63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 4. Enfermagem Obstétrica |
ALÍVIO DA DOR DURANTE O TRABALHO DE PARTO ATRAVÉS DE CUIDADOS NÃO FARMACOLÓGICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA |
Jaileny Oliveira Barbosa 1 Rayane da Costa Santos 1 Iolanda Graepp Fontoura 2 |
1. Universidade Federal do Maranhão-UFMA 2. Profª. Orientadora –Depto. de Enfermagem-UFMA |
INTRODUÇÃO: |
A dor durante o trabalho de parto constitui-se numa realidade inerente as parturientes e, apesar de evitável, continua sendo vivenciada com grande freqüência pelas mulheres que dão à luz. A dor de parto é única para cada mulher e é influenciada por fatores que aumentam a percepção dolorosa no parto. Diante disso, percebe-se a responsabilidade da equipe de enfermagem em prestar assistência humanizada durante o trabalho de parto e parto, o que é possível através da aplicação de cuidados que proporcionem alívio da dor à parturiente. Dessa forma, é essencial que cuidados não-farmacológicos de alívio da dor sejam explorados, por serem mais seguros e acarretarem menos intervenções. Os cuidados não farmacológicos mais utilizados durante o trabalho de parto para alívio da dor são: banho de chuveiro, massagens na região lombar, respiração padronizada, apoio emocional, deambulação e uso da bola suíça. Esses cuidados podem ser aplicados de forma combinada ou isolada, e, além de proporcionar alívio da dor durante o trabalho de parto, podem reduzir a necessidade na utilização de métodos farmacológicos. Assim, objetivou-se através deste relato, verificar a eficácia dos cuidados não farmacológicos no alívio da dor e ansiedade em parturientes. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA durante as aulas prática de Saúde da Mulher II no mês de março de 2011. O local para desenvolvimento do estudo foi a sala de pré-parto do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz-MA, ambiente no qual as parturientes recebem cuidados farmacológicos e não farmacológicos durante o trabalho de parto. Durante esse período foi possível observar a realização desses cuidados pela equipe de enfermagem bem como aplicar cuidados não farmacológicos a oito parturientes e perceber os resultados diante do relato verbal dessas. |
RESULTADOS: |
A assistência durante o trabalho de parto deve ocorrer de forma individual, respeitando-se o direito da mulher de decidir que cuidado deseja receber. A intensidade da dor para cada mulher varia muito, entretanto, muitas mulheres lidam com a dor no trabalho de parto e parto sem intervenções farmacológicas. Os cuidados não farmacológicos para alívio da dor são meios de ajudar a mulher a enfrentar o desconforto do trabalho de parto, porém, não são eficazes a ponto de promover o alívio completo da dor, no entanto eliminam ou pelo menos reduzem a necessidade da parturiente de receber medicamentos. Os cuidados não farmacológicos mais aceitos pelas parturientes foram: massagem na região lombar, deambulação e banho de chuveiro. Quanto à massagem, observou-se que houve melhora satisfatória no alívio da dor. Algumas parturientes relataram que o toque diminuiu a ansiedade. Em relação à deambulação, as parturientes sentiram-se mais confortáveis do que quando permaneciam deitadas, apesar de não apresentarem alívio da dor. O banho de chuveiro promoveu maior conforto durante trabalho de parto. No entanto, a presença do acompanhante na sala de parto foi a medida que apresentou melhores resultados em relação a redução da ansiedade das parturientes. |
CONCLUSÃO: |
A humanização durante o trabalho de parto e parto é um ideal que está se tornando uma realidade. Dentre as propostas do parto humanizado destaca-se o uso de cuidados que promovem o alívio da dor, conforto físico e emocional a parturiente. Assim, constatou-se através desta experiência que mesmo a resposta a dor durante o trabalho de parto sendo um modo pessoal de cada mulher, os cuidados não farmacológicos ajudaram a reduzir a dor e ansiedade na maioria das parturientes. No entanto, verificou-se que nem todos os cuidados não farmacológicos foram eficazes no alívio da dor, porém reduziram os níveis de estresse e ansiedade da parturiente e promoveram satisfação. Diante disso, cabe a equipe de enfermagem orientar as parturientes sobre meios que possibilitem maior conforto e tranqüilidade durante o trabalho de parto e parto contribuindo para a vivência de um processo de nascimento com mais autonomia pela mulher. |
Palavras-chave: cuidados não farmacológicos, trabalho de parto, parturiente. |