63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
A ACESSIBILIDADE: INCLUSÃO SOCIAL DOS CADEIRANTES NO TRAFEGO URBANO DE IMPERATRIZ/MA
Liz de Fátima Rodrigues Silva Soares 1
Krycia da Silva Lima 1
Raimunda Maria Barbosa de Sá 2
1. Acadêmica do curso de Pedagogia- FEST
2. Profa. Msc.Orientadora - FEST
INTRODUÇÃO:
No início do século XXI, a acessibilidade é uma condição básica para a inclusão social das pessoas com necessidades especiais. No entanto, escadas, elevadores inadequados e portas estreitas, principalmente em construções antigas, falta de rampas ainda é uma realidade na maioria das cidades. Vale destacar que para Sassaki (2003), a acessibilidade não se trata apenas da facilidade de acesso aos equipamentos físicos, já que existem seis tipos de acessibilidade, sendo elas, arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal. Numa sociedade em que cada vez mais utiliza modernas tecnologias de informação e de comunicação, é prioritário garantir a acessibilidade plena para todos. Assim, o objetivo da pesquisa é identificar as dificuldades dos cadeirantes no tráfego urbano da cidade de Imperatriz/MA, bem como descrever sobre o processo de inclusão dessas pessoas. A relevância deste estudo se evidencia ao possibilitar uma reflexão sobre o processo de inclusão social dos cadeirantes com vistas a um olhar crítico acerca da Lei que rege a acessibilidade.
METODOLOGIA:
O presente estudo foi exploratório e qualitativo, ocorreu in loco, ou seja, no próprio ônibus de uma empresa privada de transporte coletivo urbano de Imperatriz/MA que transporta, exclusivamente, pessoas com deficiência física que usam cadeiras de rodas. A realização desta pesquisa ocorreu em dois momentos: primeiro, fez-se uma visita a empresa para agendar um acompanhamento na rotina dos cadeirantes; posteriormente, uma observação direta e entrevista semi-estruturada a 15 (quinze) cadeirantes no itinerário diário. Para análise das falas foram utilizadas o instrumento teórico metodológico histórico-cultural que permite perceber o ser humano numa perspectiva de totalidade, no qual precisa ter seus direitos respeitados e assim, ampliar a compreensão histórica e social.
RESULTADOS:
Apesar de que os cadeirantes entrevistados fazem parte de ONG chamada de Centro de Assistência Profissionalizante ao Amputado e Deficiente de Imperatriz, percebeu-se que ainda há poucas conquistas para essas pessoas, uma vez que encontram várias dificuldades, dentre elas, locomoção e acesso ao centro e em locais públicos, bem como a discriminação social que resistir ao processo de inclusão. Porém, algumas iniciativas apontam para a melhoria deste quadro de exclusão, como o trabalho realizado por uma empresa privada de transporte coletivo urbano que proporciona um ônibus adaptado segundo as normas legais para atender as necessidades dos cadeirantes.
CONCLUSÃO:
Percebeu-se que na cidade de Imperatriz-MA a muito que se realizar em obras de infra-estrutura para garantir a acessibilidade arquitetônica não somente dos cadeirantes, mas de todos que tem dificuldade de exercer o direito de ir e vir. É salutar a iniciativa da empresa pesquisada, porém a acessibilidade proporcionada é apenas arquitetônica e comunicacional. Entende-se que garantir a inclusão social é imprescindível atender todos os tipos de acessibilidade. Os cadeirantes entrevistados lutam por seus direitos através da ONG citada, o que representa a consciência da cidadania, a conquista de seu espaço como também o reconhecimento social de seus direitos.
Palavras-chave: Acessibilidade, nclusão socia, cadeirantes.