63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 5. Genética Vegetal |
CULTIVO IN VITRO DE ROSA spp. E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS FILAMENTOSOS FITOPATOGÊNICOS |
Tatiane Lemos Varella 1 Wandreilla Moreira Garcia 1 Suzam Lenni da Silva Pereira 1 Gizelly Mendes da Silva 1 Ilio Fealho de Carvalho 1 Maurecilne Lemes da Silva 1 |
1. Depto. Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT 2. Depto. Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT 3. Depto. Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT 4. Depto. Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT 5. Prof. Dr. - Depto. Ciências Biológicas - UNEMAT 6. Profa. Dra./Orientadora – Depto. Ciências Biológicas – UNEMAT |
INTRODUÇÃO: |
A roseira pertencente à família Rosacea, é uma das flores mais populares e comercializadas no país e, representa 11% do movimento financeiro anual desde mercado (CASTRO, 1998). As rosas podem ser arbustivas ou trepadeiras, com flores perfeitas e tamanho variado, aparecem geralmente isoladas ou em grupos (MEYER e ROSA, 1974). O desenvolvimento de novas técnicas para uma rápida propagação clonal utilizando das técnicas de cultura de tecidos vegetais possibilita a rapidez na produção de mudas com qualidade fitossanitária e a introdução de novos cultivares com características melhoradas (TOMBOLATO et al; 1992). A planta matriz de onde serão retirados os explantes terá influência no comportamento das culturas. Durante a desinfestação o material deve ser descontaminado sem conduzi-lo à morte quando isolado (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). Tendo em vista a importância da comercialização de rosas para a economia brasileira, este trabalho objetivou o cultivo in vitro de segmentos nodais e a identificação dos contaminantes fitopatogênicos visando a otimização de protocolo para o cultivo de variedades comercias de Rosa sp. |
METODOLOGIA: |
Hastes com brotações adventícias de diferentes variedades comerciais de Rosa spp. de flores (amarela, branca, vermelha e salmão) foram isoladas e lavadas em água corrente e, posteriormente levadas para a câmara de fluxo laminar, onde foram desinfestadas mediante a imersão em etanol 70% por 1’, seguida de hipoclorito de sódio a 2,5%, com a adição de 2 gotas de Tween-80 durante 15’ e, submetidas a 4 enxágues em água destilada e autoclavada. Os segmentos de ± 1cm foram cultivados em frascos contendo meio de MS (MURASHIGE E SKOOG, 1962), vitaminas B5, 0,01% (p/v) de mio-inositol e 0,3% (p/v) de sacarose, e 0,28% (p/v) de Ágar como agente gelificante. Os segmentos nodais foram transferidos para sala de cultivo com fotoperíodo de 16 h de luz e 8 h de escuro com 24 mmol.m-2.s-1 de luminosidade e temperatura de 27 ± 2 º C. Os explantes contaminados foram encaminhados ao Laboratório de Microbiologia (CPEDA/UNEMAT). Os fungos foram coletados isolados e cultivados em placas de Petri contendo meio de cultura BDA com antibiótico cloranfenicol. As placas foram acondicionadas em BOD à temperatura de 26 °C por 3 dias. Foram confeccionadas lâminas, com fragmentos das colônias puras e coradas com azul de metileno. Os fungos foram identificados de acordo com LACAZ et al ( 2002), através da confecção de lâminas, com fragmentos das colônias puras e coradas com azul de metileno. |
RESULTADOS: |
Após dez dias de cultivo in vitro as gemas adventícias axiliares neoformadas das diferentes variedades de Rosa sp., apresentavam alongamento de ± 3 mm de comprimento e expansão foliar. A utilização de segmentos caulinares que contém gemas adventícias axilares são os mais responsivos para a propagação in vitro (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). No entanto, observou o aparecimento de colônias de fungos após 5 dias de cultivo, com excessão da roseira de coloração amarela. Apesar das contaminações não se pode afirmar que o protocolo de desinfestação foi ineficiente, pois os agentes contaminantes podem ser tanto de origem endógena como exógena, uma vez que as plantas utilizadas como fonte de explantes não estavam cultivadas em ambiente controlado. O material contaminado por fungos foram isolados e identificou-se 5 gêneros de fungos filamentosos. A roseira de coloração branca apresentou 5 colônias fúngicas sendo elas Chrysosporium, Epicoccum e três fungos que não conidiaram (N.C) alcançando o maior índice de contaminação. Nos explantes das rosas de coloração salmão, vermelha, e branca identificou-se os seguintes gêneros de fungo filamentosos Phoma, Rhizomucor, Trichoderma e Epicoccum sp., além dos espécimes fúngicos que não conidiaram e impossibilitou a sua identificação. |
CONCLUSÃO: |
- O protocolo para a desinfestação de segmentos nodais de diferentes variedades de Rosa sp. necessita de otimização. - As condições de cultivo utilizando das técnicas da cultura de tecidos vegetais possibilitou um rápido desenvolvimento das gemas neoformadas das variedades de Rosa sp. - Identificou 5 gêneros de fungos filamentosos nos meios de cultivo in vitro dos segmentos nodais, sendo: Chrysosporium, Epicoccum, Phoma, Rhizomucor, Trichoderma. |
Palavras-chave: Rosa sp, cultivo in vitro, fungos filamentosos. |