63ª Reunião Anual da SBPC
H. Artes, Letras e Lingüística - 1. Artes - 9. Artes
ARTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: Experiências e Possibilidades
Josiane de Jesus da Silva 1
Flávia Andresa Oliveira de Menezes 1, 2
Arão Nogueira Paranaguá de Santana 3
1. CAPEM - Especialista em Educação Inclusiva
2. UFMA - Mestranda em Cultura e Sociedade
3. prof. Dr. / Orientador - Depto de Artes-UFMA
INTRODUÇÃO:
O presente artigo é fruto do trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Educação Inclusiva, do Centro de Avaliação, Planejamento e Educação do Maranhão; os procedimentos utilizados na consecução do trabalho foram as pesquisas documental e de campo, para o enfoque das questões norteadoras da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e da Arte Educação, e para a análise da forma como vêm sendo pensadas e aplicadas ações na área da Educação Especial pela Secretaria Municipal de Educação- SEMED e pela Secretaria de Estado de Educação do Maranhão –SEDUC, em São Luís do Maranhão. Destaca-se a relação entre Arte e Educação Especial, a partir da experiência do Centro de Atendimento Especializado Helena Antipoff, do qual se apresenta a estrutura de funcionamento, com ênfase na prática da professora Eliane Pinto com a arte da dança, sugerindo posteriormente formas de trabalho com expressão corporal e teatro em salas regulares, a fim de que estas trabalhem na perspectiva inclusiva.
METODOLOGIA:
A metodologia de trabalho adotada consistiu na pesquisa qualitativa com os seguintes procedimentos: pesquisa de campo, com observações e entrevistas; contatos com gestores, pesquisa bibliográfica e documental. Posteriormente, fez-se análise de materiais e elaborou-se proposta de oficinas de arte educação para salas de aula regulares que trabalhem na perspectiva da inclusão, com métodos que contribuam, para a formação e o entrosamento de alunos com e sem necessidades educacionais especiais.
RESULTADOS:
A partir do entendimento sobre a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 no Sistema Educacional Brasileiro, que tenta cumprir o previsto na Constituição Federal, ou seja, garantir o direito de todos à educação, este trabalho traz uma discussão sobre como a Educação Especial é pensada e tratada pelo poder público no Maranhão, a partir das Secretarias de Educação: SEMED (Secretaria Municipal de Educação) e SEDUC (Secretaria Estadual de Educação). A SEMED expressa em sua redação documental fundamentação teórico-metodológica sobre políticas de inclusão, as quais são executadas por meio de programas e projetos que envolvem também a Arte Educação. Já a SEDUC, em documento de referência elaborado em 2010, “Orientações Básicas das Modalidades e Diversidade Educacionais para os Profissionais da Rede Estadual de Ensino”, traz apenas sinalizações de trabalho: o que nos mostra uma postura meramente paliativa. Frente a essa realidade, o Centro de Atendimento Educacional Especializado vinculado ao Estado, o Helena Antipoff, tem cumprido um importante papel como instituição não só integradora, mas também inclusiva. A pesquisa discute ainda problemáticas a respeito da inclusão de alunos com necessidades especiais em salas regulares e por fim sugere atividades de teatro que possam ser aplicadas nas turmas em processo de inclusão.
CONCLUSÃO:
A reflexão proposta na construção do trabalho permitiu que se buscasse identificar como as Secretarias de Educação do município e do estado estão dialogando com a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o que nos mostra uma diferença na organização teórico-metodológica entre a SEMED e a SEDUC.
Os Centros de Atendimento se mostram fundamentais por integrarem e formarem uma clientela especial, a partir da adoção da perspectiva inclusiva, que traz para o corpo escolar a necessidade de refletir e pensar estratégias que não reproduzam uma prática segregadora, ou seja, de exclusão. Esta tarefa não é fácil, no entanto, o professor de teatro tem uma importante ferramenta, que muito pode contribuir para este novo cenário. A troca de experiências se faz importante neste momento e acreditamos que é necessário pensar esta tarefa como um trabalho conjunto entre os profissionais dos Centros Especializados e os profissionais das salas de aula regulares.
Com este trabalho, acreditamos ter cumprido com um papel sensibilizador, para que os professores sem experiência na área possam ter um direcionamento diante da complexidade do quadro a ser trabalhado.
Palavras-chave: Política Nacional, Educação Inclusiva, Arte, Dança e Teatro.