63ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 1. Biologia e Fisiologia dos Microorganismo |
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA FÚNGICA EM MEIO SUPLEMENTADO COM TRÊS CASCAS DE MADEIRAS AMAZÔNICAS |
Cássia Valente da Silva 1,5 Milade dos Santos Carneiro Cordeiro 2,5 Ademir Castro e Silva 3,5 Adriana da Silva Nunes 4,5 Izabel Cristina Conceição dos Santos 4,5 |
1. ALUNA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA 2. Profª Drª./ Orientadora 3. Profº Drº./ Co-orientador 4. Aluna de Mestrado 5. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA |
INTRODUÇÃO: |
Os fungos lignocelulolíticos têm uma variedade de potenciais que podem encontrar emprego nos mais diversos ramos da industria, em função da variedade de enzimas que são capazes de produzir. Os fungos degradadores de madeira produzem enzimas extracelulares específicas para o processo de quebra dos compostos presentes na parede celular do vegetal, enzimas estas ambicionadas pela indústrias, como a do couro, cosméticos, farmacêutica, etc . A região do Baixo Amazonas possui uma variedade inestimável no que diz respeito a sua flora fúngica e vegetal, na maioria das vezes ausente de informações sobre suas potencialidades e aplicabilidades, podendo ser capaz de fornecer microrganismos com potenciais variados aplicáveis nos diversos setores da indústria biotecnológica. Dentre esses potenciais encontra-se a biomassa fúngica que pode ser empregada na fabricação de alimentos e na biorremediação do solo contaminado com metais pesados. Portanto, o objetivo desse projeto foi avaliar a influência de resíduos obtidos de três cascas de arvores amazônicas no crescimento e produção de biomassa fúngica em estado de fermentação sólida. |
METODOLOGIA: |
Foram coletados carpóforos de fungos no perímetro urbano e rural do município de Parintins-AM. Os fungos foram codificados e pequenos fragmentos foram inoculados no meio da placa de Petri contendo meio BDA por cinco dias . Após esse período pequenas amostras de micélio foram retiradas da extremidade de crescimento e inoculados novamente em meio BDA para a produção de cultura pura. Para a preparação do substrato foram utilizadas cascas de madeiras amazônicas, que foram secas ao ar livre , posteriormente, em estufa elétrica a 40°C até peso constante. O material seco foi triturado e a “farinha” produzida foi utilizada como substrato de crescimento em meio sólido. Para a preparação do meio de cultura foram utilizados: 15g de Agar, 5g de dextrose, farinha de casca de árvores amazônicas: ipê, massaranduba e ucuúba e 1000mL de água destilada. Foram mensurados os crescimentos em placa de Petri nos meios incubados à temperatura ambiente (26 ± 2°C). A medição do crescimento foi realizado a cada 24 horas por um período de cinco dias ou até o preenchimento total da placa. O crescimento foi mensurado através da progressão linear da fronteira micelial, feita com régua milimetrada na base de cada placa de Petri, com medidas tomadas em duas direções perpendiculares. |
RESULTADOS: |
Foram analisados o crescimento micelial em quatro amostras de fungos basidiomicetos coletados na região amazônica no perímetro urbano e rural da cidade de Parintins-AM, localizada a 420 km da cidade de Manaus. As quatro espécies apresentaram características semelhantes.Foram feitas análises de crecimento micelial durante 48h em concentração 2% e 72h em concentração 4%. Para isso utilizou-se meio de cultura com substratos de diferentes cascas de madeiras sendo elas: Ipê, massaranduba e Ucuuba, todas de árvores da região amazônica. |
CONCLUSÃO: |
De acordo com dados obtidos, em valores absolutos o maior crescimento ocorreu em meio acrescido com a casca de ucuúba.Na concentração 4% o maior crescimento ocorreu em meio acrescido com a casca de ucuúba, seguida da produção em casca de massaranduba e por fim com a casca de ipê. Em valores percentuais a maior produção foi do fungo CV-39, seguido de CV-50, com menores produções os fungos CV-29 e CV-45. De modo geral, a maior produção de biomassa para todos os fungos ocorre em 24h de crescimento. |
Palavras-chave: Fungo lignocelulolíticos, biomassa, madeiras amazônicas. |