63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 4. Engenharia de Água e Solo |
EFEITOS DA IRRIGAÇÃO E ADUBAÇÃO NO CRESCIMENTO DE PLANTAS JOVENS DE PEQUIZEIRO NO CERRADO |
Luis Henrique Antunes Barbosa 1 José Alves Júnior 2 Adão Wagner Pego Evangelista 3 Wilson Mozena Leandro 3 Ronaldo Veloso Naves 3 Regis de Castro Ferreira 3 |
1. Graduando em Agronomia, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG. 2. Prof. Dr. / Orientador - Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG. 3. Prof. Dr. / Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos - UFG |
INTRODUÇÃO: |
O Cerrado brasileiro é considerado o ecossistema tropical de savana mais rico em biodiversidade do mundo, com cerca de 10 mil espécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas desse ambiente. Espécies frutíferas nativas do Brasil, principalmente do Cerrado, têm sido relembradas e exaltadas freqüentemente quanto às suas qualidades como produtoras de frutos ou outros produtos para o aproveitamento humano. Dentre todas as espécies apontadas como economicamente viáveis para o cerrado, o pequizeiro apresenta um dos maiores potencial. Diversos estudos vêm sendo realizados sobre espécies nativas do Cerrado, porém informações baseadas em pesquisa científica, acerca das espécies frutíferas do cerrado são ainda escassas. Aspectos agronômicos destas frutíferas são pouco estudados. Assim no presente trabalho objetivou-se avaliar o índice de sobrevivência e o crescimento de plantas jovens de pequizeiro, irrigadas, comparadas às de sequeiro, conduzidas com e sem adubação de cobertura, visando plantas mais vigorosas, com maior volume e/ou densidade de copa, já no início de sua fase produtiva. |
METODOLOGIA: |
O estudo foi realizado na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), em Goiânia-Go. O pomar foi estabelecido com 120 mudas de pequizeiro espaçadas 5 m x 5 m, no mês de julho de 2008. O experimento foi iniciado em Abril de 2010 utilizando o delineamento em blocos completos casualizados com parcelas subdivididas com seis repetições. Cada repetição com dezesseis plantas sendo oito irrigadas e oito de sequeiro, constituindo as parcelas. Cada subparcela foi constituída por quatro plantas com e outras 4 sem adubação de cobertura. A adubação de cobertura foi realizada no período chuvoso (Novembro de 2010), utilizando composto orgânico, carvão e Yoorin. O sistema de irrigação utilizado foi microaspersão o qual era utilizado durante o período seco do ano e no período chuvoso quando necessário. A quantidade de água a ser aplicada em cada irrigação foi estimada com base na evaporação do Tanque Classe A (ECA), obtida na estação da EA/UFG. O crescimento das plantas foi avaliado mensalmente com base na altura da planta utilizando uma régua; diâmetro do caule a 10 cm acima do solo utilizando um paquímetro, e o número de ramos. Os dados de cada tratamento foram analisados para avaliar os efeitos da irrigação e da adubação de cobertura no crescimento das plantas. |
RESULTADOS: |
Observou-se que o pequizeiro (Caryocar brasiliense camb.) não respondeu a nenhum dos tratamentos no qual foi submetido. Com base nas avaliações de altura de planta, diâmetro do caule a 10 cm acima do solo e número de ramos, feitas mensalmente no pequizeiro, não se notou diferenças entre estas variáveis quando submetidos aos tratamentos: irrigação, sequeiro, com adubação e sem adubação. Com a aplicação dos tratamentos esperou-se obter maior índice de crescimento nas plantas irrigadas e adubadas. Porém, estatisticamente, o crescimento das plantas, não apresentou diferenças significativas em altura, diâmetro do caule e número de ramos. Mostrando-se assim uma planta bem adaptada as condições de cerrado. Ou provavelmente devido ao curto período em que as plantas foram submetidas à condição de adubação e irrigação. Os resultados sugerem que o pequizeiro por ser uma cultura perene e de ciclo longo, continuadas avaliações deverão ser realizadas no intuído de avaliar o comportamento do crescimento do pequizeiro até a fase reprodutiva estimada de 6 a 8 anos. |
CONCLUSÃO: |
Nas condições em que este estudo foi realizado, conclui-se que a irrigação e adubação não influenciram no crescimento vegetativo de plantas jovens de pequizeiro, nos primeiros anos de instalação do pomar, na região do cerrado. Pode-se verificar que o índice de pegamento das mudas de pequizeiro transplantadas foi de 100% e que as plantas apresentaram um ritmo de crescimento considerado normal para as condições da espécie. |
Palavras-chave: Frutíferas nativas, Caryocar brasiliense camb., Pequi. |