63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
Descrição Morfológica do Desenvolvimento inicial de quatro espécies utilizadas na adubação verde |
Iohana Weber Both 1 Fernanda Féboli Mansano de Abreu 1 Tatiane Gonçalves de Carvalho 1 Edgar Alfredo Tzi Tziboy 2 George Adriano De Lamônica 1 Aílton Augusto Fagundes Silva 1 |
1. Depto de Engenharia Florestal - FENF, UFMT 2. Prof. Dr./ Orientador - Dpo de Agronomia - FAMEV, UFMT |
INTRODUÇÃO: |
O adubo verde vem sendo estudado como uma técnica não agressiva de adubação, tornando-se uma alternativa sustentável ao meio ambiente. Espécies utilizadas como adubação verde se enquadram como alternativa de disponibilização de nutrientes e podem associar-se a micorrizas, fungos e bactérias do solo capazes de fixar nitrogênio (FEIDEN & ESPÍNDOLA, 2004) disponibilizar P e outros nutrientes essenciais para as plantas, além de terem em alguns casos efeito alelopático que pode diminuir a incidência de ervas daninhas na cultura. Os adubos verdes apresentam diferença na sua germinação, morfologia, fisiologia, hábitos de crescimento e na liberação e aporte de nutrientes. A presente pesquisa visou analisar e descrever o processo de germinação de algumas espécies utilizadas como adubo verde em Mato Grosso: mucuna preta ( Styzolobium aterrimum), crotalária juncea (Crotalaria juncea), feijão-de-porco (Canavalia ensoformes) e mucuna cinza (Estilozobium pruriens). |
METODOLOGIA: |
O estudo morfológico do processo germinativo das espécies foi realizado através da semeadura de 20 sementes de cada espécie em substrato do tipo terra preta, sob condições de saturação de umidade, sendo regadas uma vez ao dia ou quando o substrato encontrava-se seco. Primeiramente foi determinada a dimensão das sementes de cada espécie estudada. O desenvolvimento germinativo foi analisado diariamente, com a retirada de uma ou duas sementes ou plântulas do substrato e subseqüente ilustração manual da evolução. As partes componentes do desenvolvimento do embrião foram identificadas nas ilustrações. |
RESULTADOS: |
Segundo as análises realizadas, as sementes de crotalária (Crotalaria juncea), são de coloração vinho, possuem em média 3 mm, germinação do tipo epígea, cujos hipocótilos se levantam do substrato trazendo os cotilédones para fora, sua radícula assume caráter apical rapidamente com raízes secundárias finas e as protófilos assumem formato aculeado. O processo de germinação do feijão-de-porco (Canavalia ensoformes), assim como da crotalária, é do tipo epígea, a semente mede cerca de 10 a 12 mm de coloração branca a bege, as raízes secundárias são mais vigorosas que as da crotalária e os protófilos são mais largos e ovalados. A germinação da mucuna preta (Styzolobium aterrimum) e da mucuna cinza (Estilozobium pruriens) é hipógea, ou seja, os cotilédones ficam abaixo do solo, onde começam a se desenvolver as radículas. As sementes medem em média 10 mm, sendo que as da mucuna cinza são de cor cinza e da mucuna preta de cor negra. As plúmulas adquirem formato deltóide, havendo a sutil diferença entre as duas espécies no tamanho e na coloração, sendo da mucuna preta levemente menor e pouco mais escura, as raízes são vigorosas e ocupam rapidamente o substrato em várias direções. |
CONCLUSÃO: |
A principal diferença no desenvolvimento inicial das 4 espécies analisadas é quanto ao tipo de germinação, sendo que a crotalária (Crotalaria juncea) e o feijão-de-porco (Canavalia ensoformes) são do tipo epígea e na mucuna preta (Styzolobium aterrimum) e na mucuna cinza (Estilozobium pruriens), são do tipo hipógea. Assim infere-se que as duas primeiras definem uma raiz mais profunda para sustentar seu porte, enquanto as mucunas possuem mais raízes laterais que sustentam seu crescimento rasteiro e com características de trepadeira. |
Palavras-chave: Descrição morfológica, germinação, adubo verde. |