63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE PAU-ROSA (Aniba roseadora Ducke) EM DIFERENTES SUSBSTRATOS E TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO AIB (ÁCIDO INDOL-3-BUTÍRICO)
Hellen Síglia Demétrio Barros 1
Adriano Gonçalves Pereira 1
Rafaelle Fazzi Gomes 1
Tatiana Pará Batista Monteiro 1
Vicente Filho Alves Silva 1
Dênmora Gomes Araujo 2
1. Instituto de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA
2. Profª. Dra./Orientador-Instituto de Ciências Agrárias-UFRA
INTRODUÇÃO:
O pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) é uma espécie florestal nativa da região Amazônica, pertencente à família Lauraceae. É a planta aromática mais conhecida e importante no comercio de óleos essências, se destacando pela produção de óleo essencial rico em linalol (fixador de essências), com grande potencial aromático distribuído por toda a planta, sendo a madeira a parte mais utilizada. Apesar da viabilidade de se utilizar a estaquia, para a propagação dessa espécie, essa técnica precisa ser aprimorada, devido aos poucos estudos realizados para esta finalidade (OHASHI & ROSA, 2004). Este trabalho teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas de pau-rosa através do uso de diferentes substratos e tempos de exposição ao fitorregulador AIB.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi desenvolvida em casa de vegetação na Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-PA, no período de abril a junho de 2010. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 4 (quatro combinações de substrato e quatro diferentes tempos de exposição em AIB), com três repetições e 6 estacas por parcela. Os substratos usados foram, terriço, areia, vermiculita, casca de castanha e caroço de açaí, e uma concentração de AIB de 4.000 ppm na qual as estacas foram imersas de acordo com o tratamento durante 1, 15, 30 e 60 minutos. Resultando em dezesseis tratamentos (T): T1-T4, 1/3 Terriço + 1/3 Areia + 1/3 Casca de castanha + AIB 1-60 min.; T5-T8, 1/3 Terriço + 1/3 Vermiculita + 1/3 Casca de castanha + AIB 1-60 min.; T9-T10, 1/3 Terriço + 1/3 Areia + 1/3 Caroço de Açaí + AIB 1-60 min.; T11- T16, 1/3 Terriço + 1/3 Vermiculita + 1/3 Caroço de Açaí + AIB 1-60 min. O experimento ficou em tubetes sobre bancada com irrigação por nebulização intermitente regulada em 15 minutos de aspersões. Foram feitas análises em intervalos de 15 dias, onde foram avaliados os parâmetros: percentual de sobrevivência e percentual de enraizamento através da formação de calos. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância, pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Para o uso de diferentes substratos no enraizamento de estacas de pau-rosa não houve diferença estatística, nos respectivos períodos de avaliação em relação ao percentual de sobrevivência das estacas. Aos 60 dias iniciou-se a formação de calos nas estacas sobreviventes. Entre os tempos de exposição ao AIB, verificou-se que os tratamentos T1 e T2, tempo de 1 minuto e 15 respectivamente, não diferiram estatisticamente entre si, de acordo com o teste de Tukey a 1% de probabilidade, sendo considerados os melhores tratamentos, pois ocorreu uma maior formação de calos, enquanto que os outros tratamentos poucos calos formaram.
CONCLUSÃO:
O uso de diferentes combinações de substrato não influenciou na formação de calos e sobrevivência das estacas. Enquanto que o tempo de exposição ao fitorregulador no nível de 4.000 ppm, apresentou indicações de efeito sobre o enraizamento de estacas de pau-rosa.
Palavras-chave: Aniba roseadora D., Fitorregulador, Enraizamento.