63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana
ANÁLISE ESPACIAL DA FEIRA LIVRE DE CAVALEIRO EM JABOATÃO DOS GUARARAPES – PE: TERRITORIALIDADES E ESTRUTURA FÍSICA.
Luana Isis do Nascimento 1,2,3,4
Thiago Santa Rosa de Moura 1,2,3,4
Deleon Eguinaldo do Nascimento 1,2,3,4
Carlos Henrique Ribeiro da Fonseca 1,2,3,4
Sonia Maria de Lira 1,2,3,4,5
1. Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
2. Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH/UFPE
3. Departamento de Ciências Geográficas – DCG/CFCH/UFPE
4. Curso de Licenciatura em Geografia – DCG/CFCH/UFPE
5. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Ciências Geográficas – DCG/CFCH/UFPE
INTRODUÇÃO:
A presente pesquisa pretende analisar a ocupação territorial dos feirantes que se localizam no entorno do mercado público de cavaleiro, a busca destes ambulantes por políticas públicas que possam abranger suas necessidades estruturais, além da importância da territorialidade exercida pelos mesmos. Sua importância consiste em entender tanto a ocupação deste território pelos comerciantes como a expansão do mercado ao longo de 30 anos de existência, as relações socioespaciais estabelecidas, bem como a atuação da prefeitura do município de Jaboatão dos Guararapes na área.
METODOLOGIA:
Foi realizada revisão bibliográfica em textos relacionados ao espaço geográfico, ao conceito de território, os circuitos da economia nos centros urbanos de países subdesenvolvidos, visitas a sites oficiais como o da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, governo do Estado de
Pernambuco e imprensa. Ademais, através da teoria geográfica foram analisados determinados aspectos da ocupação territorial da feira, dentre outros temas relevantes a temática em questão. Tal recorte espacial se deve a constante dinâmica da feira e a influência da mesma em bairros próximos. Foram feitos trabalhos de campo para observação da área e coleta de dados através de entrevistas com comerciantes, formais e informais, que atuam no local.
RESULTADOS:
A feira livre de cavaleiro encontra-se localizada no entorno do mercado público construído em 1981 e surge como uma extensão do mesmo ao longo do tempo haja vista a vocação comercial do espaço. O crescimento da área ocupada e de influência das territorialidades exercidas se deve, dentre outros fatores, à apropriação do espaço público, a grande oferta de produtos e serviços a preços acessíveis. A expansão da ocupação pelos comerciantes e suas atividades, principalmente nos finais de semana, acarretam algumas dificuldades estruturais como a falta de instalações adequadas para o desenvolvimento das atividades, de higiene, e problemas de locomoção. Contudo para os trabalhadores ali instalados a solução para os problemas citados seria a revitalização e ampliação do mercado público de cavaleiro. Em 15/12/2009 o ex-secretário das cidades do Estado de Pernambuco e atual senador Humberto Costa (PT-PE), divulgaram à imprensa local um projeto de melhorias do mercado público, onde seriam destinados cerca de 40 milhões de reais, com previsão de início para março de 2010, no entanto sem previsão de término. As obras, ainda não iniciadas, prevêem a ampliação do mercado público de modo a comportar todos os comerciantes da área, dentre eles, os ocupantes da área externa.
CONCLUSÃO:
A Feira livre de cavaleiro mostra-se como um exemplo relevante da produção e manutenção de territorialidades originadas dos atores de menor capacidade de produção espacial, neste caso, os pequenos comerciantes que atuam na área e imprimem ao espaço às formas e as funções que seguem a lógica e o ritmo de suas atividades que ocupam e delimitam este local. Tais atividades estão em constante expansão e carecem de atenção das políticas públicas para o ordenamento espacial e favorecimento de infra–estrutura urbana para a manutenção das atividades em condições de segurança e higiene adequados. Constatou-se que as políticas públicas em torno das questões estruturais da feira livre de cavaleiro ainda não foram postas em prática, apesar da necessidade de infra-estrutura do espaço que exerce uma importante função comercial para a população residente em seu entorno.
Palavras-chave: feira livre, território, Jaboatão dos Guararapes.