63ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
Saúde Pública e Doenças Sexualmente Transmissíveis no Município de Alvarães-AM
Eunice Cezário da Silva 1
Fabiana Lopes Saquiray 2
Maria Creusiane de Souza Moraes 3
Marisa Rossi Monteiro 4
1. Universidade do Estado do Amazonas-CEST
2. Universidade do Estado do Amazonas-CEST
3. Universidade do estado do Amazonas-CEST
4. Profa. Dra./ Orientadora - Universidade do Estado do Amazonas - CEST
INTRODUÇÃO:
É possível alcançarmos uma saúde melhor para todos independente do sexo, quando indivíduos e grupos suficientes continuarem a realizar as tarefas necessárias. Um município potencialmente saudável é aquele que desenvolve uma intricada teia de relações entre o poder público e a sociedade local, tendo como pano de fundo a melhoria da qualidade de vida.
Na pesquisa Saúde Pública e Doenças Sexualmente Transmissíveis no Município de Alvarães, localizado no Médio Solimões, interior do Amazonas com distancia de 574 km da capital Manaus, população de 14.080 (IBGE 2010), fica entre o município de Tefé e Uarini, no ano de 2009, o objetivo geral foi: estudar as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), através da saúde pública. Enquanto que os objetivos específicos foram: identificar, no mesmo ano a freqüência de diarréia e parasitoses na mesma população.
METODOLOGIA:
A pesquisa teve início com uma abordagem quantitativa, feita através dos dados municipais das DSTs, parasitoses e diarréias, já registrados e cedidos pela Secretaria de Saúde do Município de Alvarães-AM.
Com os dados computados, foram elaborados tabelas e gráficos, que permitem visualizar e refletir, sobre a saúde pública na região do Médio Solimões. São números expressivos encontrados nesse levantamento feito no interior da região amazônica.
RESULTADOS:
O estudo mostra a ocorrência de 122 casos de DSTs, no ano de 2009, no município de Alvarães. As doenças encontradas são: Gardinerella, 41%; Coco Bacilos, 40%; Candida, 11%; NIC II – Neoplasma Intra Epitelial Cervical, 1%; Tricomoniase, 6%; Lepthrix Vaginal, 1%. As freqüências das doenças diarréicas totalizaram 604 casos: na faixa etária de menor que 1 ano de idade 21%; entre 1 e 4 anos 26%; entre 5 a 9 anos 24%; e de 10 ou mais anos, a alta porcentagem de 29%. Em relação às DSTs, na cidade de Alvarães não existe ginecologista, os exames ginecológicos são feitos por profissionais da saúde. Nos meses de janeiro a julho de 2009 não foram feito consultas, por falta de materiais para a coleta de exames médicos de rotina e preventivos.
As parasitoses totalizaram 1.145 casos. Giárdia lamblia, 50%; Trichuris trichiura, 19%; Entamoeba colli, 6%; Ascaris lumbricóides, 15%; Ancylostoma sp., 5%; Strongyloides stercoralis, 1 %; Entamoeba histólitica, 1%; Taenia sp., 1%; Iodamoeba butschlli, 1%;. Com o levantamento dos dados foi possível verificar seis tipos de parasitoses em uma única pessoa, na maioria mulheres. Outro detalhe é que as mulheres são mais atentas à saúde que os homens. Dos exames laboratoriais de análises clínicas 71% foram de mulheres e 29% de homens.
CONCLUSÃO:
Alem dos cuidados que a população deve ter desde a alimentação aos hábitos cotidianos de higiene para manter a saúde, as pessoas responsáveis pelo bom atendimento à população desde os profissionais que lidam com pacientes até, os governantes que administram recursos, devem ter um compromisso maior com a saúde pública, proporcionando principalmente condições adequadas de saneamento básico a toda população. Cuidados simples que fazem toda a diferença, para a qualidade de vida, como o respeito aos cidadãos que procuram pelo serviço de saúde pública, para realizarem exames médicos. No levantamento dos dados, a falta de registro por meses, demonstra isso. Os direitos humanos garantem uma vida e saúde de qualidade para todos e todas, mas na prática, principalmente em lugares longínquos e íngremes essa idéia e atitudes ainda não se fazem presentes. A mudança pode acontecer apenas quando todos entenderem que são responsáveis pelo desenvolvimento de seu país, estados, cidades e interiores.
Palavras-chave: Saúde Pública, Amazonas, Parasitoses.