63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 7. Ciência e Tecnologia de Alimentos - 2. Engenharia de Alimentos
ESTUDO DE COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS EM TUCUMÃ (Astrocaryum vulgare Mart.)
Joemar Mendes Rego 1
Clícia Larissa da Silva Figueiredo 2
Mayra Cristina Silva Pereira 3
Vanessa Mendes Rego 4
Gilberto Goulart 5
1. Depto de Engenharia de Alimentos - UFMT
2. Depto de Engenharia de Alimentos - UFMT
3. Depto de Engenharia de Alimentos - UFMT
4. Depto de Ciências Biológicas - UFMT
5. Prof. Dr./ Orientador - Depto de Engenharia de Alimentos - UFMT
INTRODUÇÃO:
A floresta amazônica possui umas das maiores áreas do planeta, sendo que nesta existem diversas espécies de árvores frutíferas e exóticas. O tucumã tem potencial para ser industrializado, porém as pesquisas realizadas com este fruto são muito escassas. Com base nisto, o objetivo deste trabalho é apresentar quais métodos possuem maior eficiência e rendimento na extração do óleo vegetal, para que se possam gerar novas alternativas na comercialização de óleos, gerando renda e aumentando o plantio do tucumanzeiro.
METODOLOGIA:
Os frutos de Tucumã foram coletados na região de Manacapuru – AM, selecionados e limpos, sendo transportados com cuidados apropriados para a cidade de Barra do Garças – MT, onde sofreram sanificação e foram acondicionados sob congelamento no Laboratório de Análise de Alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso de forma a preservar suas propriedades físicas e químicas.Efetuou-se análises de extração de lipídeos no fruto de tucumã, sendo estas, a extração por hidrólise ácida e alcalina, prensagem, Bligh-Dyer e Soxhlet. A concretização das mesmas se deu pelo discente Joemar Mendes Rêgo com participação das discentes Clícia Larissa da Silva Figueiredo, Mayra Cristina Silva Pereira e Vanessa Mendes Rego, sob orientação do docente Dr. Gilberto Goulart. Os materiais usados foram: vidrarias (béquer, funil, tubos de ensaio, cadinho, funil de buchner, pipeta de Pasteur, bastão de vidro, balão de fundo redondo), espátula, proveta, erlenmeyer, dessecador, balança analítica, estufa, mesa agitadora, centrífuga, soxhlet e prensa manual. E os reagentes: hexano p.a., clorofórmio p.a., HCl 1N, NaOH 1M, metanol p.a., água destilada, solução de sulfato de sódio 1,5%, sulfato de sódio anidro.
RESULTADOS:
Na hidrólise alcalina, o rendimento na amêndoa foi 19,88%, casca 38,7% e polpa 52,9%, enquanto na hidrólise ácida, amêndoa 0,11%, casca 0,83% e polpa 1,3%. Na extração por prensagem, utilizou-se somente o mesocarpo com média de 3g de amostra, obteve-se um rendimento de 1,32% de óleo. No processo de Bligh-Dyer utilizou-se uma média de 3g de amostra, resultando um rendimento na amêndoa 7,17%, casca 17,82% e polpa 7,9%. Na extração por soxhlet, usou-se uma média de 3g de amostra, obtendo um rendimento de 10,96% na amêndoa, 7,8% casca e 8,94% na polpa. Todas as análises foram feitas em triplicatas.
CONCLUSÃO:
O método mais eficiente no processo de extração de lipídios do fruto de tucumã se mostrou, sendo a hidrólise alcalina com rendimento de 19,88% na amêndoa, 38,7% casca e polpa 52,9%, e também foi na hidrólise alcalina que a polpa obteve o maior rendimento de óleo das extrações. Este maior rendimento foi devido a interação do pH e temperatura nas moléculas do fruto, com isso, ocorrendo uma maior liberação de lipídios na extração.
Palavras-chave: Tucumã, Extração, Óleos vegetais.