63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 2. Bioquímica dos Microorganismos
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E BIOQUÍMICA EM AMBIENTE DE MONOCULTURA
Luana Naves de Carvalho Alves 1
Elaine Moura Silva 1
Carlos Eduardo Ramos de Sant’Ana 2
Georgia Ribeiro Silveira de Sant’Ana 3
1. Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Mange – Anápolis-GO
2. Prof. Dr./Co-orientador – Instituto de Estudos Socioambientais –IESA/UFG-GO
3. Profa. Mestre/Orientadora- Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Mange – Anápolis-GO
INTRODUÇÃO:
Os microrganismos desempenham importantes funções no solo, sendo a principal delas a decomposição da matéria orgânica, além de contribuírem para a formação de húmus, agregação e estruturação do solo, fixação de nitrogênio, solubilização de nutrientes, dentre outras. São, portanto essenciais à produtividade do solo e à sustentabilidade dos ecossistemas. Na agricultura, a necessidade de dispor de bioindicadores como a biomassa microbiana do solo, respiração basal do solo e quociente metabólico, possibilitou que índices biológicos surgissem como um mecanismo de avaliação que pudesse responder a tais questões, daí a busca por um indicador que espelhe a robustez da vida do solo e reflita o seu grau de perturbação. As populações de organismos do solo revelam natureza dinâmica e são facilmente afetadas por distúrbios físicos, causados pelo cultivo, ou químicos, resultantes da aplicação de fertilizantes e pesticidas. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a situação da microbiota do solo em ambiente de monocultura, quantificando a população de bactérias, fungos, bem como, quantificando a biomassa de carbono, respiração basal e o quociente de dióxido de carbono.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada na região Centro–Oeste do Brasil, a Sudoeste do estado de Goiás pertence à mesorregião Sul Goiano em área de cultivo de cana-de-açúcar pertencente a uma usina sucroalcooleira da região. As análises foram realizadas nos laboratórios de microbiologia e química geral da Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Mange (Anápolis, GO). De acordo com a técnica pour plate, para contagem de bactérias, diluiu-se 10g de solo (peneirado) em 100mL de água destilada e esterilizada. Preparou-se diluições decimais em série, de até 10-3 adicionando-se 1mL da diluição anterior a tubos contendo 9mL de solução fisiológica 0,85%. Para contagem de fungos verteu-se 10mL do meio Martin nas placas e deixou-se solidificar. Adicionou-se 0,1mL de cada diluição em placas de Petri e espalhou-a com a alça de Drigalski até a completa absorção do líquido. Inverteu-se as placas, em seguida incubou-as a 30°C por 7 dias e acompanhou-se o crescimento. A determinação do carbono nos extratos irradiado e não irradiado foi feita por dicromatometria, seguida de titulação com sulfato ferroso amoniacal. Para a Respiração Basal, amostras de 5g de solo foram colocadas em frascos, de forma individualizada. Além da amostra de solo, foram colocados, em cada frasco, 10 mL de hidróxido de sódio (0,5 mol/L), para absorver o dióxido de carbono liberado pela respiração microbiana.
RESULTADOS:
Na superfície do solo com restos orgânicos, a palhada (serrapilheira) apresentou um maior teor de carbono. Já na serrapilheira com queima, apresentou um baixo índice de teor de carbono. Quanto à presença ou ausência de microorganismos (fungos e bactérias), verificou-se que o solo com rotação de cultura apresentou grande quantidade de fungos e os demais com palhada e queimada apresentaram pequena quantidade. Em relação à respiração basal e o quociente metabólico os valores foram pequenos, indicando eficiência da biomassa microbiana, ou seja, menos carbono é perdido como CO2 e maior proporção de carbono é incorporada nas células microbianas.
CONCLUSÃO:
As áreas de queimada apresentaram poucos microorganismos e índices bioquímicos baixos, indicando assim uma qualidade inadequada ao solo, enquanto que nas áreas de rotação houve uma maior quantidade de microorganismos e altos índices bioquímicos, mostrando assim uma melhor qualidade.
Palavras-chave: microorganismos, índices bioquímicos, monocultura.