63ª Reunião Anual da SBPC
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Linguística - 5. Teoria e Análise Lingüística
A CONCEPÇÃO DE GRAU EM CÂMARA JR
Carolina Neris Barbosa 1,2
Januacle Francisca da Costa 1,2
1. Graduanda/ Curso de Letras - UFAL
2. Profa.Dra. / Orientadora - Curso de Letras - UFAL
INTRODUÇÃO:
A categoria de grau é definida pelos estudos morfológicos como resultado de um processo derivacional e não flexional, como trazem as gramáticas. Dentre os estudiosos da língua portuguesa que trataram desta questão, Mattoso Câmara destaca-se por ter sido o primeiro descrever, de modo propriamente dito, este fênomeno na língua portuguesa.
METODOLOGIA:
O presente trabalho teve seu inicio no primeiro semestre de 2010. A pesquisa foi realizada a partir de consultas bibliográficas referentes ao tema pesquisado. serviram de base apara fundamentção desta pesquisa, sobretudo, as seguintes obras de Mattoso Câmara:Problemas de lingüística descritiva e Estrutura da língua portuguesa.
RESULTADOS:
Mattoso Câmara aponta que a maioria dos nomes, em língua portuguesa, apresentam a possibilidade de, com o auxílio de alguns sufixos, transmitir sua significação aumentada ou diminuída. Esse processo não é obrigatório, mas quando ocorre, resulta num novo vocábulo. Tanto é, que nem todos os substantivos da língua portuguesa tem aumentativo ou diminutivo correspondente, e os que existem podem ser utilizados ou não, numa frase dada, de acordo com a vontade do falante. Da mesma sorte, certos adjetivos do português podem indicar, pela adição de um morfema, a qualidade elevada ao seu mais alto grau. A principal distinção entre derivação e flexão reside, pois, no fato de a primeira não constituir um processo obrigatório e sistemático para o léxico da língua. Quanto à flexão, o autor esclarece que há, ao contrário da derivação, obrigatoriedade e sistematicidade, que são impostas pela própria natureza da frase. Não está na vontade do falante usar, por exemplo, um substantivo no plural ou um verbo no futuro do presente. É a natureza da frase que condiciona tal uso. A inclusão do superlativo, na flexão nominal foi uma transposição pouco inteligente de um aspecto da gramática latina para a nossa gramática, sem reflexões.
CONCLUSÃO:
Fica claro nos estudos de Mattoso Câmara, o reconhecimento da categoria de grau como um processo derivacional e, não flexional. E que objetivo da análise descritiva, ou sincrônica do vocábulo mórfico é descreve-lo na engrenagem atualmente operante, depreendendo os elementos constituintes de acordo com uma significação e uma função elementar que lhe é atribuída dentro da significação e da função total de um vocábulo dentro da língua .
Palavras-chave: Grau, Flexão, Derivação.