63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 1. Análise e Controle de Medicamentos |
DESENVOLVIMENTO E PADRONIZAÇÃO DE PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS DA OBTIDOS DA PRÓPOLIS VERMELHA DE ALAGOAS |
Erlan Pereira de Azevedo 1 Tassia Tatianna Dionizio Firmino 1 Irinaldo Diniz Basílio Júnior 2 |
1. Escola de Enfermagem e Farmácia – ESENFAR, Universidade Federal de Alagoas – UFAL 2. Prof. Dr./Orientador - Escola de Enfermagem e Farmácia – ESENFAR, Universidade Federal de Alagoas – UFAL |
INTRODUÇÃO: |
A palavra própolis é derivada do grego pro-, em defesa, e polis-, cidade ou comunidade, isto é, em defesa da comunidade. A própolis é utilizada pelo homem desde temos remotos, o que pode ser justificado pelos diversos usos que a mesma assume para o homem desde a antiguidade, dentre as quais se destacam: atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral, antiinflamatória, citostática e imunoestimulante. Como conseqüência da grande biodiversidade da flora brasileira, as própolis brasileiras foram divididas em 12 grupos de acordo com características químicas bem como de atividades biológicas. Recentemente, foi encontrada uma própolis vermelha em colméias localizadas ao longo do mar e costas de rios no nordeste brasileiro a qual foi classificada como própolis do grupo 13, foi identificada botanicamente como: Dalbergia ecastophyllum. Um avanço tecnológico que proporcionou grandes avanços no desenvolvimento e estudo das características da própolis foi a técnica de spray drying. Para o desenvolvimento de novos processos e produtos derivados da própolis vermelha, este projeto prevê implantação de novos modelos analíticos para avaliação da qualidade da matéria-prima in natura (própolis vermelha), produtos intermediários e produtos de própolis vermelha. |
METODOLOGIA: |
Amostra de própolis A própolis vermelha foi obtida de coletores colocados nas caixas de abelhas Apis melífera, em maio de 2010, em um apiário localizados na região de mangue dos municípios de Marechal Deodoro-AL. Caracterização físico-química da própolis vermelha de Alagoas Perda por dessecação a 105ºC e Teor de cinzas Foi realizado o estudo de perda por dessecação através da utilização de balança analítica e secagem em estufa. Foi pesada 1 g de própolis bruta pulverizada em cadinho de porcelana, esta foi dessecada à temperatura constante de 105ºC até que o peso se tornasse constante. Obtenção do extrato hidroetanólico de própolis Foram preparados extratos contendo 30% (p/p), da própolis trituradas em etanol 96º GL. Para isso, foram pesados 300,0 gramas de própolis, os quais foram completados para 1000,0 mL com álcool, permanecendo assim pelo período de 24 horas em repouso. Determinação do teor de flavonóides totais Quantidade equivalente a 0,2 g do extrato bruto da própolis foi transferida para balão volumétrico de 100 mL, contendo 1 mL de solução de cloreto de alumínio a 2,5%. Obtenção de Micropartículas de própolis por atomização em Spray Dryer e análise em microscopia eletrônica de Varredura |
RESULTADOS: |
A própolis apresentou aroma resinoso e balsâmico, cor vemelha, sabor picante acentuado, consistência rígida à temperatura ambiente e pedaços heterogêneos. A consistência à temperatura ambiente também pode dar indícios da relação resina/cera na própolis. O teor de água variou de 2,99 a 4,83%, o de cinzas de 0,67 a 1,33%. Os resultados das análises de perda por dessecação a 105ºC e teor de cinzas das amostras estudadas mostraram que os parâmetros estão dentro dos limites preconizados pelo Ministério da Agricultura e Farmacopéia Brasileira. Os resultados demonstram que as amostras apresentaram teor de flavonóides totais com valores equivalentes a 1,59, expressados como equivalentes de quercetina. Estes valores estão corroborando com os resultados estabelecidos pelo ministério da agricultura (<5 %). Os parâmetros de desenvolvimento de metodologia para obtenção de microparticulas de própolis encontram-se em fase de patente e, portanto, serão reservados os direitos de divulgação. Os aspectos microestruturais dos microencapsulados foram analisados por microscopia eletrônica de varredura. Nas amostras analisadas, foi possível observar presença de pequenas partículas aderidas à superfície dos microencapsulados, sendo essa aderência mais evidente nas amostras P02. |
CONCLUSÃO: |
A produção de microencapsulados de própolis por atomização em Spray Dryer representa uma alternativa viável para desenvolvimento de produtos, possibilitando a obtenção de produtos intermediários que poderão ser formulados em diferentes formas de apresentação. Numa análise global, os resultados sugerem que a preparação dos microencapsulados de própolis pela técnica de Spray Drying pode ser um caminho promissor para obtenção de produtos tecnologicamente adequados para desenvolvimento de novas formas de administração de medicamentos. |
Palavras-chave: Própolis Vermelha, Desenvolvimento, Produtos Naturais. |