63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 3. Genética Humana e Médica
ANÁLISE DA SUSCETIBILIDADE ALÉLICA DO GENE CYP1A1M4 EM PACIENTES COM CARCINOMA ESPINOCELULAR DA LARÍNGE
Danilo Conrado Silva 1
Andréia Pires Amâncio 1
Raimundo Lima da Silva Júnior 1
Aparecido Divino da Cruz 1,2
1. Núcleo de Pesquisa Replicon, Departamento de Biologia, Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás
2. Prof. Ph.D. / Orientador - LaGene – Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular, LACEN/ SES/GO
INTRODUÇÃO:
A incidência elevada do câncer de cabeça e pescoço está relacionada ao aumento do consumo de fumo e álcool em conjunto com a suscetibilidade genética individual. Compostos pró-carcinógenos são convertidos a metabólitos altamente reativos pelas enzimas da superfamília do citocromo P450 (CYPs). Polimorfismos genéticos nos genes codificadores destas enzimas podem levar à alteração no processo de ativação dos pró-carcinógenos e, consequentemente, ao aumento do risco para câncer. O presente estudo teve como objetivo comparar a freqüência do polimorfismo CYP1A1m4 (C2453 → A) em pacientes com carcinoma espinocelular da laringe e em indivíduos controle, na tentativa de relacionar a presença do polimorfismo e a suscetibilidade ao câncer.
METODOLOGIA:
Foram analisados 27 pacientes com câncer de laringe e 25 indivíduos sem história de neoplasia prévia. Para o estudo molecular, o DNA genômico foi extraído a partir de sangue periférico e o polimorfismo investigado pela técnica de PCR-RFLP com a utilização da enzima de restrição BseMI. O teste do Qui-quadrado (α = 0,05) foi usado para comparação entre os resultados obtidos pelo polimorfismo do gene CYP1A1m4.
RESULTADOS:
As frequências alélicas do gene CYP1A1 para os alelos C e A foram, respectivamente, de 0,463 e 0,537 para os pacientes com carcinomas laríngeos, e de 0,70 e 0,30 para o grupo controle. Foi observado diferença estatisticamente significativa entre as freqüências alélicas. Quanto à análise genotípica foi observada uma freqüência de 0,185 para o genótipo C/C, 0,555 para heterozigotos C/A e 0,26 para os homozigotos A/A em pacientes com CEC de laringe. No grupo controle o genótipo C/C apresentou 0,52 presente entre os indivíduos, sendo 0,36 heterozigotos C/A e 0,12 homozigotos mutantes A/A. A análise do Qui-quadrado apontou diferença estatisticamente significativa entre as frequências genotípicas dos dois grupos. As amostras do grupo caso e controle encontram-se em desequilíbrio de Hardy-Weinberg.
CONCLUSÃO:
Portanto, a relação polimorfismo-CEC encontrada demonstra que o gene estudado poderá fornecer dados cada vez mais concretos na tentativa de estabelecer uma relação direta entre o papel deste polimorfismo e a carcinogênese da laringe.
Palavras-chave: CYP, CEC da laringe, Polimorfismo.