63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
PRODUÇÃO DE AMILASE POR Bacillus ISOLADOS DO CERRADO TOCANTINENSE.
Weslany Silva Rocha 1
Ariádila Gonçalves de Oliveira 2
Bruno Vizioli 3
Raimundo Wagner de Sousa Aguiar 4
Gil Rodrigues dos Santos 4
Aloísio Freitas Chegas Júnior 4
1. Aluna de Agronomia, Universidade Federal do Tocantins
2. Aluna de Mestrado em Produção Vegetal, Universidade Federal do Tocantins
3. Aluno de Agronomia, Bolsista de Iniciação Científica, Universidade Federal do Tocantins
4. Professor Orientador do curso de Agronomia, Universidade Federal do Tocantins
INTRODUÇÃO:
Inúmeros processos industriais, sobretudo nas áreas da biotecnologia industrial, ambiental e de alimentos, utilizam à tecnologia das enzimas em várias das suas etapas. As enzimas hidrolíticas são as mais usadas nos processos indústrias, sendo aplicadas na degradação de várias substâncias naturais, dentre estas, destaque para as amilases, proteinases, pectinases, carboximetilcelulase, dentre outras. As amilases estão entre as mais importantes enzimas desse tipo. Entre os vários parâmetros que estimulam a sua produção, as condições de crescimento microbiano e os substratos de carbono usados no meio de cultivo têm recebido atenção especial, pois, esses substratos podem ser substituídos por subprodutos agrícolas de baixo custo, o que torna o processo de produção dessas enzimas mais econômicas.Assim, considerando à escassez de estudos referentes ao potencial biotecnológico de enzimas produzidas por microorganismos e levando em consideração a diversidade microbiológica da região, assim como, a diversidades de produtos ricos em fontes de carbono, esse trabalho teve como principal objetivo avaliar a capacidade de Bacillus nativos da região em produzir amilase de importância industrial.
METODOLOGIA:
Foram utilizados 10 isolados de Bacillus, sendo oito Bacillus thuringiensis e dois Bacillus cereus, obtidos da coleção do Laboratório de Microbiologia da UFT – Campus de Gurupi. Para os testes de amilase foram adicionadas ao meio de cultura LB (caldo nutriente, extrato de levedura, MnCl2, MgCl2, CaCl2, ágar nutritivo) as fontes de carbono de subprodutos agrícolas, tais como: amido de cará, amido de batata-doce, amido de batata inglesa, amido de mandioca e amido de milho.Após três dias de incubação das bactérias nesses meios (28º C), adicionou-se, em cada placa, 1 mL de tintura de iodo. O aparecimento de uma zona amarelada em contraste com o meio azulado, indicou a atividade amilolítica. As medições dos diâmetros dos halos de hidrólise e da colônia foram realizadas utilizando-se paquímetro digital, através de medições no fundo das placas de Petri. Em seguida foi avaliada a atividade enzimática extracelular através da relação entre o diâmetro médio do halo de degradação e o diâmetro médio da colônia definido como índice enzimático.
RESULTADOS:
Dentre os 10 isolados de Bacillus testados nove apresentaram atividade amilolítica, sendo que, sete utilizando a fonte amido de cará, três utilizando-se amido de batata inglesa, oito utilizando-se amido de batata doce e sete utilizando-se amido de milho. Não houve isolados com atividade amilolítica utilizando-se amido de mandioca, como fonte de amido.Os efeitos das diferentes fontes de carbono mostraram que os isolados estudados apresentaram comportamentos diferentes para a atividade amilolítica. Utilizando o amido de cará, o isolado UFT B(Dueré) apresentou o maior índice enzimático IE = 2,34. Utilizando a batata inglesa o maior IE foi encontrado para UFT B(Peixe) IE = 1,94. Para a batata doce como fonte de amido destaque para o isolado UFT B(1464) com IE = 2,35. Já para a utilização de amido de milho o maior IE foi encontrado para UFT B(Gua-2) com IE = 1,75.Os resultados deste ensaio sugerem que vários isolados de Bacillus apresentam capacidade amilolítica em fontes de carbono alternativas.
CONCLUSÃO:
A partir dos dados obtidos, conclui-se que houve diferença na capacidade amilolítica dos bacillus isolados sendo que o meio com amido de mandioca não houve atividade amilolítica.
Palavras-chave: Amido, Bactéria fixadora de nitrogênio, Enzimas.