63ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial |
INCLUSÃO ESCOLAR: UMA ANALISE QUANTITATIVA DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO PARA A ESCOLARIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ-PR |
Aline Roberta Tacon Dambros 1 Dayane Buzzelli Sierra 2 Dinéia Ghizzo Neto 3 Nerli Nonato Ribeiro Mori 4 |
1. Programa de Pós Graduação em Educação, Mestrado, UEM/PR 2. Programa de Pós Graduação em Educação, Mestrado, UEM/PR 3. Programa de Pós Graduação em Educação, Mestrado, UEM/PR 4. Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Teoria e Prática da Educação - UEM/PR |
INTRODUÇÃO: |
O debate acerca das políticas públicas de inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) no ensino regular de ensino, tem propiciado amplas altercações no ambiente escolar. Para os educadores, a instabilidade aloca-se sobre a viabilidade da inserção dessas crianças, em especial Autistas, na instituição escolar. No Brasil os estudos sobre o Autismo e os Transtornos Globais do Desenvolvimento, são recentes, informações sobre esse público, os tipos de atendimento escolar, sua caracterização, bem como os resultados de inclusão são ainda insuficientes. Salienta-se que a educação inclusiva amplia a participação de todos os indivíduos, no campo social, cultural, profissional e familiar, deve configurar-se também como uma força renovadora na escola. E para que aconteça de forma integralizada, faz-se essencial a transformação da cultura, da práxis sociais e das políticas vigentes nas instituições escolares (GARCIA, 2004). Portanto, a pesquisa teve como objetivo investigar os diferentes contextos escolares freqüentados por crianças autistas no município de Maringá, bem como instruir pais e educadores sobre os tipos de atendimento educacional disponível destinado aos com alunos que apresentam o referido quadro. |
METODOLOGIA: |
Para o desenvolvimento da pesquisa verificamos como a instituição escolar e suas mediações pedagógicas podem contribuir para o desenvolvimento integral dos mesmos. Para tanto, foram analisados documentos científicos e oficiais sobre o Transtorno Global de Desenvolvimento. (BRASIL, 1994; 2001; 2003; 2004). Num segundo momento, visitamos in loco, algumas instituições públicas e privadas que atendem essas crianças. Com base nos dados colhidos, estabelecemos relação com as atuais políticas públicas de inclusão escolar, a partir dos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural. |
RESULTADOS: |
Durante a pesquisa, foram realizados, além de estudos dos documentos científicos e oficiais sobre os transtornos globais de desenvolvimento, visitamos in loco, algumas instituições públicas e privadas que atendem a criança autista. Com as observações, constatamos que no Município de Maringá, as pessoas com autismo são atendidas, principalmente, nos seguintes contextos: escolas da rede municipal e estadual de ensino; Escola Dinâmica (privada); Escola de Educação Especial Leo Kanner e Escola de Educação Básica Inclusiva, antiga Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE (Organizações não-governamentais) e, em caráter extra-escolar, no Programa de Pesquisa e Apoio à Excepcionalidade (PROPAE), da Universidade Estadual de Maringá - UEM. Vale ressaltar também que o debate relativo à inclusão escolar tem ampliado as possibilidades de escolarização para os alunos com severos transtornos de desenvolvimento; assim, há em Maringá um número significativo de pessoas Autistas inseridas em salas de aulas regulares, porém gradativamente a Secretária de Educação ainda recebe os resultados das escolas do município. |
CONCLUSÃO: |
Com a pesquisa, constatamos que, grande parte das crianças autistas no município de Maringá-PR, possuem acesso ao ensino escolar, sendo atendidos na rede pública de ensino, por uma instituição privada, por duas instituições não-governamentais e, em caráter extra-escolar, por um Programa Universitário. Esse acesso torna-se válido, uma vez que, segundo a Teoria Histórico-Cultural, perceber as possibilidades de desenvolvimento crianças com NEE é compreender suas limitações não como condição permanente, mas antever, o processo de apropriação ativa do conhecimento. Vygotsky (2003) elucida que o processo de internalização de particularidades sociais potencializa-se mediante as relações com o meio, o conhecimento apreendido por toda a criança, é por ela incorporado e transforma sua forma de agir e pensar. Em suma, ressaltamos que a inclusão de alunos com NEE no ensino regular é um desafio, pois, além das limitações físicas para o bom andamento da prática, nos deparamos com o desconhecimento alheio. Todavia, ressaltamos que a inclusão escolar consiste em um processo, e, como tal, sujeita a constantes transformações. Vivemos um momento de discussões, mas, principalmente, de encaminhamentos, voltados para a efetivação do processo de inclusão. |
Palavras-chave: Autismo, Escolarização, Inclusão Escolar. |