63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada |
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE UM PARQUE PÚBLICO EM DOURADOS-MS |
Pierre Louis Munoz Mejia Demenjour 1 Edinaldo Gomes Ferreira 2 Guilherme Tonial Neves 2 Péricles David dos Santos Júlio 3 Kelly Mari Pires de Oliveira 4 |
1. Acadêmico de Biotecnologia- FCBA, Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD 2. Acadêmicos de Biotecnologia- FCBA, Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD 3. Mestrando em Ciência e Tecnologia Ambiental- FACET- UFGD 4. Depto. de Ciências Biológicas e Ambientais FCBA- UFGD |
INTRODUÇÃO: |
Um lago pode conter muitas espécies de bactérias, porém quando este é contaminado por esgotos passa a conter bactérias não pertecentes à microbiota local podendo ou não causar doenças às pessoas que usufruírem dessa água tanto para beber quanto para recreação. A Saúde Pública abrange aspectos sanitários que devem ser enfocados, estudando-se o comportamento dos indicadores de poluição. O período de chuvas é o momento que contribui para a mudança da qualidade microbiológica da água, pois ocorre a lexiviação, ou seja, o arraste de material orgânico, principalmente excretas humanas e animais, para a microbiota do lago. Alguns microorganismos, como os de origem fecal, são utilizados mundialmente como parâmetros para se verificar a qualidade da água. Para constatação dos efeitos antrópicos negativos sobre a água é necessário realizar estudos e investigações mais detalhadas, com o objetivo de identificar e diagnosticar os impactos e, eventualmente, avaliar o nível de contaminação. O grau de interferência antrópica provavelmente influenciará no equilíbrio dos ecossistemas aquáticos e riscos à saúde pública. O objetivo do trabalho foi analisar a qualidade microbiológica da água de um parque público, situado no município de Dourados, MS. |
METODOLOGIA: |
O trabalho foi desenvolvido no laboratório de microbiologia da Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados-MS. As coletas das amostras de água foram realizadas em quatro pontos distintos do mesmo lago, denominados ponto A, B, C e D, sendo coletada uma amostra de cada ponto em frascos estéreis e identificados. As amostras foram transportadas sob refrigeração até o início do exame. Para enriquecimento na análise de Salmonella, utilizou-se o caldo de Rappaport e o caldo Selenito Cistina e, para análise presuntiva utilizou-se o ágar Hecktoen. Para identificação bioquímica, usou-se o ágar TSI, ágar MIO e teste de oxidase. Para verificação da presença/ausência de coliformes totais e fecais utilizou-se os meios: caldo lauril triptose, caldo lactosado bile verde brilhante e caldo EC utilizando-se o método de fermentação em tubos múltiplos e para Escherichia coli, empregou-se a semeadura em superfície no meio ágar Teague. |
RESULTADOS: |
Os resultados obtidos na análise microbiológica evidenciaram contaminação por coliformes totais e fecais nos pontos A, B, C e D, na ordem de 3,6; 460; >1100 e >1100 NMP/g, respectivamente. Os resultados encontrados para coliformes fecais foram: amostras A e B < 0,3 NMP/mL e amostras C e D = 3,6 NMP/mL. Nas amostras A, C e D foi constatada a presença de Salmonella spp. Não houve resultado positivo para a existência de Escherichia coli nas amostras analisadas. |
CONCLUSÃO: |
Com os resultados foi possível evidenciar a contaminação da água amostrada, refletindo conseqüentes problemas ambientais e de saúde. Conhecer no ambiente prováveis agentes causadores de doenças é essencial no planejamento e efetivação de ações na saúde pública. |
Palavras-chave: Contaminação, Efluentes, Microbiota. |