63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia |
POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE ÁCIDO 3-INDOL ACÉTICO POR RIZÓBIOS IOLADOS DE SOLOS DO CERRADO. |
Bruno Vizioli 1 Ariádila Gonçalves de Oliveira 2 Weslany Silva Rocha 3 Aloísio Freitas Chagas Júnior 4 |
1. Aluno do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Tocantins 2. Aluna de Mestrado em Produção Vegetal, Universidade Federal do Tocantins 3. Aluna do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Tocantins 4. Professor Orientador do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Tocantins |
INTRODUÇÃO: |
A inoculação de rizóbios em culturas leguminosas é provavelmente a prática de emprego de bactérias na agricultura mais difundida, nos últimos anos, tem se verificado que essas bactérias também possuem a capacidade de atuar como promotoras de crescimento vegetal, atuando por meio de diversos fatores de promoção de crescimento de plantas a produção de ácido indol-acético. O AIA atua principalmente na formação de raízes laterais e de pêlos radiculares Existe ampla evidência que numerosos microrganismos do solo estão ativamente envolvidos na síntese de auxinas em meio de cultura e no solo. O L-tryptofano, serve como um precursor fisiológico para a biossíntese de auxinas em plantas e em microrganismos. A produção de AIA por bactérias diazotróficas foi examinada como possíveis fatores de contribuição no crescimento de plantas (RPCP). Resultados reportados em vários trabalhos, evidenciando a produção de AIA por estirpes de rizóbio usando como precursor do AIA o triptofano. Assim, a avaliação de rizóbio a partir da avaliação “in vitro” da produção de AIA pode proporcionar uma base para selecionar isolados de rizóbio com potencial de RPCP. Assim, o presente trabalho teve como objetivo analisar a produção da auxina AIA em rizóbios isolados de feijão-caupi em solos do cerrado tocantinense. |
METODOLOGIA: |
Inicialmente foram determinadas as características morfológicas dos isolados, riscados em placa de petri contendo meio de cultura YMA sendo observadas as seguintes características: pH do meio, tempo de crescimento, tamanho, forma, elevação, transparência, borda, aparência e cor da colônia, assim como aparência, elasticidade, tipo, cor e quantidade de muco produzido. As bactérias com características semelhantes foram divididas em grupos. Os isolados de rizóbio foram transferidos para frascos de Erlenmeyer (150 mL) contendo 25 mL de meio de cultura YM presença de L-tryptofano (100 mg L-1). Após três dias sobre um agitador rotatório (100 rpm),a biomassa bacteriana foi separada por centrifugação a 12.000 rpm durante 15 minutos. Para as análises colorimétricas de AIA no sobrenadante foram utilizadas uma parte do reagente de Salkowski e duas partes do sobrenadante obtido de cada isolado. Após a comprovação qualitativa da presença de AIA, o fito hormônio foi quantificado espectrofotometricamente em 530 nm. As concentrações, em µg mL-1 foram calculadas a partir de uma curva padrão construída com o AIA em sua forma sintética. Os dados foram analisados estatisticamente e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5%. |
RESULTADOS: |
Segundo as análises da morfologia das bactérias, os isolados foram unidos em grupos por similaridade, totalizando 36 isolados distribuídos em 22 grupos, encontrando-se grande diversidade entre os isolados. Somente os isolados R24, R05 e R20 tiveram total similaridade com as estirpes padrão UFLA11B e UFLA3299, já identificadas como Bradyrhizobium spp.. Devido à grande diversidade entre os outros grupos de isolados, pode-se afirmar que a comunidade de rizóbios nativos que nodulam feijão-caupi nos solos do cerrado é bem diversificada, similar a observações em outras regiões brasileiras. Quanto à produção de AIA, dos 36 isolados testados, 27 produziram AIA em meio de cultura suplementado com triptofano. A produção de AIA variou entre estes isolados, de 4 a 162 mg mL-1, com destaque para as maiores produções de AIA pelos isolados UFTR 75 (100 mg mL-1), UFTR 22 (130 mg mL-1) e UFTR 66 (162 mg mL-1). Resultados semelhantes foram reportados em outros trabalhos, evidenciando a produção de AIA por estirpes de rizóbio usando como precursor do AIA o triptofano, em meio de cultura. |
CONCLUSÃO: |
Com base nos resultados obtidos no trabalho pode-se concluir que: houve produção de ácido indol-acético por rizóbios isolados de feijão-caupi em solos do cerrado tocantinense. |
Palavras-chave: AIA, Rizóbios, Crescimento Vegetal. |