63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
Prospecção fitoquímica e potencial antioxidante da Morus Nigra L. (Amoreira)
Celso Pires de Araujo Junior 1
Maria Célia de Freitas 2
Mara Dalila Sousa Alves 1
Selene Maia de Morais 3
1. Laboratório de Produtos Naturais - UECE
2. Departamento de Enfermagem - UECE
3. Profa. Dra./ Orientadora - Laboratório de Produtos Naturais -UECE
INTRODUÇÃO:
A família Moraceae, comum nas regiões tropicais e subtropicais dos cincos continentes, subdivide-se em cerca de sessenta gêneros, os quais abrangem em torno de mil e quatrocentas espécies. Uma espécie muito popular dessa familia é a Morus nigra L., conhecida, não somente pelos valores nutricionais de seus frutos - as amoras - como também por conter vários compostos com ação terapêutica, não apenas em seus frutos, mas também em outras partes dessa planta. No Brasil o chá de folhas de amora é largamente usado na medicina popular como repositor hormonal durante a menopausa e também para aliviar seus sintomas (principalmente os fogachos), além de atenuar os sintomas de cefaléia e irritação que ocorrem no período pré-menstrual . O objetivo deste trabalho foi estabelecer o perfil fitoquímico da espécie, através da identificação de seus metabólitos secundários por meio de ensaios químicos qualitativos com a utilização de reagentes de precipitação e/ou de mudança de coloração, metodologia de Matos como também determinar a atividade antioxidante desta amostra mediante reação com radicais livres sintéticos metodologia Brand-Williams et al.
METODOLOGIA:
O método é baseado na captura do radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) por antioxidantes, produzindo um decréscimo da absorbância a 515 nm. Uma exsicata foi depositada no Herbário Prisco Bezerra para a classificação da planta. As folhas foram secas e maceradas por uma semana em etanol. O excesso de solvente do extrato foi eliminado no rotaevaporador.
RESULTADOS:
Os testes fitoquímicos revelaram a presença de esteróides (teste de LIEBERMAN-BURCHARD), saponinas e alcalóides (Hager, Mayer” e “Dragendorff”). O extrato não apresentou potencial antioxidante significativo, com índice de varredura de radical livre IV50 = 5000ppm.
CONCLUSÃO:
Estudos químicos mais minuciosos são necessários, para isolamento e identificação estrutural dos esteróides e saponinas detectadas nos testes fitoquímicos deste trabalho, para comprovar as aplicações encontradas na medicina polular e na literatura.
Palavras-chave: morus nigra L, antioxidante, fitoquimico.