Barros 3 Vitória Regina Quirino de Araújo 4 |
1. Graduando do curso de fisioterapia, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB 2. Graduando do curso de fisioterapia, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB 3. Graduanda do curso de fisioterapia, Universidade Estadual da Paraíba – UEPB 4. Professora. Doutora/Orientadora – departamento de fisioterapia – UEPB |
INTRODUÇÃO: |
A comunicação é uma necessidade humana básica que tem o potencial de aproximar e fazer com que os outros conheçam-nos. A comunicação verbal e não verbal são estudadas por diversas áreas do conhecimento. Dominá-las, proporciona vantagens nas relações comerciais, culturais, pessoais e humanas. Nas relações de cuidado as formas de comunicação são essências para uma boa conduta terapêutica e para um constante e progressivo crescimento na relação profissional de saúde e paciente. Assim, destaca-se o importante papel que o fisioterapeuta possui nas relações de comunicação com ênfase nos aspectos não verbais que são desencadeados durante a interação. Com base no conhecimento que a comunicação não verbal tem grande significância nas intervenções fisioterapêuticas, esta pesquisa tem o objetivo de investigar aspectos da comunicação não verbal adotados pelos estagiários-fisioterapeutas em sua atuação prática durante atendimento aos pacientes de uma clinica escola de fisioterapia, e observar como esses fatores influenciam as relações de cuidado durante os atendimentos. Com tais objetivos pretende-se despertar entre os fisioterapeutas o interesse acerca dos aspectos da comunicação não verbal para uma conduta fisioterapêutica cada vez mais ampliada. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um estudo analítico e descritivo em uma abordagem quali-quantitativa. Para observação dos estagiários-fisioterapeutas foi adotado o roteiro de observação adaptado de Growl; Lawrence (1995) onde os aspectos da comunicação não verbal foram analisados no que se refere à posição do estagiário-fisioterapeuta durante a interação, distância, tom de voz, eixo dos interlocutores, comportamento de contato, contato visual, presença de obstáculos entre os interlocutores, além de ser descrita a situação e o tempo do atendimento. A amostra foi composta de quinze alunos concluintes do curso de fisioterapia da UEPB, sendo treze do gênero feminino e 02 do masculino. O período da pesquisa foi entre dezembro de 2010 a março de 2011 na Clinica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba, na cidade de Campina Grande. Das quinze situações observadas: 4 ocorreram no setor de gineco-obstetricia-urologia, 3 na neurologia adulto, 6 em trauma-ortopedia-reumatologia, 1 em neurologia infantil e 1 em cardiorrespiratória. |
RESULTADOS: |
O menor tempo de atendimento foi 40 min. e o maior de 45 min. A posição apenas de pé foi adotada por 32% dos estagiários, apenas sentado 32%, de pé e sentado 53,33% e de pé e de joelhos 6,7%. A distância intima e pessoal ocorreu 6,7%, apenas pessoal em 80% apenas social em 13,3%. O tom de voz variou entre baixo, normal e alto, prevalecendo o normal 66,7%. O eixo dos interlocutores no atendimento foi frente a frente e lateral com o maior predomínio 46,7% frente a frente mais lateral e costas, apenas lateral, e lateral e costas. Os relacionamentos de contato adotado foram: tocar localizado com a maior prevalência 46,7% tocar localizado com o apertar, tocar localizado junto com o apertar e acariciar, e ausência de toque. Quanto ao contato visual 86,66% mantiveram contato visual e 13,33% não executaram relação de contato visual com seus pacientes durante a conduta. Observou-se ainda que não ocorreu presença de obstáculos entre os interlocutores em 80% das interações Quando houve obstáculos 20% um deles foi o aparelho celular do terapeuta; um obstáculo material que dificultou a terapia, Outro obstáculo agora imaterial foram as conversas entre terapeutas não relacionadas ao tratamento, visto que esses diálogos são eventos que distraem ou comprometem a terapêutica. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados obtidos nas observações feitas durantes as condutas na Clinica Escola de Fisioterapia da UEPB reforçam as reflexões sobre o tema dos aspectos da comunicação não verbal e suas variáveis. A temática é fonte de grande riqueza intelectual bem como possibilita uma abordagem mais ampla e abrangente propondo um cuidado cada vez mas efetivo e direcionado para uma intervenção mais holística e humanizada. |
Palavras-chave: Comunicação não verbal, Relação, Paciente. |