63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
Produtividade de Mizuna [Brassica rapa subsp. nipposinica (L.H. Bailey) Hanelt] submetida a diferentes doses de Composto em sistema de cultivo orgânico
Jéssica Estábile Dantas 1
Marcos Silvano da Silva 2
Elcimeire Maria Pereira 3
Marciana Cristina da Silva 4
Adilson Luiz Pereira 5
Wilson Mozena Leandro 6
1. Graduanda em Agronomia - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG e voluntária, CNPq
2. Bolsista de Iniciação a Extensão, CNPq - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG, e ATP B, CNPq
3. Bolsista de Iniciação a Extensão, CNPq - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG, e ATP B, CNPq
4. Mestranda em Agronomia - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG e bolsista CNPq em EXP 3
5. Mestrando em Agronomia - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG e bolsista CNPq em EXP 3
6. Prof. Dr. Orientador - Setor de Ciências do Solo - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG
INTRODUÇÃO:
A Mizuna japonesa (Brassica rapa var nipposinica) é uma das mais saborosas verduras asiáticas. Muito fácil de cultivar, de crescimento rápido, suas folhas serradas de um verde forte podem ser usadas em saladas, podem ser fritas ou cozidas. Com seu sabor de mostarda é sempre um complemento muito especial para qualquer refeição. São de alto teor de vitaminas e substâncias minerais. Desde a antiguidade é cultivada em Kyoto, conhecida lá como kyoona. É possível encontrar esta hortaliça no mercado o ano inteiro, mas a melhor época para consumi-la é entre dezembro e março. É uma ótima fonte de vitamina A, que ajuda a proteger mucosas de nariz e garganta do ar seco e frio do inverno. Contém também vitamina C, que é importante para aumentar a resistência do organismo contra infecções. Possui ainda caroteno, ferro e cálcio. O gosto de mizuna tem sido descrito como um sabor picante, mas menos do que rúcula. A compostagem é um processo biológico, governado por bactérias, fungos e actinomicetos. A adição de mais um componente biológico ao processo de compostagem, representado pelas minhocas, associado à utilização de uma fonte orgânica pobre em fósforo, como o bagaço de cana-de-açúcar, são fatores que tendem aumentar o dreno de fósforo e deslocar o equilíbrio das reações que o envolvem, proporcionando alterações nas suas formas.
O objetivo deste trabalho foi o efeito de diferentes doses e de compostos orgânicos no desenvolvimento e crescimento da Mizuna.
METODOLOGIA:
O experimento foi realizado na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia-GO. As plantas foram conduzidas em estruturas de cultivo protegido, tipo arco, com 20 m de comprimento, largura de 7m e pé direito de 1,8m. As mudas foram transplantadas, dia 5/01/2011, em vasos de plástico com capacidade de 1 litro, sendo cultivada uma planta por vaso. O solo empregado para encher os vasos foi proveniente de uma área em transição a agricultura orgânica a mais de dois anos sem uso de agrotóxicos e fertilizantes solúveis. O experimento foi montado em delineamento em blocos ao acaso em arranjo fatorial com 5 doses, referentes a 0, 30, 60, 90 e 120 t ha-1, com 3 tipos de compostos e 5 repetições. Os compostos empregados foram: C1 – Esterco de curral de bovinos + palha de grama na proporção de 1:2 + rochagem de kamafugito (6 t ha-1 de Kamafugito); C2 – Esterco de curral de bovinos + palha de grama na proporção de 1:2 e C3 – Esterco de curral curtido. As plantas foram irrigadas por meio de aspersão. Foram avaliadas as características de produção em fitomassa de parte aérea e raiz (g) por planta. Os resultados foram submetidos à análise de variância e, em caso de efeito significativo, de acordo com teste F para tratamentos, foi realizada a análise de regressão para verificar o efeito de doses de composto nas características avaliadas por meio do software SAS, nos procedimentos glm.
RESULTADOS:
Foram efetuados os testes F a 1% e 5% de significância e posteriormente foi feito teste Tukey. Houve diferença significativa entre as médias dos tratamentos nas variáveis relacionadas ao crescimento e desenvolvimento da planta. Observou-se que o composto C1 apresentou maiores valores nas variáveis altura de planta, número de folhas e peso seco da parte aérea. No teor relativo de clorofila e na massa de matéria seca da parte aérea não houve diferenças entre os compostos estudados. O mesmo comportamento foi observado para o diâmetro do caule e massa de matéria seca da raiz. As doses de 90 e 120 t ha-1 de composto obtiveram as melhores nas variáveis estudadas.
CONCLUSÃO:
Houve resposta da aplicação dos compostos em solos do cerrado, destacando-se o composto 1. As melhores doses foram as de 90 a 120 t ha-1.
Palavras-chave: Resíduos orgânicos, Agroecologia, Extensão Tecnológica.