63ª Reunião Anual da SBPC |
H. Artes, Letras e Lingüística - 1. Artes - 8. Teatro e Opera |
O CONTÁGIO DA CENA CONTEMPORÂNEA PELAS NOVAS TECNOLOGIAS |
Larissa Hobi 1 José Tonezzi 2 |
1. Aluna bolsista PIBIC - Depto. de Artes Cênicas, Universidade Federal da Paraíba – UFPB 2. Prof. Dr./ Orientador - Depto. de Artes Cênicas – UFPB |
INTRODUÇÃO: |
Trabalho vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC), intitulado Teatro em conexão, relativo ao plano de trabalho O contágio da cena contemporânea pelas novas tecnologias, vigente de ago. de 2009 à jul. de 2010. Seu principal tópico é a virtualização e a multimodalidade do corpo cênico, propondo-se uma reflexão sobre a cena que incorpora ou se perfaz em eventos inter-midiáticos, como a telepresença (on line) ou outros procedimentos tecnológicos que atuem na sua emissão/recepção. No contexto de uma expansão tecnológica que não para de avançar encontramos no teatro um terreno propício para investigar quais as relações que se estabelecem na cena contemporânea a partir do contágio por essas novas tecnologias. Tendo como objetivo verificar em que medida as novas tecnologias incidem na expressão cênica de forma a (re)dimensionar e questionar noções referentes ao corpo, presença, tempo, espaço e textualidade. Assim, através da presente proposta põe-se uma questão atual que prevê a produção artística sintonizada com os avanços tecnológicos, considerando a arte como ponto de convergência para se pensar as mutações em âmbito social e cultural em decorrência de tais avanços. |
METODOLOGIA: |
Os meios e procedimentos utilizados na pesquisa têm como base a metodologia descrita em Pavis (2005; 2007), que aponta como principais instrumentos de análise a descrição verbal, a tomada de notas, o questionário e os documentos recolhidos. Desta forma foi feito levantamento bibliográfico pertinente ao tema proposto, traçando-se em seguida um histórico da evolução do uso de recursos técnicos/tecnológicos nas artes cênicas, além do levantamento e análise de companhias, grupos e diretores que se utilizam em cena e processo, de recursos tecnológicos. Foram feitos ainda contato com o Grupo de Arte Global Phila 7 e Cia. Auto-Mecânica (com o projeto Teatro Para Alguém – TPA), ambos da cidade de São Paulo (SP), que têm no uso dos recursos tecnológicos elemento determinante na linguagem e composição dos espetáculos. A intenção primeira era constituir, junto ao Grupo de Pesquisa, uma fundamentação teórica que suprisse os temas principais abordados. Dessa forma, foram realizadas reuniões semanais onde discutimos textos pertinentes à temática abordada. Essas discussões serviram tanto para ampliar a percepção sobre a temática, como também gerar novos questionamentos e a necessidade de experimentação das idéias advindas das discussões. |
RESULTADOS: |
Para que pudéssemos compreender melhor de que forma os avanços tecnológicos proporcionam a maquinação do homem e a humanização da máquina, provocando transformações no fazer artístico, começamos nossos estudos tratando dessa mutação em relação ao futuro do humano para, em um segundo momento, adentrarmos na questão cênica em si. A cibercultura dá-se com a possibilidade aberta pelo computador de converter as mais variadas informações em uma linguagem universal. Tal linguagem foi possível a partir da convergência das mídias, desenvolvimento da multimídia que possibilitou converter vários campos midiáticos tradicionais, antes incompatíveis por utilizarem suportes distintos, em um único formato, o digital. A partir de então, todos podem ser produtores, criadores, compositores, apresentadores e difusores de seus trabalhos, tornando a cibercultura a cultura do acesso. Esta possibilidade impulsionou o desenvolvimento das hiper-redes multimídias de comunicação interpessoal que, por sua vez, por meio das misturas de meios tecnológicos, como a informática e a teleinformática, junto à convergência das mídias, possibilitou a hibridização das mais diversas ordens no campo artístico, no que se convencionou chamar ciberarte. É nesse contexto que se insere nosso objeto de estudo. |
CONCLUSÃO: |
Não se trata de postular um “novo teatro”, colocado acima ou significando a superação das formas tradicionais de expressão cênica. Trata-se, isso sim, de um debruçar-se sobre um meio de manifestação que encontrou no espaço cênico um fértil terreno para sua evolução e que, de maneira intensa e crescente, está a abrir novas frentes de discussão sobre o papel e o alcance das formas dramáticas estabelecidas. A presente pesquisa terá continuidade com o plano de trabalho intitulado Formas de criação e uso cênico das tecnologias, contemplado com o PIVIC 2010-2011, onde o intuito é tratar de questões efetivamente ligadas à prática montagem e encenação que se dá pela intersecção cena-tecnologia. |
Palavras-chave: Contágio, Cena contemporânea, Tecnologia. |