63ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química |
OBSERVAÇÕES EM SALAS DE AULA E MODIFICAÇÕES NO ENSINO DE QUÍMICA: UM ESTUDO DE CASO |
Fabiano Moura Rubio 1 Maria Bruna de Souza 1 Antonio Rogério Fiorucci 1 Luzia Pires dos Santos Benedetti 1 Edemar Benedetti Filho 1 |
1. UEMS 2. UEMS 3. UEMS 4. UEMS 5. Prof. Dr./Orientador – Licenciatura em Química - UEMS |
INTRODUÇÃO: |
A preocupação atual dos professores é o aprendizado verdadeiro pelos alunos e não um aprendizado que no próximo bimestre eles não irão mais se lembrar do que foi estudado anteriormente. Para isso, idéias de como ensinar sem memorização surgem, mas não é tão simples por em prática o que é sugerido por pesquisadores da área ensino de química. É necessária uma contextualização do conteúdo, uma dinâmica em que os alunos compreendam que o que eles estão aprendendo de fato e fazer parte do seu cotidiano. A aprendizagem da Química deve dar subsídios aos alunos para que haja compreensão de mudanças ocorridas à sua volta. Deve dar base para que os alunos compreendam e saibam julgar, as informações recebidas, para que assim consiga dar sua contribuição como individuo. Não basta no meio de uma explicação citar que determinado assunto é do dia-a-dia do aluno, mas é importante que os alunos saibam lidar com situações reais e terem conhecimento necessário para entendê-los. O objetivo principal deste trabalho foi o estudo do sistema de aula empregado pelos professores na disciplina de Química em turmas do ensino médio através de observações durante um período letivo. |
METODOLOGIA: |
A pesquisa foi realizada acompanhando aulas de um professor da rede estadual de Dourados-MS, nas turmas de primeiros anos. Foram realizadas observações sobre o modo de ensino, sobre a receptividade dos alunos, sobre o desempenho da sala. Essas observações foram coletadas em diários de campo feitos pelos alunos participantes da pesquisa que foram até as escolas e assistiram às aulas programadas pelo professor. Observou-se como eram passados aos alunos os conteúdos e a assimilação por partes deles. Escolheram-se turmas de primeiro ano do ensino médio devido este ser o primeiro contato mais profundo com a química no âmbito escolar, desta forma o ensino deveria ser o mais cativante possível, para despertar nos alunos interesse nesta disciplina, visto que a química é uma das disciplinas mais rejeitadas pelos alunos, como é comum o seguinte diálogo: os alunos...”apresentam dificuldades em assimilar os conceitos químicos porque os assuntos são abordados de forma a distanciar da realidade, se tornando pouco interessantes”. Observou-se se havia contextualização nas aulas e se isso poderia melhorar o desempenho da turma. Através destes resultados coletados elaboraram o panorama deste sistema de aprendizado. |
RESULTADOS: |
Constatou-se que grande parte das aulas era ministrada de forma igual entre todas as turmas, independente do nível dos alunos. Utilizava-se apenas quadro e giz, não havia aulas diferenciadas, utilização de atividades extras, percebia-se que muitos dos alunos não conseguiam acompanhar os conteúdos. Segundo Ausubel “a aprendizagem deve ser significativa e não decorada de forma mecânica”. O aprendizado apresentado pelo professor não contemplou esta teoria, foi uma instrução decorativa e sem a contextualização dos temas apresentados, em contrapartida do que estabelece a LDB. Uma forma útil de despertar o interesse e melhorar a compreensão dos alunos é o emprego de atividades extras ao aprendizado tradicional, como o uso de lúdico e de experimentação. Estas atividades podem tornar o ensino mais prazeroso e dinâmico, despertando, desta forma a vontade de aprender dos alunos, como observados em trabalhos passados realizados pelo grupo de pesquisa. Nas aulas onde foram realizadas as pesquisas não houve interação aluno-professor, diálogo, não se construiu o conhecimento. Questões epistemológicas não foram apresentadas, refletindo no desinteresse e em não optar por realizar inscrições no vestibular na área de Química, fato observado durante as entrevistas com os alunos. |
CONCLUSÃO: |
Após o acompanhamento das aulas e das observações feitas, percebe-se que um ensino tradicional onde há apenas a transmissão de conhecimento não funciona em tempos modernos. É necessária uma contextualização dos temas de uma maneira mais efetiva, uma interdisciplinaridade e principalmente inovações que tragam benefícios ao ensino, aumentado as relações entre os alunos e com o professor. |
Palavras-chave: Ensino tradicional, Aprendizagem Significativa, Relação aluno professor. |