63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 2. Clínica Odontológica |
AVALIAÇÃO DE FORAMINAS NA FURCA E ASSOALHO PULPAR DE MOLARES INFERIORES PERMANENTES |
Carine Weber Pires 1 Kátia Olmedo Braun 2 Leandro José Correa Harb 3 Fernanda Lavarda Ramos 1 Maria Gabriela Pereira de Carvalho 4 |
1. Departamento de Odontologia Restauradora, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM 2. Profa. Dra./Orientadora - Departamento de Odontologia Restauradora - UFSM 3. Departamento de Morfologia - UFSM 4. Departamento de Estomatologia - UFSM |
INTRODUÇÃO: |
Todo tratamento endodôntico pode levar a insucessos devido às alterações anatômicas internas. Dessa forma, na região interradicular de molares permanentes, podem existir canais acessórios que comunicariam foraminas do assoalho pulpar com a furca. Esse trabalho tem por objetivos avaliar as foraminas existentes no assoalho pulpar e na furca de 360 molares inferiores permanentes cedidos pela Disciplina de Anatomia e Escultura Dental do Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Santa Maria, utilizando dois métodos avaliativos, olho nu e microscópio odontológico, com aumento de 30x, bem como observar se há diferença na presença dessas foraminas em dentes com rizogênese completa e incompleta. |
METODOLOGIA: |
Foram utilizados 360 molares inferiores permanentes, incluindo dentes com rizogênese completa (260) e incompleta (100). Todos apresentavam assoalho da câmara pulpar intacto e foram armazenados em recipientes secos. Os mesmos foram reidratados em água destilada, seccionados até 1,5 mm apicalmente à furca e até 0,5 mm do assoalho pulpar. Após, foram imersos em hipoclorito de sódio 1% por 24 horas, lavados em água corrente, e secos à temperatura ambiente. Foram então armazenados individualmente em recipientes de vidro, numerados e tampados. Todas as amostras foram avaliadas pelo mesmo operador através da avaliação a olho nu (ON) e da avaliação com microscópio odontológico (MO) com ampliação de até 30x. |
RESULTADOS: |
Na avaliação a olho nu foram evidentes foraminas em 20,9% na furca e 1,9% no assoalho pulpar; pelo microscópio odontológico, encontrou-se foraminas em 62,1% em furca e 5% no assoalho pulpar. O grupo rizogênese completa apresentou foraminas em 61,1% na furca e 5,8% no assoalho pulpar; o grupo rizogênese incompleta com 64,7% na furca e 3% no assoalho pulpar. Os percentuais de foraminas encontradas, sem o auxílio de aumento, neste trabalho contrastam com os percentuais encontrados na literatura. Talvez isso ocorra devido à limitação desta avaliação (visão humana). Isto ficou evidente no presente trabalho, na qual em 7 amostras (1,94%), foram visualizadas foraminas a olho nu, mas que com o auxílio do microscópio odontológico (30x) não foram evidenciadas, comprovando a limitação do método. Ao realizar uma comparação entre os grupos rizogênese completa e incompleta, os percentuais foram muito próximos, fato este inesperado, embora esta amostra não apresentasse dentina reparadora ou reacional, era previsto que o grupo rizogênese incompleta apresentasse maior quantidade de foraminas. |
CONCLUSÃO: |
Diante das condições desenvolvidas neste estudo pode-se concluir que, pelas avaliações a olho nu e com microscópio odontológico, o número de foraminas é bem maior na furca que no assoalho pulpar, podendo ser sítios de deposição de placa bacteriana, dificultando a limpeza da região quando exposta na cavidade bucal; não houve maior número de foraminas no grupo rizogênese incompleta; e o uso do microscópio odontológico é uma ferramenta excelente para visualização dos detalhes anatômicos dentários. |
Palavras-chave: Microscópio Odontológico, Diafanização, Molares Inferiores Permanentes. |