63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
PRODUÇÃO DO SORGO FORRAGEIRO EM FUNÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO E DE SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO |
Nilvan Carvalho Melo 1 Antonio Rodrigues Fernandes 2 Vicente Filho Alves Silva 1 Jessivaldo Rodrigues Galvão 3 |
1. Instituto de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA 2. Profº. Dr./Orientador – Instituto de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA 3. Dr. - Instituto de Ciências Agrárias (ICA)/UFRA |
INTRODUÇÃO: |
O sorgo (Sorghum bicolor , L. Moench) é uma cultura em cujo contexto da agropecuária brasileira vem se destacando a cada dia, por ser uma gramínea bastante energética, com alta digestibilidade, produtividade e adaptação a ambientes secos e quentes, onde é difícil o cultivo de outras espécies. (Pompeu, 2003). Para o cultivo do sorgo, assim como para qualquer outra cultura inserida num sistema de rotação ou sucessão, é necessário proporcionar as condições mínimas de solo para que a cultura se desenvolva normalmente (Alvarenga et al., 2003). Dessa forma, é de grande importância o manejo de solo, visando uma melhor qualidade nutricional de modo a promover o rápido estabelecimento da cultura. Dentre os nutrientes que mais tem limitado a produção das culturas, pela baixa disponibilidade no solo, encontra-se o potássio. Com a cultura do sorgo não é diferente, pois o potássio é extraído e exportado em grande quantidade. Portanto, o conhecimento das exigências nutricionais do sorgo em relação ao potássio, é indispensável a um manejo adequado da fertilidade do solo. O objetivo do trabalho foi avaliar a produção de massa seca da parte aérea do sorgo, em função de sistemas de manejo e doses de potássio, em área de baixa fertilidade. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi instalado no município de Belém/PA, na área experimental do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) no campus da UFRA. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, arranjado num esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Os fatores foram quatro doses de potássio (50, 100, 200 e 300 kg ha-1) na forma de KCl, e dois sistemas de manejo: plantio direto e plantio convencional. As parcelas experimentais constaram de 1,5m de largura por 4m de comprimento dividido em quatro linhas, espaçadas em 0,5 m uma das outras. As sementes foram plantadas em sulcos utilizando 15 sementes/m linear. A adubação potássica foi feita em duas etapas: a primeira foi feita na linha por ocasião do plantio e a segunda trinta dias depois da primeira entre plantas, na linha de plantio, a uma profundidade aproximada de 3 cm. Foram coletadas amostras de oito plantas da área útil de cada parcela para avaliação da massa seca da parte aérea (MSPA). O material vegetal da parte aérea, do sorgo, foi seco em estufa 60-70ºC e pesado. A produção de MSPA foi submetida à análise de variância e estudos de regressão, através do ajuste das equações em função das doses de potássio aplicadas, e quando pertinentes comparadas pelo teste de média (Tukey 5%). |
RESULTADOS: |
A massa seca da parte aérea do sorgo no sistema de plantio direto atingiu uma produção de 10690 kg ha-1, que foi superior ao plantio convencional, com produção de 9319 kg ha-1. As doses de potássio exerceram influências significativas na produção de MSPA no plantio direto, com ajustes ao modelo quadrático de regressão. Foi observado aumento progressivo na produção até a dosagem de 200 kg ha-1, ocorrendo a partir dessa uma redução, com o aumento das doses. O rendimento máximo estimado foi encontrado com a dose de 172 kg ha-1 de KCl para uma produção de 11587 kg ha-1 de MSPA. No plantio convencional o efeito foi significativo, e o melhor ajuste se deu de forma linear com crescimento da produção de MSPA à medida que se aumentou as dose de potássio. A maior produção de MSPA e o aumento da produção promovido pelo potássio, até a dose de 200 kg ha-1, no sistema plantio direto, provavelmente está relacionado com a maior capacidade do solo de acumular nutrientes, principalmente P e K na superfície do solo, nesse sistema e conforme De Maria et al. (1999) a redução da lixiviação de nutrientes. Segundo Leite et al. (1991), a ausência de adubação potássica resultou em produções de MSPA muito baixa, cujos valores foram menores que os observados neste estudo. |
CONCLUSÃO: |
O rendimento máximo de massa seca da parte aérea estimado foi obtido com a dose estimada de 172 kg ha-1 de KCl. |
Palavras-chave: Sorghum bicolor, Adubação potássica, Manejo do solo. |