63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA IPECA SUBMETIDA A FERTILIZAÇÃO NPK Mg
José Darlon Nascimento Alves 1
Josué Valente Lima 1
Antonia Clarice Andrade de Souza 1
Mayara Cristina Matos de Almeida 1
Nara Patrícia Barbosa Oliveira 1
Heráclito Eugênio Oliveira da Conceição 2
1. Graduando/Orientado - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
2. Graduando/Orientado - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
3. Graduando/Orientada - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
4. Graduando/Orientada - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
5. Graduando/Orientada - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
6. Professor Dr./Orientador – Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará
INTRODUÇÃO:
A Ipeca (Psychotria ipecacuanha)é uma planta medicinal brasileira conhecida por apresentar importantes propriedades farmacológicas: amebicida, emética e expectorante (MARTINS et al., 2004). Pertencente da família Rubiaceae, encontrada em diferentes biomas mundial. Segundo Cronquist (1981) tem cerca de 450 gêneros e 6500 espécies, e o gênero Psychotria cerca de 800 espécies.
Adubos químicos a base de nitrogênio (N), o fósforo (P), o potássio (K) e magnésio (Mg) são fertilizantes obtidos por processos industriais, por terem na sua composição compostos contendo N, P, K e Mg, todos considerados macronutrientes essenciais à nutrição mineral da planta. Devido a sua grande utilização, os mesmos foram escolhidos para submeter plantas de Ipeca em situações nutricionais diferenciadas, utilizando-se diferentes doses desses elementos contidos em formulações desses fertilizantes. Isso permitirá a melhor compreensão do crescimento e do desenvolvimento dessa espécie medicinal com esse insumo agrícola, contribuindo para que outras áreas da ciência possam usofruir dos resultados deste trabalho.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi conduzida sob condições de telado coberto com tela de polipropileno preta confeccionada para reduzir 50% da radiação solar incidente. Foram usadas mudas de ipeca com seis meses de idade, cultivadas em sacos plástico com capacidade para um quilograma de substrato.
Foram usados os seguintes tratamentos: T1 = testemunha (adubação líquida com uréia a 0,3%, a cada 15 dias), T2 = 1 g de fertilizantes NPK Mg (0,25 g de N + 0,40 g de P2O5 + 0,25 g de K2O + 0,10 g de Mg), T3 = 2 g de fertilizantes NPK Mg (0,50 g de N + 0,80 g de P2O5 + 0,50 g de K2O + 0,20 g de Mg), T4 = 4 g de fertilizantes NPK Mg (1,00 g de N + 1,60 g de P2O5 + 1,00 g de K2O + 0,40 g de Mg), T5 = adubação líquida com 0,10 g da mistura dos fertilizantes do T2, durante 10 semanas, T6 = adubação líquida com 0,20 g da mistura dos fertilizantes do T3, durante 10 semanas e T7 = adubação líquida com 0,40 g da mistura dos fertilizantes do T4, durante 10 semanas. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados após 10 meses.
Foram avaliadas as seguintes variáveis de respostas: comprimento do caule (CC, em cm), número de folhas (NF), comprimento da maior raiz (CR, em cm), área foliar (Af, em cm2/planta), pesos das massas secas da raiz, caule, folha e total (MSR, MSC, MSF e MST, em g/ planta).
RESULTADOS:
As diferentes aplicações dos fertilizantes NPK Mg, no manejo de adubação de plantas de Ipeca, resultaram em efeitos significativos diferenciados sobre as variáveis de respostas usadas. O CC, o NF, o CR e a MSC, não foram influenciadas pelos tratamentos usados.
A Af da planta de Ipeca do tratamento T7 da ordem de 404,0 cm2/planta, foi superior a dos demais tratamentos, entretanto, esse resultado não diferiu estatisticamente dos tratamentos T1 e T6, que resultaram em valores médios da ordem de 243,2 e 243,4 cm2/planta, respectivamente. Com relação às produtividades primárias de MSR, MSF e MST, também, foi detectada a superioridade do tratamento T7, entretanto, a MSF dos tratamentos T1 e T6 e, a MST dos tratamentos T1, T2 e T6, apresentaram, estatisticamente, os mesmos resultados obtidos pelo tratamento T7.
Provavelmente, o melhor desempenho do tratamento T7, em relação aos demais tratamentos, pode estar relacionado, principalmente, a quantidade dos fertilizantes NPK Mg usados e a forma da administração destes insumos às plantas de Ipeca. A contribuição dos fertilizantes no aumento da produtividade das culturas é da ordem de 30% a 50% e, segundo alguns autores, a fertilização constitui a prática agrícola mais cara e de maior retorno.
CONCLUSÃO:
Plantas de Ipeca responderam de forma diferente e significativa à aplicação de doses de fertilizantes NPK Mg. A melhor resposta de crescimento e desenvolvimento foi proporcionada pela adubação líquida semanal com 0,40 g da mistura dos fertilizantes NPK Mg (0,1 g de N + 0,16 g de P2O5 + 0,1 g de K2O + 0,04 g de Mg), administradas durante 10 semanas.
Palavras-chave: Planta medicinal, Raiz, Nutrição mineral.