63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
TEOR E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pectis elongata Kunth PROCEDENTE DO PROJETO FARMÁCIA VIVA – SANTARÉM – PA
Leomara Andrade da Silva 1
Adrielle Nara Serra Bezerra 1
Celyane dos Reis Batista 1
Lauro Euclides Soares Barata 2
Ricardo Bezerra de Oliveira 3
Rosa Helena Veras Mourão 3
1. UFOPA - Santarém, Faculdade de Ciências Biológicas/ Acadêmicas
2. Unicamp - Campinas, Lab. de Desenvolvimento de Produtos Naturais/ Docente
3. UFOPA - Santarém, Lab. de Bioprospecção e Biologia Experimental/ Orientadores
INTRODUÇÃO:
A família Asteraceae compreende um dos grupos sistemáticos mais numerosos dentro das Angiospermas, compreendendo cerca de 1.600 gêneros e 25.000 espécies. São plantas de aspecto bastante variado e em sua maioria encontradas em todos os tipos de habitats, mas principalmente nas regiões tropicais. Espécies da família Asteraceae são produtoras de óleos essenciais (OE) os quais são líquidos voláteis, dotados de um aroma forte e quase sempre agradável, provenientes do metabolismo secundário de plantas. Quimicamente são compostos de hidrocarbonetos terpênicos, alcoóis, ácidos orgânicos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos, peróxidos, furanos, aldeídos, lactonas, cumarinas e compostos contendo enxofre (SIMÕES et al., 2002). Neste trabalho avaliamos o teor e composição química do óleo essencial de Pectis elongata Kunth (alecrim-limão) visando a inserção desta espécie na lista de plantas estudadas e cultivadas no projeto Farmácia Viva.
METODOLOGIA:
Após a identificação da planta (Pectis elongata Kunth) foram produzidas mudas por estaquia as quais foram transplantadas para canteiros sob 50% de sombreamento, espaçamento de 30 cm, adubação com substrato contendo terra preta e esterco de gado, na proporção de 2:1 com cobertura de palha de arroz. Após 3 meses a parte aérea foi coletada das 8:00h às 9:00h no período chuvoso (fevereiro - 2011) e submetidas à extração de OE pelo método de Hidrodestilação em arraste a vapor de água em aparelho tipo Clevenger (Ming et al., 1996). O tempo de extração foi fixado em 120 min., sendo determinado a partir do início da fervura da água contida no balão, realizando 3 repetições. A umidade da planta foi determinada, através de balança determinadora de umidade modelo DHS – 16 A. O óleo essencial obtido das extrações foi registrado, armazenado em frasco âmbar e acondicionado em refrigerador no banco aromático de óleos essenciais do Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental da UFOPA. A análise qualitativa do OE foi avaliada através do método de cromatografia gasosa acoplado a espectrofotometria de massas modelo Shimadzu GCMS – QP, no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Naturais da UNICAMP.
RESULTADOS:
O rendimento do óleo volátil obtido da parte área de P. elongata foi de 0,7± 0,1%, calculado sobre as amostras sem umidade (73,68±0,2%.). Foram identificados 99% dos constituintes químicos, sendo o OE de P. elongata caracterizado pela predominância de mono e sesquiterpenos, onde o componente majoritário geranial representou 55,87% seguido de z- citral 40.53%.
CONCLUSÃO:
A espécie P. elongata, mostra-se promissora dentro do projeto Farmácia Viva, pois apresentou uma boa produtividade quando cultivados nos viveiros, tanto como na produção do teor de óleo essencial que indicou um bom rendimento. Geranial e z-citral foram os principais constituintes, e estes apresentaram uma alta concentração na espécie. Tais compostos são de interesse comercial para as indústrias de aroma e fragrância (Wohlmuth et al., 2006), bem como para atividades antimicrobianas e como controle químico por meio da utilização de inseticidas.
Palavras-chave: Óleo essencial, Farmácia Viva, Pectis elongata Kunth..