63ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 14. Engenharia
CONTRIBUIÇÕES DE NÚCLEOS ESTUDANTIS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
André Carlos Schmidt 1,2
Adriano Oliveira Pires 1,2
Cleberson Carlos da Cunha 1,2
Ronny Knoch Gieseler 1,2
Pyter Ely da Silva 2
André Bittencourt Leal 3,4
1. Bolsista do Grupo PET Eng. Elétrica - UDESC
2. Bolsista do i9 - Núcleo Estudantil de Inovação Tecnológica - UDESC
3. Prof. Dr./ Tutor do Grupo PET Eng. Elétrica - UDESC
4. Prof. Dr./ Coordenador do i9 - Núcleo Estudantil de Inovação Tecnológica - UDESC
INTRODUÇÃO:
Com o intuito de constituir alianças estratégicas para o desenvolvimento de projetos cooperativos entre universidades, institutos tecnológicos e empresas nacionais, foi criada em 2004 a Lei de Inovação, que dispõe de incentivos para tal.
Nesse momento em que o cenário tecnológico brasileiro começa a convergir quando o assunto é desenvolvimento e inovação tecnológica, é visível a dependência da universidade nesse processo. Por sua vez, a universidade ainda não se adequou plenamente as premissas da Lei e o tema “Inovação” ainda não faz parte da realidade de grande parcela dos cursos de graduação, em especial aqueles de cunho tecnológico. A constatação de que as pesquisas científicas realizadas no âmbito universitário não tem sido convertidas em inovações é outro fator a somar nessa questão.
Tendo isso em vista, o estudante acaba ficando alheio a este panorama, se formando com o mesmo perfil de anos atrás, pouco preparado para o dinamismo tecnológico no qual vivemos.
METODOLOGIA:
Um núcleo estudantil de inovação tecnológica tem como principal objetivo envolver os acadêmicos no processo de inovação dentro da IES, possibilitando a disseminação de uma cultura de inovação e do espírito inovador entre os mesmos. Deve procurar ser um elemento modificador e viabilizar que todos os acadêmicos tenham oportunidade de aprimorar o pensamento crítico e criativo. Crítico para que se obtenham novos problemas que exijam novas soluções e criativo para que conceba soluções exequíveis. Dessa maneira, procura-se suprir, mesmo que de forma parcial, os problemas já citados. Tal iniciativa se diferencia de um Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT, pois o intuito é atingir os discentes da universidade, seja através de palestras, treinamentos, discussões ou promoção de concursos que envolvam o tema inovação tecnológica.
RESULTADOS:
A constatação da deficiência nos cursos de graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC levou os integrantes do Grupo PET Engenharia Elétrica da instituição à proposição e criação, oficialmente no dia 26/04/2010, do i9 - Núcleo Estudantil de Inovação Tecnológica. Criado com o intuito de contribuir para a disseminação do espírito inovador principalmente junto aos alunos do Centro de Ciências Tecnológicas da UDESC, seus egressos e empresas de base tecnológica localizadas da região, o grupo é formado por 5 discentes e um docente coordenador. O grupo conta com um website, que atua como ferramenta fundamental de divulgação de suas ações, notícias e conteúdo sobre inovação. Desde sua criação foram promovidas 3 palestras ministradas por profissionais de áreas ligadas à inovação de empresas da região. Além disso, foi organizado um minicurso sobre Propriedade Intelectual, ministrado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI. Foi realizado um concurso de inovação tecnológica, voltado à comunidade acadêmica do Centro de Ciências Tecnológicas - CCT, visando a disseminação do pensamento inovador nesse meio e a aproximação entre a universidade e as empresas da região, uma vez que o concurso foi patrocinado por empresas reconhecidas por suas posturas inovadoras.
CONCLUSÃO:
Apesar da importância do tema inovação tecnológica, grande parte das universidades brasileiras não têm fornecido as condições necessárias para o repasse de conhecimento desse tema. O i9 comprova a contribuição que grupos estudantis, focados em atingir os acadêmicos, proporcionam à graduação, principalmente em cursos de cunho tecnológico.
Os resultados do i9 já refletem num ambiente de maiores discussões sobre o tema inovação, além de motivar estudantes ao empreendedorismo voltado à criação de novos processos e produtos.
Pode-se concluir, também, que os núcleos estudantis, apesar de trazerem um conhecimento diferenciado para os alunos de graduação, trazem mais benefícios aos seus próprios integrantes, na forma de informação, conhecimento e até mesmo premiações que acabam refletindo numa formação diferenciada.
Palavras-chave: Inovação tecnológica, Grupos estudantis, Núcleos de inovação.