63ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências |
PANORAMA DO MEIO FÍSICO DO JARDIM BOTÂNICO AMÁLIA HERMANO TEIXEIRA PELA INFLUÊNCIA DE AÇÕES ANTRÓPICAS |
Nauara Lamaro Lima 1,2 Bruno Aragão Ninomia 1,3 Everton Rocha 1 Danilo Mendonça e Silva 1 Rosângela Mendanha da Veiga 4 |
1. Tecnólogo em Saneamento Ambiental - IFG 2. Graduanda em Engenharia Florestal - UFG 3. Graduando em Geografia - UFG 4. Prof.a M.Sc./Orientadora - Curso Tecnólogo em Saneamento Ambiental-IFG |
INTRODUÇÃO: |
O Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira situado na região Sul de Goiânia, compõe uma das maiores reservas biológicas do Município, é importante para a conservação e preservação das espécies do bioma cerrado, sendo desenvolvido pesquisas além de educação ambiental no local. Porém sua área no decorrer dos anos foi modificada, por ações antrópicas. Com uma população predominantemente do interior do estado de Goiás de baixa renda, no final da década de 60, instalaram-se ao redor do parque sem ter o conhecimento de que é uma área de preservação ambiental (APA). O presente trabalho aponta os impactos do meio físico causado por moradores irregulares que ao longo do tempo vieram para o parque. A pesquisa teve como objetivo geral realizar a identificação dos impactos ambientais gerados no meio físico pela ocupação irregular na Área de Proteção Ambiental do Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira no período de Janeiro de 2008 a Abril de 2009. |
METODOLOGIA: |
Para a realização deste trabalho seguiu-se a metodologia de leitura e fichamento de dados secundários obtidos em pesquisa de campo, artigos, livros e trabalhos. Visitas técnicas ao local de estudo e aos órgãos responsáveis, com o interesse de identificar os problemas da área. Aplicação de questionários para os moradores da área de ocupação irregular com a finalidade de diagnosticar e avaliar as condições do meio físico nas quais convivem. Análise da legislação municipal vigente visando encontrar soluções viáveis para o quadro atual. |
RESULTADOS: |
Foi possível identificar os impactos no meio físico gerado por ação antrópica como, a causa de intensificação de processos erosivos, que se deu a partir da canalização de uma das nascentes. A construção de residências irregulares e vias de acesso na região, são fatores condicionantes da aceleração do processo erosivo, relacionam-se com o desmatamento ou remoção da cobertura vegetal original, com a exploração inadequada de terras marginais a cursos d’água e com a falta de planejamento de ocupação. A compactação do solo é resultado de ações externas como o tráfego intensivo de pedestres e veículos na área de preservação permanente. Houve também a degradação dos recursos hídricos, as residências irregulares se localizam às margens do Córrego Botafogo, sendo assim nele são depositados indiscriminadamente efluentes domésticos. Na região não há rede coletora de esgoto, pois, fatores desfavoráveis como a declividade do solo, impedem a instalação desse sistema. Algumas residências possuem fossas sépticas, porém não foram construídas de acordo com as normas técnicas. Essa deposição altera bruscamente a qualidade da água. Houve a redução da superfície do solo disponível para realizar as suas funções, especificamente a absorção de águas pluviais causando a impermeabilização dos solos. |
CONCLUSÃO: |
A elaboração deste trabalho permitiu a identificação das interferências no meio físico causadas pela ocupação irregular nas dependências do Jardim Botânico. Estas interferências ocorreram devido a falta de planejamento urbano e também pela falta de informação e consciência destes moradores, que muitas vezes realizam ações que no seu entendimento são corretas. |
Palavras-chave: Jardim Botânico, Goiânia, Meio Físico. |