63ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 6. Engenharia de Produção
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DA CHAPINHA NA FIBRA CAPILAR
Larissa Mustafá 1
Karoline Rocha da Rocha 1
Rivana Teresa Serra Silva 1
Luiz Gonzaga 1
Harlan Costa 2
1. Depto. Engenharia de Produção, Faculdade Pitágoras – São Luís
2. Profº/Orientador - Depto. Engenharia de Produção - Faculdade Pitágoras - São Luís
INTRODUÇÃO:
Nas comunidades humanas, a estética é muito valorizada. Em razão disso, apesar de não apresentarem importância maior para a sobrevivência do indivíduo, os cabelos têm valor indiscutível como ornamento pessoal.
A fibra capilar é constituída por 3 camadas: cutícula, córtex e medula. A cutícula é a camada mais externa, responsável por regular a entrada e saída de água da fibra. O córtex é responsável pela maior parte do fio e sua força. Quando essas camadas são danificadas pelo uso de chapinhas, as células cuticulares se separam, a superfície então fica rugosa e porosa.
A desnaturação protéica do cabelo é um fenômeno que ocorre com proteínas, ocasionado por excesso de calor. Algumas proteínas corporais desnaturam a partir de 40-45°C. Em temperaturas inferiores ou iguais a 100°C, a água fracamente ligada ao cabelo evapora. A evaporação da água que faz parte da constituição do fio capilar ocorre a 135°C, ocasionando a desnaturação da queratina. Quando a temperatura da chapinha é mantida abaixo de 230°C ela consegue remover a umidade, rompendo as pontes de hidrogênio, dando um novo formato para o fio. Acima de 350°C ocorre dano total ao fio de cabelo.
Diante disso, o objetivo deste estudo é mostrar os danos causados pelas temperaturas das chapinhas ao cabelo.
METODOLOGIA:
O estudo foi realizado com o uso de quatro chapinhas com potências que variam de 40 a 75W e três mechas de cabelos diferentes (virgem, alisado e tingido). Foram usadas chapinhas de tipos, marcas e potências diferentes, sendo uma de íon e três de cerâmica.
Utilizou-se, neste estudo, quatro chapinhas; um multímetro digital (ET-2042C, Mimipa); as amostras dos cabelos que foram analisadas num microscópio; um cronômetro; uma câmera fotográfica digital (ES60, Samsung) e outros materiais de consumo.
Inicialmente, as chapinhas foram ligadas e com o auxílio do multímetro suas temperaturas foram medidas até atingirem sua estabilidade. Logo depois as mechas de cabelo foram submetidas às temperaturas máximas das chapinhas no tempo de 30 segundos, 60 segundos, 90 segundos e 120 segundos cada uma, e em seguida foram analisadas por microscopia óptica para análise da fibra capilar.
RESULTADOS:
Considerando os tempos em que as chapinhas foram submetidas, tirou-se uma média das temperaturas somando a maior temperatura com a menor e dividindo por dois. Observou-se que no tempo de 30 segundos as mesmas apresentaram uma média de temperatura de 105,5°C, ocasionando somente a remoção da umidade do cabelo.
Já nos tempos de 60 segundos, 90 segundos e 120 segundos elas apresentaram uma média de temperatura de 142,5°C, 162,5°C e 176,5°C, respectivamente, ocasionando a desnaturação da queratina, que é a proteína formada a partir de aminoácidos e representa cerca de 90% da constituição dos fios.
CONCLUSÃO:
O presente estudo demonstrou que os danos causados pelas chapinhas ao cabelo vão de uma simples evaporação da água que fica retida no cabelo até a perda de proteínas que fazem parte da fibra capilar. A maioria das temperaturas, dependendo da chapinha, alcança temperaturas muito elevadas causando o ressecamento, quebrados e até mesmo queimados se não for usada da maneira correta.
A partir do momento que o calor da chapinha entra em contado com a fibra capilar, as fibras dilatam-se dando um novo formato ao cabelo, baixando a umidade e deixando os fios secos e desvitalizados.
Palavras-chave: Cabelo, Temperatura, Chapinha.