63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica |
AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE Aeollanthus suaveolens Mart. ex Spreng (LAMIACEAE) EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE LUMINOSA |
Celyane dos Reis Batista 1 Brenna Celina Ferreira de Carvalho 1 Adrielle Nara Serra Bezerra 2 Irislene Costa Pereira 3 Elaine Cristina Pacheco de Oliveira 4 Rosa Helena Veras Mourão 4 |
1. UFOPA, Santarém, Acadêmicas da Faculdade de Ciências Biológicas, Bolsistas IC 2. UFOPA, Santarém, Acadêmica da Faculdade de Ciências Biológicas 3. UFOPA, Santarém, Mestranda em Recursos Naturais da Amazônia 4. UFOPA, Santarém, Lab. de Bioprospecção e Biologia Experimental/Orientadoras |
INTRODUÇÃO: |
Os óleos essenciais (OE) são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, com baixo peso molecular, geralmente odoríferas e líquidas, constituídos na maioria das vezes, por moléculas de natureza terpênica. Frequentemente apresentam odor agradável e marcante (MORAIS, 2009). Os diversos fatores abióticos e bióticos decorrentes do ambiente, como temperatura, luminosidade, sazonalidade, podem estar diretamente associados com a produção de metabólitos secundários e conseqüentemente, com o rendimento do OE. A família Lamiaceae apresenta diversas plantas com potencial aromático, dentre elas destaca-se Aeollanthus suaveolens Mart. ex Spreng, uma espécie conhecida popularmente no Estado do Pará como catinga de mulata, por ser uma planta aromática é muito utilizada na preparação de “banhos de cheiro” (AZEVEDO, 2007). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da intensidade luminosa no rendimento do OE de A. suaveolens. |
METODOLOGIA: |
A espécie A. suaveolens foi coletada no Projeto Farmácia Viva coordenado por professores da Universidade Federal do Oeste do Pará, localizado na Rodovia Everaldo Martins, Km 22, estrada que liga o município de Santarém-Pa ao balneário de Alter-do-chão, no mês de março de 2011, época referente ao período chuvoso na região. O material vegetal foi coletado separadamente em canteiros com sombreamento a 50% (T1) e em canteiros a pleno sol (T2). Após a coleta, a parte aérea da planta foi submetida à secagem em estufa com circulação de ar a 40°C, até se obter a perda total de umidade. A biomassa seca proveniente dos diferentes tratamentos, T1 e T2, foi submetida à hidrodestilação, em aparelho tipo Clevenger (MING et al., 1996), por três horas e em triplicata. O cálculo do rendimento foi realizado através da relação entre o volume do OE obtido e a biomassa seca utilizada na extração. Para a análise estatística foi utilizado o teste de Tukey ao nível de 1% de probabilidade, usando o software Bioestat 4.0. |
RESULTADOS: |
O percentual médio de rendimento de OE em T1 foi 1,15±0,1%, o qual diferiu significativamente de T2 (2,5±0,18%), pelo teste de Tukey ao nível de 1% de probabilidade de erro. O melhor rendimento de OE foi obtido dos canteiros a pleno sol, esse fato pode estar relacionado a fatores abióticos, como luminosidade e radiação. Hornok (apud Bernáth,1992) verificou que a sombra reduz significativamente o conteúdo de óleo volátil de Mentha piperita L. Estudos sobre o tomilho Thymus vulgaris L. mostraram o efeito da radiação sobre o desenvolvimento dos tricomas glandulares, estruturas vegetais responsáveis pelo armazenamento do OE (YAMAURA, 1989). Diferentes níveis de radiação apresentaram rendimentos distintos de OE em Lippia Alba, onde o rendimento máximo foi obtido no mais alto nível de irradiação (VENTRELLA & MING, 2000). Esses dados corroboram com os resultados obtidos neste estudo, mostrando que o rendimento do OE pode estar sendo influenciado pela intensidade luminosa. |
CONCLUSÃO: |
A intensidade luminosa influenciou significativamente o teor de OE de Aeollanthus suaveolens. O maior rendimento de óleo volátil foi obtido das plantas cultivadas a pleno sol. |
Palavras-chave: Óleos Essenciais, Intensidade Luminosa, Aeollanthus suaveolens. |