63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem |
SEXUALIDADE NA SALA DE AULA: EDUCAÇÃO SEXUAL PARA JOVENS |
Darkson Kleber Alves da Silva 1 Domingos Rodrigues da Trindade 2 Fabiana Pereira Ferreira 3 Fernanda Santana Ribeiro Luana Pinto dos Santos 4 Luana Pinto dos Santos 5 Nádia Silva Cruz 6 |
1. Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII - UNEB 2. Professor orientador do Campus XII - UNEB, Doutorando em Educação- UnB 3. Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII - UNEB 4. Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII - UNEB 5. Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII - UNEB 6. Estudante do curso de Pedagogia do Campus XII - UNEB |
INTRODUÇÃO: |
Vivemos em uma sociedade cada vez mais informatizada que vem sofrendo transformações bastante profundas, em especial nas formas de comunicação e de acesso ao conhecimento. Historicamente, a educação tem refletido as características do seu tempo e da sociedade, na qual, as instituições educacionais estão inseridas. Os mecanismos de comunicação de massa tornaram-se um dos atores principais na educação das crianças e jovens, porém tratando de modo superficial a questão do corpo e da sexualidade, dentre outras questões. Desse modo, formalizar as discussões sobre sexualidade nas escolas é de suma importância. Neste sentido, foi criado o Grupo de Estudos: Sexualidade na sala de aula: educação sexual para jovens, pautado nas seguintes questões: como os estudantes e professores de uma escola pública da cidade de Guanambi - BA se posicionam diante das questões inerentes à sexualidade, ou seja: Vão de encontro ou reforçam os pressupostos de que a vivência da sexualidade deve ser determinada a partir da heterossexualidade como norma? Consideram outras formas de vivências da sexualidade? E como as compreendem? Efetivamente, os/as professores/as abordam as temáticas de sexualidade em suas experiências em sala de aula? |
METODOLOGIA: |
Para o estudo foram utilizados recursos como: estudo bibliográfico sobre a temática em questão. A pesquisa foi desenvolvida no IFBAIANO – Campus Guanambi, e, posteriormente, foram escolhidas escolas públicas de nível fundamental e médio para a aplicação das oficinas, seminários e/ou palestras. Foram realizadas: observação na sala de aula; Entrevista com a direção da escola, professores/as e alunos/as para posteriormente ser introduzida a discussão dos temas relacionados à sexualidade através de oficina, palestras e/ou seminários com objetivo de formar agentes multiplicadores para uma possível aplicação de mais encontros em outras escolas. Posteriormente, analisamos os dados dos questionários e das entrevistas, destacando os que forem mais significativas para o estudo. Procuramos realizar o Grupo de Estudos em quatro encontros por mês, com carga horária de 10 horas mensais, em locais disponibilizados pelo Campus. Os sujeitos da pesquisa foram: amostra de 05 professores e 05 alunos participantes do grupo de estudos, assim distribuídos na escola pública - entrevistados 03 participantes do sexo feminino e 02 do sexo masculino com professores/as; igualmente foram entrevistados 03 participantes do sexo feminino e 02 do sexo masculino com alunos. |
RESULTADOS: |
O Grupo de Estudos proporcionou uma reflexão teórica sobre a temática em foco e ações efetivas para a melhoria da qualidade do ensino. Através de estudos, pesquisas, palestras, e oficinas nas escolas públicas de Guanambi, buscou-se também o aprofundamento necessário para que outras atividades venham a ser executadas a partir da formação de agentes multiplicadores da comunidade escolar ou da sociedade civil em geral, para fomentar a alteridade, a tolerância e o respeito à diversidade sexual. Através dos dados analisados, observou-se que os/as pesquisados/as demonstraram certo domínio sobre as questões da sexualidade, denotando tratar-se de uma discussão no âmbito escolar ao seu cotidiano. Dois professores entrevistados expressaram dificuldade na compreensão acerca do tema. Dos dez sujeitos entrevistados – a maioria relacionou a categoria sexualidade à troca de afeto entre heterossexuais, destacando também a questão da procriação. Percebe-se que, a temática da sexualidade surge em sala de aula, e o/a professor/a necessita intervir. Contudo, essa intervenção é algo a ser reavaliado, pois o/a professor/a está despreparado/a para lidar com essa realidade, e os alunos necessitam de serem orientados. |
CONCLUSÃO: |
A escola precisa fundamentalmente ser reavaliada no seu fazer pedagógico, pois ela tem-se colocado muito à margem da sua responsabilidade social de fomentar discussões tão essenciais para a vida do/a aluno/a, a exemplo da temática da sexualidade. O currículo escolar precisa ser mais aberto para ressignificar a função social da escola, pois esta se constitui num espaço de formação da criança, do adolescente, e, como parte dessa formação, há a necessidade de prepará-los para a vida. Discorrer sobre o que é sexualidade, demonstrando segurança do significado desse tema em nível teórico foi uma discussão que pareceu próxima da realidade do universo conceitual de professores/as entrevistados/as, o que, no entanto, não foi menos polêmico. Falar sobre sexualidade, aparentemente, causa inquietação e certo desconforto teórico na vida dos/as entrevistados/as. Seus posicionamentos sobre as variações da sexualidade voltaram-se, mais especificamente, para a heterossexualidade. Assim, o que se buscou realizar com este estudo foi um mergulho numa amostra de professores/as e alunos/as para apreender seu entendimento sobre a sexualidade enquanto processo familiar, ou não, as suas concepções de vida e as suas experiências em sala de aula. |
Palavras-chave: Educação, Sexualidade, Ensino e Aprendizagem. |