63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
O TEATRO NAS AULAS DE BIOLOGIA: DESCOBRINDO CAMINHOS COM O PIBID/UFRPE
Giselle Woolley Cardoso da Silva 1
Jonhosson Guilherme Ferreira Lima 1
Filipe Torres da Silva 2
Nathália Talita Cândido de Oliveira 2
Josilene Maria de Souza 3
Monica Lopes Folena Araújo 4
1. Depto.de Ciências Biológicas – Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
2. Depto.de Química – Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
3. Profa. Supervisora PIBID – Escola Lions de Parnamirim
4. Profa./Orientadora e coordenadora PIBID Biologia - Depto.de Educação – UFRPE
INTRODUÇÃO:
No ensino de Biologia é fundamental o desenvolvimento de posturas e valores que contribuam para a formação de indivíduos sensíveis, solidários, capazes de fazer julgamentos e de tomar decisões (PCN, 2002). Porém, o excesso de vocabulário técnico (KRASILCHICK, 2008), que pode comprometer a compreensão do mesmo, a descontextualização dos conteúdos e a falta de interação professor-aluno podem tornar a disciplina desestimulante e desinteressante.
Visando atenuar estes problemas identificados, vislumbramos que o teatro traz dinamismo às aulas, promove a participação ativa dos alunos e oportuniza aos mesmos a utilização do vocabulário específico.
Quando a criatividade dos alunos é incentivada, junto com a ela vem o estímulo à pesquisa, processo essencial na formação de cidadãos autônomos (DEMO, 2008). Com base nestes pressupostos, promovemos o teatro-educação em aulas de Biologia em uma escola parceira ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/UFRPE).
METODOLOGIA:
A atividade foi realizada em uma turma de 2º ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual localizada no bairro de Dois Irmãos, em Recife, Pernambuco. A referida turma, do período matutino, conta com quarenta alunos. Para o trabalho, a mesma foi dividida em quatro grupos, com oito pessoas em cada um. Para cada grupo foi sorteado um subtema do tema principal que foi vírus. Cada grupo elaborou um pré-roteiro da encenação que foi revisado num prazo de quatro dias após o sorteio. Após a revisão, as equipes se reuniram para organização da peça que teve duração de cinco a dez minutos para cada grupo. O principal ponto a ser analisado foi como se deu a construção do conhecimento dos alunos no decorrer de todas as apresentações.
RESULTADOS:
Houve, inicialmente, certa dificuldade por parte dos alunos em adotar essa nova estratégia de ensino-aprendizagem devido ao tradicionalismo dos trabalhos escolares habituais. No entanto, ao longo do processo, o desânimo, o constrangimento e a insegurança cederam lugar ao entusiasmo da construção do conhecimento de forma diferente. Como nos diz Freire (1985) a escola pode ser um local alegre, vivo; tudo depende de como conduzimos os momentos pedagógicos. Os grupos apresentaram pequenas peças nas quais demonstraram que compreenderam o assunto novo estudado, pois utilizaram vocabulário específico de forma lúdica e contextualizada. O silêncio usual nas aulas de Biologia deu lugar à discussão de ideias, ao diálogo, à troca de conhecimentos
CONCLUSÃO:
O teatro consistiu uma excelente estratégia didática na abordagem dos vírus, mas percebemos que há um longo caminho a percorrer para tê-lo de forma mais efetiva na escola. Torna-se necessário romper fronteiras a muito estabelecidas na Educação Básica, torna-se indiscutível perceber o aluno como construtor do conhecimento, como ser ativo. Para esta mudança possível, o investimento na formação inicial e continuada dos professores é fator preponderante.
Palavras-chave: Teatro-educação, Ensino médio, Ensino-aprendizagem.