63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 3. Química Analítica
O alumínio no solo do Cerrado
Iara generoza da Conceição 1
Andreia Nunes de Oliveira Jardim 2
1. acadêmica - química - UEG- Formosa
2. Profª Msc./ Orientadora - Química analítica - UEG - Formosa
INTRODUÇÃO:
Os solos do cerrado apresentam fertilidade baixa, alto teor de alumínio e acidez e pH entre 4 a 5. Essa acidez é influenciada pela pouca quantidade de bases dos materiais de origem e a capacidade de troca de cátions (C.T.C.) no solo. Se, em sua menor parte, ele for ocupado por cátions básicos, a substituição destes por alumínio trocável e prótons representa a acidificação do solo. O excesso desse alumínio é tóxico às plantas, limita o crescimento das raízes e o desenvolvimento das plantas, interfere diretamente na disponibilidade de fosfato e inibe a absorção de ferro, além de causar efeito tóxico ao metabolismo vegetal e reduzir a condutividade de água aparente das raízes. O alumínio também causa atraso na germinação de sementes, como a semente de arroz, além de provocar estresse oxidativo nas plantas. Uma das formas de se corrigir a acidez do solo é o processo de calagem, a adição de calcário ao solo, o pH é elevado ao valor exigido à cultura em que se deseja empregar, o alumínio é precipitado e os teores de cálcio e magnésio é elevado para valores moderados. Para saber se há necessidade de calagem, é feita a determinação do teor de alumínio trocável (acidez trocável) e dos teores de H+ + Al3+ (acidez potencial) através de analises químicas do solos.
METODOLOGIA:
Utilizaram-se duas amostras de solo virgem coletadas na área do Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado –Embrapa, localizado em Planaltina-DF. As amostras de solos foram secadas ao ar durante dois dias e peneiradas em peneira de 2 mm. Para analise de alumínio trocável foram retirados 5 cm3 de cada amostra, os quais foram colocados em béqueres de plástico de 60 mL, adicionou-se 50 mL da solução de cloreto de potássio 1 molar e agitado durante 5 minutos em agitador mecânico. Depois, a amostra foi deixada em repouso durante 16 horas. Após foram transferidos 10 mL do sobrenadante e para copos plásticos de 50 mL e acrescentados 10 mL de água destilada. Acrescentou-se a solução indicadora azul de bromotimol e titulou-se com hidróxido de sódio 0,01 molar até obter a coloração azul persistente. Para a analise de acidez potencial foram utilizadas as mesmas amostras de solo transferidos 2,5 cm3 de cada amostra para béqueres de plástico de 60 mL e adicionados 50 mL da solução de acetato de cálcio 0,5 molar com pH 7. foram agitadas em agitador mecânico durante 10 minutos e colocadas para descansar durante 12 horas. Após esse período, foram extraídos 20 mL do sobrenadante, adicionadas duas gotas de solução alcoólica de fenolftaleína 3% e titulada com hidróxido de sódio 0,02 molar.
RESULTADOS:
Os volumes de hidróxido de sódio gastos nas analises de alumínio trocável foram 1,42 mL na amostra 1 e 0,86 mL na amostra 2. Esses valores foram calculados retirando-se o valor da titulação da solução e obteve-se o valor de 1,37 mL e 0,81 ML, valores considerados altos. Na analise de Os resultados obtidos de 6,21 e 9,68 mmol/dm3, considerados valores altos, pois a quantidade suportável para algumas plantas mesmo resistentes é de 5 mmol/dm3 logo se estes são altos o pH é baixo, ou seja, são amostras de solos considerados ácidos.
CONCLUSÃO:
Tais analises são importantes antes de introduzir qualquer cultura, pois se deve saber a quantidade de alumínio presente no solo. São analises simples e de grande importância que podem ser empregadas na disciplina de química analítica nas universidades, é a aplicação da química no ramo da agronomia.
Palavras-chave: Acidez do solo do cerrado, Determinação de alumínio