63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia |
TERRAÇOS FLUVIAIS DE TERESINA – PIAUÍ: OCORRÊNCIA E USO COMO MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL |
Helenieldo Marques de Araújo 1 Carla Iamara Passos Viana 1 Joanne Alves de Abreu 1 Bartira Araújo da Silva Viana 2 |
1. Graduando/bolsista ICV - Licenciatura Plena em Geografia - UFPI 2. Profa. Dra./ Orientadora ICV - Depto de Geografia e História -UFPI |
INTRODUÇÃO: |
O presente estudo pretende caracterizar os terraços fluviais de Teresina – Piauí como fonte de sedimentos usados na construção civil. A pesquisa foi motivada pela observação de uma maior exploração dos terraços nas últimas três décadas, visando atender a demanda de massará e seixos. O objetivo geral do trabalho é analisar os terraços fluviais de Teresina, relacionando os aspectos físicos e ambientais da área de estudo, aos impactos gerados pelo uso dos sedimentos na construção civil. |
METODOLOGIA: |
O presente trabalho teve como base a pesquisa bibliográfica, o levantamento e seleção de documentos com a reunião de materiais referentes ao estudo, tais como livros, dissertações e artigos, assim como observações in locu da exploração dos terraços teresinenses . Na pesquisa de campo, foram colhidas informações da área de terraços, assim como foram feitos registros fotográficos. Posteriormente a área de estudo foi analisada, através da utilização de mapas, cartas altimétricas, imagens de satélites preexistentes , utilizando-se de técnicas em Geoprocessamento, sensoriamento remoto e interpretação de imagens para identificar e caracterizar os terraços e seus impactos. |
RESULTADOS: |
Constatou-se que nos terraços fluviais, a atividade mineral está voltada, principalmente, para a extração dos seixos e do “massará”, sendo que este é um sedimento conglomeráticos de cores e coloração variadas, creme, vinho, rosa, esbranquiçada, amarelada, arrocheada e avermelhada, com matriz arenoargilosa, média a grosseira, e até conglomerático, ligante, de pouca consistência, facilmente desagregável (friável), contendo seixos brancos de sílica bem arredondados. Vale ressaltar que a capital ocupa o interflúvio dos rios Parnaíba e Poti, constituído por arenitos e sedimentos aluvionares inconsolidados, sendo que o rio Poti em Teresina, encontra-se no seu baixo curso, e apresenta um traçado meandrante, desviando seu curso de obstáculos, principalmente das baixas colinas sustentadas por depósitos aluvionais antigos, com destaque para o “massará”. Este se apresenta como camada superficial de baixas colinas, tendo seu entorno rebaixado por erosão. Percebeu- se que a atividade extrativa de “massará” e seixos produzem impactos positivos, pois geram emprego e renda contribuindo, assim, para o desenvolvimento local da capital piauiense. Já os impactos negativos estão condicionados à exploração desordenada e predatória dos recursos naturais locais presentes nos terraços fluviais, sendo que a exploração de “massará” e seixo se repetem sem manejo adequado. |
CONCLUSÃO: |
Conclui-se que os depósitos de cascalhos e areia que compõem os terraços fluviais do sítio urbano de Teresina, e que formam agregados largamente utilizados como materiais de construção estejam associados a sedimentos fluviais recentes provenientes, porém, de depósitos de paleocanais e terraços fluviais subrecentes a antigos. |
Palavras-chave: Terraços fluviais, Mineração, Impactos ambientais. |