63ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química |
Adsorção do Corante Têxtil Azul de Remazol R por Pseudocaule da Bananeira (Musa sp) |
Fabiana Melo da Silva 1 Cícero Wellington Brito Bezerra 2 Hildo Antônio Santos Silva 2 Sirlane Aparecida Abreu Santana 3 |
1. Aluna de IC- Química Industrial-UFMA 2. Departamento de Química/CCET- UFMA 3. Profa. Dra./ Orientadora-Departamento de Química- UFMA |
INTRODUÇÃO: |
O meio ambiente hoje é uma das maiores preocupações da sociedade, por suas inúmeras poluições e alterações. A água é usada na indústria têxtil como veículo para os produtos químicos utilizados no processo de beneficiamento das fibras. O tratamento mais utilizado na remoção de corantes dos efluentes industriais, é a adsorção. Este processo encontra grande aplicação industrial, pois associa baixo custo e elevadas taxas de remoção. Adsorventes alternativos de baixo custo para a remoção de corantes de efluentes aquosos contaminados, tem despertado grande interesse nos dias atuais. Por fim, este trabalho vem investigar a real adsorção do corante têxtil azul de remazol R frente ao pseudocaule da bananeira (Musa sp.). |
METODOLOGIA: |
O adsorvente juntamente com o corante foram submetidos à diversos estudos tais como: pHzpc, pH ótimo, cinético e de equilíbrio. O adsorvente in natura foi triturado, peneirado na faixa de 0,088-0,177 nm, lavado com água deionizada e em seguida, seco à 50°C por 5 hs. O pH no ponto zero de carga do adsorvente foi estimado pela medida do pH de soluções padrão (pH: 1 -12, HCl, NaOH/KCl (1M), força iônica constante), antes e após o contato com o sólido. Os experimentos foram realizados com 100 mg do adsorvente em 25 mL do adsorvato. Foram preparadas soluções do corante em valores de pH que variaram de 1-12 na concentração de 100 mg/L e registrados os espectros eletrônicos. As soluções em contato com o adsorvente permaneceram sob agitação constante por 24 horas. Utilizou-se o método de batelada para o estudo de cinética. O sistema adsorvente/adsorvato nas concentrações de 150 mg/L e 250 mg/L, em pH otimizado, foi submetido à agitação constante por tempos que variaram de 5 à 300 minutos, logo após centrifugados e feita a determinação da quantidade adsorvida. A isoterma de adsorção foi obtida pela variação das concentrações do adsorvato entre 50-500 mg/L em contato com o adsorvente em um tempo previamente determinado. |
RESULTADOS: |
O pHzpc do adsorvente foi próximo à 5,7. No estudo do pH, observou-se que a melhor adsorção ocorre no pH 2. Estes resultados estão de acordo com o esperado visto que o corante é aniônico e o pHzpc do adsorvente está entre 5,0 e 6,0. Os estudos cinéticos mostraram que o tempo de equilíbrio é atingido em 60 minutos, em ambas concentrações estudadas. O modelo de segunda ordem foi o que mais se adequou aos resultados experimentais. A quantidade máxima adsorvida pelo pseudocaule da bananeira para este tipo de corante foi de 39,92 mg/g. No estudo do equilíbrio, os resultados foram adequados aos modelos de Langmuir, Freundlich, Sips, Langmuir-Freudlich, Fritz, Redlich-Peterson. A melhor coeficiente de correlação (R=0,9867) foi obtido no modelo de Freundlich. |
CONCLUSÃO: |
O estudo da adsorção do corante têxtil Azul de Remazol R por pseudocaule de bananeira mostrou que o processo é fortemente afetado pelo pH, apresentando melhor capacidade em pH 2,0, resultado este que é justificado pelo pHzpc do material e pela presença de grupos sulfonados no corantes, os quais interagem mais fortemente com o sólido quando este encontra-e com sua superfície protonada. O sistema entra em equilíbrio em aproximadamente 60 min e a modelagem cinética revelou que o melhor modelo que se aplica ao sistema estudado foi o de segunda ordem. O modelo de adsorção mais adequado para o Azul de Remazol R foi o de Freundlich. A eficiência do adsorvente na remoção do corante de solução aquosa foi expressiva dentro da faixa de concentração de 50 a 500 mg/L, a pH 2,0, no tempo de equilíbrio de 60 minutos. Nessas condições, a remoção máxima foi de 50% em uma concentração de 250 mg/L. Assim, os resultados indicam que o pseudocaule da bananeira pode ser um efetivo adsorvente para corante têxtil, podendo ser utilizado para controle da poluição aquática gerada por efluentes têxteis. |
Palavras-chave: Pseudocaule da bananeira, Corante Têxtil, Adsorção. |