63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES FONTES DE BIOMASSA CARBONIZADA E DOSES NA GERMINAÇÃO DO MARACUJÁ AMARELO |
Fabrício Ribeiro Andrade 1 Ben Hur Marimon Junior 2 Laissa Gabrielle Vieira Gonçalves 3 Alan Mario Zuffo 4 Thiago Rodrigo Schossler de Souza 1 Rodrigo Soares Belém 5 |
1. Mestrando em Agronomia-Solos e Nutrição de Plantas, Universidade Federal do Piauí - UFPI 2. Prof. Dr./Orientador - Depto.de Ciências Biológicas – UNEMAT 3. Acadêmica de Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT 4. Mestrando em Fitotecnia, Universidade Federal do Piauí – UFPI 5. Acadêmico de Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT |
INTRODUÇÃO: |
O Brasil ganha destaque no mercado de frutas, devido à condição de maior produtor mundial de maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deneger), com uma produção anual no ano de 2005 em torno de 479.813 ton. em uma área de 35.820 ha-1 (AGRIANUAL, 2008), com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Alagoas além de estados da região Nordeste e Norte (OLIVEIRA et al., 2002). Caracterizado botanicamente como uma planta trepadeira sub-lenhosa que apresenta grande vigor vegetativo, pertencente à ordem Passiflorales, sendo a variedade Passifloracea a de maior interesse comercial, destacando-se o gênero Passiflora (RIBEIRO et al., 2005). O discernimento das condições edáficas para a germinação, principalmente o tipo de substrato se torna essencial para o bom desenvolvimento da planta no campo devido a fatores como estrutura, aeração, capacidade de retenção de água, grau de infestação de patógenos, dentre outros que podem influenciar diretamente na germinação das sementes e desenvolvimento pós-seminal (CARVALHO & NAKAGATA, 2000). O presente trabalho teve como objetivo avaliar e definir o tipo de substrato a partir de fontes de biomassa carbonizada assim como a dosagem adequada para o estabelecimento da espécie. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido no Viveiro de Mudas da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Nova Xavantina–MT de Janeiro à Fevereiro em estufa com telado sombreado a 50%. As sementes foram adquiridas no comercio local de frutos maduros, que foram processados para retirada do arilo e secagem a sombra. As sementes foram semeadas em tubetes com capacidade de 120 cm3 sendo duas unidades por recipiente onde procurou-se estudar a influência de diferentes substratos. Foram utilizados: Solo (T1), Solo + 5% de Carvão Vegetal (T2), Solo + 10% de Carvão Vegetal (T3), Solo + 20% de Carvão Vegetal (T4), Solo + 40% de Carvão Vegetal (T5), Solo + 5% de Palha de Arroz (T6), Solo + 10% de Palha de Arroz (T7), Solo + 20% de Palha de Arroz (T8) e Solo + 40% de Palha de Arroz (T9) dispostos em blocos ao acaso, com quatro repetições de 12 tubetes. A palha de arroz apresentava-se de forma semi-carbonizada. As diferenças entre os tratamentos foram avaliadas através da análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico Sisvar. Foram analisados os parâmetros de germinação (%) inicial, final e índice de velocidade de germinação (IVG) por recipiente, sendo consideradas germinadas as sementes que obtiveram a protusão do embrião. |
RESULTADOS: |
Com a aplicação do teste de análise de variância, constatou-se que houve diferença estatística significativa entre os tratamentos exceto para a variável germinação inicial, que apesar de não apresentar diferença estatística os tratamentos T3, T2 e T6 se destacaram por apresentarem aos nove dias após o plantio as respectivas porcentagens de germinação 7,5%, 7,25%, e 5%. Em relação à porcentagem de germinação final dada aos 25 dias após o plantio apenas o tratamento T9 não apresentou um bom desempenho em relação aos demais se diferindo estatisticamente com apenas 66,6% das sementes germinadas, já os tratamentos T3, T2 e T6 apresentaram taxa de 94,79%, 93,75% e 93,75% evidenciando perdas de apenas ± 8% das sementes. Para o IVG médio por recipiente os tratamentos T7 e T9 apresentaram as menores medias 3,5 e 4,75 respectivamente, já os tratamentos T2 e T3 apresentaram 9,5 e 8,75 respectivamente. |
CONCLUSÃO: |
Dessa forma pode se dizer que para os nove substratos analisados, o tratamento com substrato acrescido com 5% (T2) e 10% (T3) de carvão vegetal assim como 5% (T6) de palha de arroz semi-carbonizada foram os que melhores proporcionaram a obtenção de resultados eficientes em percentuais de germinação inicial, final e IVG por recipiente. |
Palavras-chave: Substrato, Palha de arroz semi-carbonizada, Carvão Vegetal. |