63ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química |
PROJETO PIBID: INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA, UM CAMINHO PEDAGÓGICO AO ENSINO DE QUÍMICA |
Raul Cléverson Dolores 1 Mariane Martins Azevedo 1 Maria Goia Tavares 1 Marcos Vogel 2 |
1. Depto. de Zootecnia - UFES 2. Prof. Ms./Orientador- Depto. de Zootecnia - UFES |
INTRODUÇÃO: |
Viu-se um crescimento científico durante o século XX e porque não dizer, tecnológico, não sendo acompanhado pela educação, notadamente no âmbito do ensino de ciências. A sociedade de modo geral não conseguiu apreender ou apresentava um aprendizado conceitual inadequado sobre os assuntos relevantes a área (MARTINS,2005). Esse processo perdura até hoje, surgindo a necessidade de elaborar ferramentas pedagógicas para melhorar o aprendizado em ciências, modalidade Química. As aulas de caráter prático ajudam no enriquecimento e aperfeiçoamento da teoria apresentada em sala, a cognoscibilidade se difunde amplamente aos alunos (MACÊDO et al, 2010; FERREIRA et al, 2009), visto que, ainda têm uma enorme dificuldade de trabalhar com o abstrato-teórico. A experimentação contribui de maneira significativa nos resultados alcançados, objetivando várias questões, tais como: validar hipóteses, ilustrar observações, elaborar aplicabilidade entre outras (FERREIRA, 2009). Com o projeto PIBID, pretende-se amenizar a distância entre escola e universidade, a partir da formação inicial do licenciando, pois é um processo diferente do estágio, contribuindo para o desempenho acadêmico tanto do licenciando quanto do aluno da escola básica e ainda motivando os adolescentes a cursarem uma Universidade Pública. |
METODOLOGIA: |
Foram elaboradas intervenções prático/teóricas, ministradas à alunos da E.E.E.F.M Antônio Lemos Junior da rede pública de ensino, na cidade de Ibitirama, localizada na região sul do Espírito Santo. Foram trabalhados conceitos de transformação Química em 5 (cinco) turmas de Ensino Médio. Estas aulas tiveram abordagem em caráter CTS (ciência, tecnologia, sociedade). Nestas aconteciam experimentos relevantes ao(s) conteúdo(s) trabalhado(s) no currículo normal escolar. Quanto a proposta, em sua produção, foi realizada visando o diálogo aluno-bolsista mediando a construção do conhecimento por parte do aluno. Foram aplicados questionários ao final de cada aula, com perguntas relevantes ao conteúdo trabalhado, tais como: “O que é matéria?; O que é transformação?; O que é transformação da matéria?”. Para a coleta de dados, foram feitas filmagem com o intuito de transcrever as aulas para uma ampla discussão. Também eram realizados em período de contra turno monitorias – plantões de dúvidas – que atendiam os três anos do ensino médio. |
RESULTADOS: |
Como em muitas outras escolas brasileiras o laboratório da escola não atendia a demanda mínima para assegurar uma maior qualidade de ensino, com isso, a experimentação foi feita em sala de aula. É imprescindível ao educador, conduzir o aluno à construção do próprio conhecimento, sendo fator decisivo no processo de aprendizado do educando. Assim, o caráter refutável da ciência conduziu os alunos em suas próprias elaborações para o assunto tema, “transformações”. A adequação das aulas para aquela comunidade foi ao encontro da realidade, na qual, eles estavam imersos, contribuindo de maneira positiva e decisiva para a construção de conceitos e suas aplicações e implicações, como no exemplo de transformações da matéria, na qual, se abordou as queimadas locais, apostando no caráter social da ciência, corroborando com o desenvolvimento do trabalho. Julgando pelo entusiasmo dos alunos, no qual foi demonstrado ao final do trabalho e ainda levando em conta que 41% dos alunos evocaram ao final do programa, que o interesse por química foi acrescido. Cerca de 88% foram capazes de fazer assimilações com aplicabilidade do conteúdo ministrado e ainda, foi conferido, por recurso de vídeo que os alunos trabalhados assumiram uma posição ativa no processo de aprendizagem. |
CONCLUSÃO: |
Verificou-se que o grau de satisfação dos alunos foi crescendo gradativamente durante todo o período trabalhado, possivelmente isso refletiu em uma melhoria da condição do discente, implicando no avanço – superação - de algumas deficiências e diminuindo a desmotivação e o desinteresse pela química. É válido ressaltar que o programa possibilita a intercomunicação direta entre a universidade e escola contribuiu de maneira significativa o desenvolvimento do interesse dos alunos da rede pública de ensino pelas universidades públicas. Validando também as expectativas do projeto em propiciar aos alunos um maior contato com a química e ainda aos bolsistas ferramentas de articulação pedagógica. |
Palavras-chave: Ensino de Química, Ferramentas pedagógicas, Desempenho acadêmico. |