63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
ECOFISIOLOGIA DA SERINGUEIRA EM SANTA TEREZINHA, MT. III. CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS E ÁREA FOLIAR DOS CLONES AC 58, IAN 873 E PR 261 |
Diego da Costa Pinheiro 1 Alcione Cunha Marques 1 Vanessa Nascimento Brito 1 Názila Nayara Silva de Oliveira 1 Eurico Pinheiro 2 Marco Antônio Arantes 3 |
1. Graduando / Orientado - Área de Produção Vegetal da UFRA Campus Capitão Poço, Pará 2. Professor Titular e Pesquisador aposentado da UFRA e da Embrapa Amazônia Oriental 3. Companhia de Desenvolvimento do Vale do Araguaia – CODEARA |
INTRODUÇÃO: |
A seringueira é uma planta de clima tropical, com excepcionais condições de rusticidade e capacidade de adaptação a diferentes padrões climáticos e edáficos. Dela se extrai o látex para obtenção da borracha natural, matéria prima imprescindível para a manufatura de grande variedade de produtos de uso humano e industrial, considerada estratégica ao lado do petróleo e do aço. Pode funcionar como corredor ecológico entre fragmentos de mata nativa e representa uma alternativa a utilização de fonte não renovável – o petróleo, usado na fabricação de borracha sintética, sendo forte candidata ao mercado de créditos de carbono. Em função da alta demanda de borracha natural e da incidência do mal-das-folhas, causado pelo Microcyclus ulei (P.Henn.), o cultivo da seringueira migrou para fora de sua região tradicional, onde as condições ambientais são diferentes da região de origem da espécie, procurando ocupar as chamadas áreas de escape, ou seja, locais onde ocorre períodos secos definidos, principalmente, no momento em que ocorre a troca de folhas. |
METODOLOGIA: |
O trabalho teve como avaliar os clones AC 58, IAN 873 e PR 261, por meio de variáveis biofísicas e da área foliar, nas condições edafoclimáticas do município de Santa Terezinha, MT, região considerada como área de escape para a seringueira. O trabalho foi conduzido em áreas do seringal industrial da CODEARA, localizada no município de Santa Terezinha, MT, com plantas dos clones PB 235, IAN 3087 e PB252, os quais constituíram-se nos trata |
RESULTADOS: |
Os resultados das análises de variância dos dados relativos à taxa de transpiração (E), a resistência estomática (Rs), o teor relativo de água (TRA) e a área foliar (Af) da seringueira, clones AC 58, IAN 873 e PR 261, revelaram efeitos significativos desses parâmetros pelo teste F (p<0,05), com exceção do TRA. Para a taxa de transpiração e área foliar pode ser observada a superioridade do clone PR 261, em relação aos clones IAN 873 e AC 58, embora a Af do clone AC 58 tenha tido um comportamento estatístico semelhante à do clone PR 261. Com relação à resistência estomática foi observado o maior valor deste parâmetro para os clones IAN 873 e PR 261. O TRA não foi influenciado nas condições deste trabalho, variando entre 91,54 e 93,53%, para os clones PR 261 e IAN 873. As respostas dos parâmetros biofísicos e de crescimento e desenvolvimento dos clones, determinadas neste trabalho estão de acordo com as relatadas por vários autores sobre o comportamento de clones de seringueira em áreas sujeitas a períodos secos definidos. Estes autores mencionam que a seringueira apresenta mecanismos de resistência à seca, ou seja, tanto pelo componente de escape à seca ou pelo componente de tolerância à seca. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados das análises de variância dos dados relativos à taxa de transpiração (E), a resistência estomática (Rs), o teor relativo de água (TRA) e a área foliar (Af) da seringueira, clones AC 58, IAN 873 e PR 261, revelaram efeitos significativos desses parâmetros pelo teste F (p<0,05), com exceção do TRA. Para a taxa de transpiração e área foliar pode ser observada a superioridade do clone PR 261, em relação aos clones IAN 873 e AC 58, embora a Af do clone AC 58 tenha tido um comportamento estatístico semelhante à do clone PR 261. Com relação à resistência estomática foi observado o maior valor deste parâmetro para os clones IAN 873 e PR 261. O TRA não foi influenciado nas condições deste trabalho, variando entre 91,54 e 93,53%, para os clones PR 261 e IAN 873. As respostas dos parâmetros biofísicos e de crescimento e desenvolvimento dos clones, determinadas neste trabalho estão de acordo com as relatadas por vários autores sobre o comportamento de clones de seringueira em áreas sujeitas a períodos secos definidos. Estes autores mencionam que a seringueira apresenta mecanismos de resistência à seca, ou seja, tanto pelo componente de escape à seca ou pelo componente de tolerância à seca. |
Palavras-chave: Hevea brasiliensis Muell Arg., Fatores edáficos e climáticos, Área de escape. |