63ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo |
Produtividade de alface roxa (Lactuca sativa L.) submetida a diferentes doses de Composto em sistema de cultivo orgânico |
Alexandre Luís Pureza Machado 1 Benedita Chombela Palanga 2 Lorena Francielle Pimentel Ferreira 3 Marciana Cristina da Silva 4 Virginia Damin 5 Wilson Mozena Leandro 5 |
1. Bolsista de Iniciação a Extensão, CNPq 2. Bolsista de intercambio com Angola - CAI-UFG e de PIVIC 3. Voluntária de IC na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, UFG 4. Mestranda em Agronomia, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, UFG 5. Prof. Dr. Orientador, Setor de Ciências do Solo, Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, UFG |
INTRODUÇÃO: |
A alface (Lactuca sativa L.) pertence à família das Compostas (atual, Asteráceas), é planta anual, cultivada desde a antiguidade. As suas folhas foram modificadas e aumentadas progressivamente, através dos séculos, constituindo hoje, a hortaliça mais popular para consumo como salada (MURAYAMA, 1976). A agricultura orgânica é freqüentemente entendida como a que não faz uso de produtos químicos. Também há uma falsa crença de que ela representa um retrocesso a práticas antieconômicas de décadas passadas e à produção de subsistência de pequena escala, usando métodos agronômicos já superados. A realidade, porém é outra. Os métodos alternativos de agricultura são métodos modernos desenvolvidos em sofisticados e complexos sistemas de técnicas agronômicas, cujo objetivo principal é a exploração econômica por longo prazo, mantendo o agroecossistema estável e auto-sustentável. Atualmente, muita atenção tem sido dada à compostagem com adição de minhocas. Este processo provoca alterações qualitativas e quantitativas das substâncias húmicas dos materiais orgânicos, a partir da ação combinada das minhocas e da microflora presente no trato digestivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de compostos orgânicos na produtividade de alface. |
METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia-Goiás em casa de vegetação. O experimento foi montado em delineamento em blocos ao acaso em arranjo fatorial com 5 doses, três tipos de compostos e 5 repetições. Os tratamentos consistiram em diferentes doses de composto referentes a 0, 30, 60, 90 e 120 t ha-1. Os compostos empregados foram: C1 – Esterco de curral de bovinos + palha de grama na proporção de 1:2 + rochagem de kamafugito (6 t ha-1 de Kamafugito); C2 – Esterco de curral de bovinos + palha de grama na proporção de 1:2 e C3 – Esterco de curral curtido. O solo empregado para encher os vaso foi oriundo de uma área em transição a agricultura orgânica a mais de dois anos sem uso de agrotóxicos e fertilizantes solúveis e na safra anterior foi cultivada com Crotalaria juncea. A alface utilizada foi do grupo bailarina roxa (cultivar piraroxa), sendo transplantada nos vasos no mês de janeiro. Os vasos foram irrigados por aspersão conforme a necessidade da cultura. Aproximadamente 50 dias após o plantio, a alface foi colhida. Após a colheita, foi feita a pesagem da parte área e raiz. Os dados foram submetidos a análise de variância e de regressão polinomial por meio do software SAS, nos procedimentos glm. |
RESULTADOS: |
Com os dados obtidos foram realizados o teste F, e o teste Tukey a 5%. Todos os compostos apresentaram nutrientes em quantidades suficientes para a o incremento da produção, sendo que o composto C1 e C3 apresentaram um melhor rendimento em altura e número de folhas, em relação composto C2, além de o composto C3 ter apresentado uma maior massa verde das folhas, apresentou juntamente com o composto C2 um maior peso seco de raiz. Com o composto 1 a alface apresentou um maior diâmetro de caule. O teor de clorofila não apresentou diferença entre os 3 composto, o mesmo ocorreu entre as doses. Foi observado que a altura, o número de folhas, o peso verde das folhas, e o diâmetro caulinar não apresentou variação quando adubado com 120 e 90 t ha-1 , sendo nesses tratamentos melhores resultados, para o massa verde e seca da raiz juntamente com o tratamento de 60 t ha-1. O tratamento de 120 t ha-1 obteve melhores resultados em relação ao tratamento de 90 t ha-1 somente no peso seco das folhas. |
CONCLUSÃO: |
Houve resposta a adubação orgânica com o composto C1, C2 e C3 . Na altura e numero de folhas, o composto C1 obteve resultados próximos ao composto C3, que também apresentou um resultado superior aos demais em relação ao peso das folhas, sendo esse então o mais indicado para se adubar a alface roxa. |
Palavras-chave: Resíduos orgânicos, Agroecologia, Agroecologia Extensão Tecnológica. |