63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
AVALIAÇÃO DO TEOR DE ESTANHO NA CASSITERITA RECEBIDA PELA EMPRESA ERSA (ESTANHO DE RONDÔNIA) DA CIDADE DE ARIQUEMES/RO
Adenísia de Almeida 1
Renato André Zan 2
Filomena Maria Minetto Brondani 3
Nathalia Vieira Barbosa 4
Gustavo José Farias 5
Dionatas Ulises de Oliveira Menegetti 6
1. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE (FAEMA)
2. Químico-mestre em quimica -docente/FAEMA
3. Química-mestre em quimica -docente/FAEMA
4. Química-mestre em quimica -docente/FAEMA
5. Físico-mestre em física -docente/FAEMA
6. Biologo - Mestre em genética - docente/FAEMA
INTRODUÇÃO:
O garimpo de cassiterita tem uma grande importância histórica para o estado de Rondônia e para o município de Ariquemes. Com a descoberta da cassiterita na região, por volta dos anos de 1980, a maioria dos agricultores, madeireiros e comerciantes trocou suas atividades pelo garimpo, sendo que na região de Ariquemes existia no início um total de aproximadamente 15.000 garimpeiros. É de fundamental importância para a economia e uma grande fonte de riqueza para o estado. O presente trabalho teve por iniciativa a avaliação do teor de estanho na cassiterita fundida na empresa ERSA-Estanho de Rondônia no ano de 2010 e serviu como resultado da avaliação da disciplina de Estatística do curso de Química da Faculdade de Educação e Meio Ambiente-FAEMA. A empresa ERSA no ano de 2010 recebeu no interior de sua unidade minério de várias minas da região, onde o levantamento foi avaliado das minas próprias da ERSA, e de duas outras fornecedoras de cassiterita, a COOPERCAM-Cooperativa de Cassiterita e Minerais e a COOMIGA-Cooperativa Mineradora dos Garimpeiros de Ariquemes.
METODOLOGIA:
A avaliação dos percentuais de estanho encontrados na cassiterita recebida pela ERSA proveniente das diversas minas da região, extraídas pelas mineradoras ERSA, COOPERCAM E COOMIGA, foi cedida com o consentimento da empresa ERSA pelo laboratório de análise da mesma, que forneceu os dados relativos a todos os carregamentos de cassiterita que entraram na empresa e quais amostras foram avaliadas pelo laboratório. Foram avaliados dados referentes a 48 amostras provenientes das minas da ERSA, 09 amostras da COOPERCAM e 13 amostras da COOMIGA, no período de fevereiro a dezembro de 2010. O teor de estanho na cassiterita foi medido utilizando-se a técnica de Absorção Atômica.
RESULTADOS:
Os percentuais médios de estanho nas amostras de cassiterita foram de 64,489% (desvio padrão 0,0051) nas minas da ERSA, 69,999% (dp 0,0080) nas minas da COOPERCAM e 71,429% (dp 0,0077) nas minas da COOMIGA. O que chamou a atenção foi o percentual maior de estanho nas minas provenientes dos fornecedores COOPERCAM e COOMIGA, que também coletam minério em minas localizadas na região de Ariquemes, onde teoricamente deveriam ter percentuais semelhantes. Constatou-se, então, que essas duas empresas por venderem o minério à ERSA, e o valor da venda estar relacionado ao percentual de estanho na cassiterita fazem uma separação magnética seguida da separação eletrostática no minério onde retiram basicamente ferro, columbita e tantalita, onde conseguem com esse processo aumentar o percentual de estanho na cassiterita e assim aumentar o valor agregado do minério. Esse processo de separação também tem por interesse a separação da columbita que tem valor comercial. Pelos valores apresentados esse processo apresenta bons resultados no que tange ao aumento de estanho na cassiterita.
CONCLUSÃO:
Tendo em vista os resultados apresentados podemos ver a importância da cassiterita para a região de Ariquemes e o teor de estanho na cassiterita da região e a importância do processo de separação magnética e eletrostática para o aumento do teor de estanho na cassiterita e a separação da columbita que tem valor de comercial.
Palavras-chave: cassiterita, minas, estanho.