63ª Reunião Anual da SBPC

C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia

AUTOMEDICAÇÃO – Verificação em estudantes universitários da Universidade Federal do Tocantins – Campus Universitários de Araguaína – TO.

Evilanna Lima Arruda 1 Rejanne Lima Arruda 1 Luciano Tavares de Souza 2 Wagner dos Santos Mariano 3

1. Acadêmicas do 4o período do curso de Biologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT). 2. Acadêmico do 2o período do curso de Química da Universidade Federal do Tocantins (UFT). 3. Coordenador do Projeto de Pesquisa e de Extensão: Acadêmico Saudável; Prof. da Biologia da Universidade Federal do Tocantins (UFT); Orientador da pesq

INTRODUÇÃO:

Inúmeros fatores favorecem o uso irracional de medicamentos, como a prática de venda indiscriminada de medicamentos por farmácias brasileiras, a propaganda de medicamentos de venda livre na mídia, sistema de saúde inadequado e custo elevado dos planos privados de saúde e das consultas particulares. A automedicação é uma forma comum de auto-atenção à saúde, consistindo no consumo de um produto com o objetivo de tratar ou aliviar sintomas ou doenças percebidos, ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição profissional. Por acreditamos que a utilização de remédios, sem prévia consulta com profissionais da saúde, seja algo usual e pode gerar problemas extremamente nocivos para a saúde, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Prevenção de Doenças (GEPSau) propôs este levantamento entre os universitários, para traçar estratégias futuras de prevenção da automedicação. O presente trabalho tem por objetivo fazer um levantamento entre os universitários, da Universidade Federal do Tocantins (UFT) - campus de Araguaína, sobre a utilização de medicamentos sem consulta médica, ou seja, efetivando a prática da automedicação.

METODOLOGIA:

Para obtenção dos dados, elaboramos um questionário contendo 10 questões fechadas (múltipla escolha) e 2 questões abertas. O questionário foi aplicado em alunos de todos os turnos e diferentes cursos. As entrevistas ocorreram nos meses de fevereiro e março de 2011 e 145 estudantes foram entrevistados.

RESULTADOS:

Foram entrevistados 84 mulheres e 61 homens, sendo que a média de idade é de 23 anos. 98% já compraram e utilizaram medicamentos sem receita médica, sendo que 52% disseram que o medicamento necessitava de receita para a compra, mas mesmo assim foi vendido na farmácia com orientação de um farmacêutico ou pelo próprio balconista. 62% dos estudantes entrevistados não têm hábito de ler a bula dos remédios. A maioria dos universitários (85%) disseram que a compra do medicamento era para uso próprio e os demais adquiriram para outras pessoas, como por exemplo: familiares, vizinhos e/ou outras pessoas. A motivação para a compra e utilização desses medicamentos, baseava-se em receitas antigas, do próprio universitário, ou por orientação de outras pessoas, como: os pais, parentes e amigos. No questionário elaborado havia sugestões de diferentes categorias de fármacos: mais de 70% utilizaram analgésicos e antiinflamatórios; 65% remédios antigripais, 25% antialérgicos e descongestionantes nasais e 4% corticóides quando necessário, sem prescrição médica. As principais doenças que levaram os acadêmicos a praticar a automedicação foram: Cefaléias (77%); resfriados (74%); febre (60%); alergias (28%); dermatites em geral (16%), entre outras patologias.

CONCLUSÃO:

Com base nos dados apresentados, é possível verificar que a prática da automedicação é algo comum e freqüente na vida dos universitários, conforme previsto anteriormente. Esse resultado mostra a necessidade de traçar estratégias de sensibilização com a comunidade acadêmica acerca do tema. O Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde e Prevenção de Doenças (GEPSau) da UFT/Araguaína, pretende elaborar uma cartilha contendo os riscos da prática da automedicação e distribuir entre os alunos e comunidade em geral, além de apresentar os dados obtidos – neste estudo – nos eventos locais como tentativa de minimizar esta prática, promovendo a utilização correta de fármacos, que deve ser via prescrição médica.

Palavras-chave: Automedicação, Universitários