63ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública |
IMPLICAÇÃO DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICO DEGENERATIVAS EM PESSOAS IDOSAS |
Lúcia Midori Damaceno Tonosaki 1 Luzia Wilma Santana da Silva 2 Camila Fabiana Rossi Squarcini 3 Mônica Alves Souza 1 Priscila da Cruz Silva 4 Lucas Vinícius Bulhões Ribeiro 4 |
1. Depto. de Saúde, Educação Física - UESB 2. Profa. Dra./Orientadora – Depto. de Saúde - UESB 3. Profa. Ms./co-orientadora – Depto. de Saúde - UESB 4. Depto. de Saúde, Enfermagem - UESB |
INTRODUÇÃO: |
O exercício físico trás benefícios para a saúde das pessoas independentemente da sua idade, porém, o sedentarismo que acomete uma grande parcela da sociedade moderna, independente do gênero, da idade ou da classe social tem ação danosa no processo saúde-doença. Conforme a Organização Mundial da Saúde 1,9 milhões de pessoas anualmente morrem no mundo em decorrência da inatividade física. A prevalência de adultos inativos é em média 17% e a de pessoas que realizam atividade física insuficiente é de 41%, ou seja, em ambos os casos a maior parcela da população mundial está na condição de sedentária ou insuficientemente ativa. O sedentarismo está associado a inúmeras patologias. Dentre elas, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM), um sério problema de saúde pública mundial, pois acometem tanto adultos jovens como idosos. Neste ultimo, encontram-se os de maior incidência. Neste direcionamento, o objetivo deste estudo é verificar a contribuição do Exercício Físico Aeróbio no tratamento de doenças crônico-degenerativas na pessoa idosa com a co-participação do sistema familiar. |
METODOLOGIA: |
Estudo de abordagem quanti-qualitativa, realizado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Jequié-BA, no Projeto tipo “guarda-chuva” intitulado: “Programa de Exercício Físico para pessoas com Diabetes e pessoas com Hipertensão Arterial e seus Familiares”, da UESB, no segundo semestre/2010. Pesquisa aprovada pelo CEP-UESB (Protocolo n° 214/2008), em respeito a Resolução 196/96. Os sujeitos foram 31 idosos portadores de HAS, dentre esses, 9 de DM tipo 2 e seus familiares, cadastrados em unidades de Estratégia da Saúde da Família em Jequié- BA, e no Projeto de extensão e ação Continuada Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Extensão à Saúde da Família em Convibilidade com Doenças Crônicas (NIEFAM). Os instrumentos de coletas foram: ficha clínica de avaliação morfofisiológica, questionário de avaliação participante e diário de campo. O programa de exercício físico seguiu o American College of Sports Medicine. Os participantes foram orientados por uma equipe docentes/discentes dos Cursos de Educação Física, Enfermagem e Fisioterapia da UESB, a qual acompanhava a avaliação física e o estado de saúde dos participantes. A análise dos dados foi expressa por média ± desvio padrão utilizou-se o teste T de Student. Considerou-se significativo p < 0,05. |
RESULTADOS: |
A atividade física comprovadamente enunciada na comunidade cientifica como tratamento não farmacológico de doenças crônico-degenerativas, também foi validada no estudo ora apresentado, o qual vem contribuir para o estado da arte, reforçando assim, sua ação nos sistemas cardiocirculatório, respiratório, endócrino, musculoesquelético, entre outros, e, sobretudo, no âmbito psicoemocional dos sujeitos do estudo. A análise estatística demonstrou ser significativamente positiva os efeitos da atividade física no controle da HAS e DM tipo 2. Os dados conferem redução na HAS de 136,13 mmHg (±14,30) para 128,06 mmHg (±14,70) e a PA diastólica passou de 81,29 mmHg (±9,57) para 75,48 mmHg (±9,61). DM tipo 2 os valores passaram de 154,60 (±45,17) mm/dl, para 118,80 (±22,67). Com relação ao teste de Cooper não houve um uma melhora significativa, passando de 11,86 ml/kg/min (±4,53) para 12,48 ml/kg/min (±4,75), VO2máx foi calculado de maneira indireta. À distância percorrida no teste de Cooper também não apresentou aumento não significativo de 1,04 km (±0,20) para 1,06 km (±0,21), tendo em vista que fatores externos influenciaram no resultado final do teste. |
CONCLUSÃO: |
O Treinamento Físico Aeróbio teve efeito significativo na saúde dos indivíduos e seus familiares. Referindo-se aos índices glicêmicos e pressóricos, o exercício físico agiu no tratamento não farmacológico, contribuindo significativamente na redução da pressão arterial sistólica e diastólica e nos índices glicêmicos, promovendo maior VO2 máx, conferindo assim, melhora na circulação cardiorrespiratória. Destes dados, tem-se que houve, melhoria expressiva comprovada a partir da análise estatística e compreensivamente verificada na análise qualitativa, sendo enunciado pelos sujeitos do estudo sua maior dinamicidade nas atividades básicas de vida diária, quanto as atividades laborais domésticas, as atividades de lazer com a família, ao sono mais tranqüilo e contínuo, e, sobretudo, no seu processo inter-relacional com o convívio com outras pessoas e sua família no programa de atividade física desenvolvida na UESB. Destaque se faz ainda, na influencia positiva da atividade física para a auto-estima e o auto cuidado dos sujeitos do estudo. |
Palavras-chave: Idoso, Família, Exercício Físico Aeróbio. |