63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE FOLÍOLOS MEDIANOS E DO PSEUDOFRUTO DE CULTIVARES DE MORANGUEIRO CULTIVADOS EM CASA DE VEGETAÇÃO |
Ivan de Almeida Machado Coelho 1 Olívia de Almeida Machado Coelho 2 Antonio Rafael da Silva Mesquita 1 Tágory Clementino da Silva 1 José Edson de Lima Torres 1 José Machado Coelho Júnior 3 |
1. Aluno do curso de Engenharia Florestal - Depto. de Ciência Florestal - UFRPE 2. Aluno do Curso de Ciências Biológicas - Depto. de Biologia - UFRPE 3. Profº. MSc. Orientador - Depto. Acadêmico de Infra Estrutura de Construção Civil - IFPE |
INTRODUÇÃO: |
O morangueiro pertence à família das Rosaceae, ao gênero Fragaria e a espécie Fragaria X ananassa Duch. É um híbrido originário do cruzamento de duas espécies, Fragaria chiloensis e Fragaria virginiana (Silva, 2007). O morango é um pseudofruto carnoso e suculento de coloração de vermelho intenso. Possui em sua extremidade os frutos verdadeiros denominados aquênios (Camargo, 1963). O morango é rico em frutose e sacarose e pobre em carboidrato. Quando o morango é consumido numa refeição bem balanceada, há uma reação química que triplica os índices de absorção presentes nos vegetais, ovos e carnes. Atualmente, o morangueiro é uma cultura de grande importância econômica e social em diversos países do mundo, principalmente os Estados Unidos e alguns países da Europa. A produção brasileira em 2006 foi de 2.786 toneladas plantadas numa área de 361 hectares (FAO, 2006). Diante disto, o objetivo do presente trabalho é a abertura de novas fronteiras em climas atípicos para cultivo em região com temperaturas mais elevadas. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido em condições hidropônicas no Departamento de Agronomia, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram utilizados 7 cultivares. As mudas de morangueiro foram transplantadas para vasos de polietileno com capacidade de 2,4 litros contendo pó-de-coco e irrigadas diariamente com solução nutritiva da seguinte forma: nos 15 primeiros dias foram feitas irrigações com solução nutritiva às: 7, 12 e 17 horas. Após o décimo quinto dia foram feitas duas irrigações nutritivas segundo Castellane (1995) nos horários das 9 e 16 horas. A partir do sexagésimo dia (após floração) foi acrescentado sulfato de potássio e cloreto de potássio. No nonagésimo dia foram transplantadas para vasos de 5 litros. O período de avaliação foi do experimento foi de 15 de fevereiro até 3 de julho de 2010. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada vaso uma parcela. A caracterização morfológica da planta e dos pseudofrutos iniciou-se aos 60 dias após o transplante. |
RESULTADOS: |
Dentre as cultivares estudadas, Toyonoka foi à única que apresentou hábito de crescimento semi-ereto. As demais cultivares apresentaram hábito de crescimento ereto, cuja faixa de classificação situou-se entre 60 e 90º (Passos, 1994). As cultivares Diamante e Aromas foram as mais eretas. O porte ereto é mais favorável a planta, pois permite melhor arejamento no cultivo, o que diminui a incidência de pragas e doenças (Corso, 2006). Considerando a altura da planta de acordo com a classificação estabelecida por Vidal et al (2006), todas as cultivares se enquadram na categoria de plantas altas, maiores que 15 cm, exceto as cultivares Diamante e Aromas e Dover, que se enquadraram na categoria intermediário. Com relação ao número de folhas produzidas verifica-se que a cultivar Dover superou as cultivares Toyonoka, Diamante e Aromas, podendo essa característica diferenciá-la nas condições estudadas. A quantidade de flores emitidas durante o experimento foi bastante reduzida. A cultivar Aromas não apresentou floração. Ventana foi a que mais emitiu flores entre as cultivaras estudadas, seguida da Camino Real, Dover, Sweet Chalie, Camarosa e Diamante. Na época de maior produção, entre 60 e 90 dias, somente os cultivares Camino Real, Diamante, Sweet Charlie e Ventana produziram pseudofrutos. |
CONCLUSÃO: |
Podem ser indicados os descritores morfológicos para número de folhas para Dover, Aromas e Verdana, posição do estigma em relação às anteras para Diamante, posição das inflorescências, em relação as folhagem para Camino Real, posição dos aquênios para Camino Real e Diamante e coloração dos aquênios para Sweet Charlie. |
Palavras-chave: Morango, Fragaria, Hidropônica. |