63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 11. Morfologia - 1. Anatomia Animal |
DESCRIÇÃO ANATÔMICA DA VASCULARIZAÇÃO DE CORAÇÃO E RIM SUÍNO UTILIZANDO A TÉCNICA DE INJEÇÃO E CORROSÃO E O EMPREGO DOS MODELOS RESULTANTES COMO MATERIAS DIDÁTICOS NO ENSINO DE ANATOMIA HUMANA E COMPARADA |
Rodrigo Fernandes de Lima 1 Fabiana Leite Pereira de Souza 2 Núbia Carine Cardoso 3 Xisto Sena Passos 4 |
1. Centro de Estudos em Enfermagem e Nutrição 2. Centro de Estudos em Enfermagem e Nutrição 3. Faculdade Católica de Anápolis 4. Profº. Drº./Orientador - Depto.de Ciências da Saúde – UNIP – GO |
INTRODUÇÃO: |
A Anatomia humana e comparada apresentam grande grau de dificuldade em relação do processo de ensino/aprendizagem devido as técnicas de conservação que dificultam a exposição de estruturas internas e a extensa nomenclatura anatômica atual. O educador deve atuar no processo de aprendizagem do aluno tornando as aulas agradáveis e dinâmicas, com a utilização de modelos extras, fazendo com que o mesmo tenha uma visão real da estrutura estudada. O avanço na educação brasileira e a criação de inúmeras Faculdades e Universidades exigem uma maior necessidade de inovações didáticas e confecções de materiais para auxiliar no ensino/aprendizagem, pois, as faltas de recursos didáticos influenciam negativamente na construção dos conhecimentos das ciências morfológicas. Este trabalho teve como objetivos detalhar a técnica de injeção e corrosão para a elaboração de materiais didáticos; elaborar os modelos vasculares de órgãos (coração e rim) suínos enfatizando suas estruturas vasculares intrínsecas, descrevendo-as detalhadamente e a utilização desses modelos no processo ensino/aprendizagem nas ciências morfológicas, especificamente a anatomia humana e comparada. |
METODOLOGIA: |
Para a técnica de injeção e corrosão utilizaram-se corações e rins suínos doados pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, provenientes dos animais utilizados no Laboratório de Técnicas Cirúrgicas da Instituição e órgãos suínos adquiridos no Mercado Municipal de Anápolis. Os órgãos foram coletados frescos e dissecados expondo os vasos a serem injetados, canulados com cateter intravenoso e efetuado a lavagem dos leitos vasculares com heparina sódica diluída a fim de desobstruir os vasos eliminando o sangue coagulado. Após a lavagem, foi injeta acetato de vinila dissolvido em acetona P.A. e amarrados os vasos com fio de náilon, em seguida mergulhados em uma cuba com água para ocorrer à polimerização do injetado e manter a forma do órgão. Após doze horas os órgãos foram retirados da água e mergulhados em ácido clorídrico por vinte e quatro horas, em seguida macerados com jatos finos de água para retirada do parênquima e exposição dos modelos desejados. Os modelos angioarquitetônicos foram expostos a temperatura ambiente para secarem, fixados em haste de metal e base de madeira, fotografados e descritos minuciosamente suas ramificações venosas e arteriais. Para a elaboração dos modelos, no momento da injeção do polímero, fez-se necessário a participação de duas pessoas para não ocorrer o extravasamento do injetado. |
RESULTADOS: |
Para a confecção de esqueletos arteriais e venosos foram realizados vários testes para aprimorar a técnica de canulação, preparação dos polímeros, e sua injeção, manipulação dos ácidos e o tempo de corrosão. Foram usados 05 corações e 12 rins suínos. O polímero utilizado com resultados satisfatório foi o acetato de vinila diluído em acetona P.A.. Para a corrosão utilizou-se satisfatoriamente ácido clorídrico e ácido muriático, sendo o segundo mais eficiente e de fácil obtenção. Foram elaborados três moldes utilizando órgãos suínos: uma ramificação venosa e uma arterial de rim suíno e um modelo do sistema coronariano. No sistema coronariano foi possível visualizar e descrever as artérias coronárias direita e esquerda, ramo marginal esquerdo, ramo interventricular anterior e posterior, ramo circunflexo, ramo lateral, ramos interventriculares septais, ramos atriais, ramos do cone arterioso e ramo do nó sinoatrial. Nos rins foram injetados o sistema arterial e descrito a artéria renal anterior e posterior, artéria segmentar e interlobares, artérias arqueadas, artérias interlobulares. No modelo do sistema venoso renal foi possível descrever as veias interlobulares, veias arqueadas, veias interlobares e a veia renal. |
CONCLUSÃO: |
Obteve-se sucesso na confecção dos moldes angioarquitetônicos. O artigo traz uma revisão bibliográfica com a intenção de facilitar futuros trabalhos que utilizem a técnica de injeção e corrosão expondo a ampla utilização desse procedimento e sua importância para o estudo da morfologia em geral, a descrição detalhada da técnica trabalhada para a produção de modelos didáticos, auxiliando na descrição anatômica de órgãos animais e humanos, e não menos importante a utilização desses modelos em aulas práticas de anatomia humana e animal. Os modelos preparados demonstram claramente estruturas internas de órgãos, como artérias e veias intrínsecas, contribuindo assim no processo de ensino/aprendizagem, pois, os alunos passam do imaginário ao analisarem peças mal preparadas e desgastadas com o uso, para a real anatomia do órgão, facilitando momentos de estudos, avaliações e bom desempenho em suas funções profissionais futuras. |
Palavras-chave: Anatomia humana e comparada, Injeção/Corrosão, Coração/Rim suínos. |